Banco do Brasil – Relatório de Análise

Reunião sinaliza estabilidade de retorno e crescimento do lucro

O Banco do Brasil realizou sua Reunião Anual com analistas e Investidores, com destaque para os principais pontos de sua estratégia corporativa, que permanece sendo realizada em 6 pilares: (1) Foco na experiência do cliente; (2) Concentração no core business e nos negócios com sinergia; (3) Otimização de capital; (4) Rigoroso controle das despesas; (5) Banco mais Digital; e (6) a ampliação e rejuvenescimento da base de clientes. Este direcionamento conduziu o banco a um lucro líquido ajustado nos nove primeiros meses de 2019 de R$ 13,2 bilhões (ROAE de 17,5%) e a um Índice de Eficiência no período de 35,7%, o melhor de toda a história do banco. Para 2020 a expectativa inicial é de manutenção do atual nível de retorno. Seguimos com recomendação de COMPRA para BBAS3 e Preço Justo de R$ 62,00/ação.

Possível venda do BB. Em nosso modelo não trabalhamos com a privatização do banco e sim fortalecimento do seu modelo de negócio, foco nos ativos relativos ao seu escopo de atuação e desinvestimento de segmentos “não core”, como os já realizados com as participações na Neoenergia e no IRB Brasil RE. Num ambiente de grande competição, como estamos acompanhando atualmente, o resultado de 2020 (com crescimento de 10% sobre 2019), será capitaneado por recuperação de crédito e queda de inadimplência. O banco permanecerá mais ativo no Varejo com redução do crédito no atacado, através de um mix mais rentável que favoreça o crescimento da Margem Financeira, e por consequência, do resultado e uma precificação mais perto do real potencial do banco.

Impacto de medida sobre cheque especial. Um assunto que esteve mais presente na semana passada, para o qual ainda não existem cálculos exatos, mas o banco estima um impacto reduzido e embora exista a possibilidade de compensação do limite de juros com tarifas, “não quer dizer que o banco irá fazê-lo”. Em adição, atentar para o aumento da Contribuição Social sobre o lucro Líquido (CSLL) de 15% para 20%, que deve trazer um aumento da tributação, mas também um proporcional crescimento do estoque de créditos tributários e incremento de lucro. Desta maneira, é muito provável que o efeito nos créditos tributários anule o aumento da CSLL, sem impacto relevante no resultado.

Reforma Estatutária da CASSI e JCP. O Banco do Brasil informou que a proposta de reforma estatutária da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi) submetida aos seus associados, foi aprovada no processo de votação, realizado entre 18 e 28 de novembro. A proposta aprovada finalmente é a terceira colocada em votação pelo banco para equalizar o déficit do plano, que atende a funcionários da ativa, aposentados, e suas famílias. Com isso o banco estima um gasto proporcional de R$ 600 milhões com impacto nas despesas administrativas já neste 4º trimestre de 2019. Aprovado o pagamento em 30 de dezembro de 2019 de R$ 502,3 milhões (0,17617400289/ação) na forma de Juros sobre o Capital Próprio relativo ao 4T19. Os juros terão como base a posição acionária de 11 de dezembro, sendo as transferências de ações efetuadas “ex-juros” a partir de 12 de dezembro de 2019. O retorno líquido estimado é de 0,3%.

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