Disputa comercial com a China faz bolsas internacionais voltarem a cair

MERCADO


Bolsa

Na véspera do feriado, o Ibovespa voltou a cair (0,38%) recuando para 105.864 pontos, com giro financeiro total de R$ 14,1 bilhões. Este movimento já era esperado, devido ao comportamento dos mercados lá fora e pelos indicadores divulgados durante o dia. Ontem, as bolsas internacionais voltaram a cair, com declaração do presidente Donald Trump a respeito da disputa comercial com a China e também pelas manifestações da Câmara dos EUA a respeito dos conflitos em Hong Kong, o que é visto pela China como uma interferência dos EUA. Hoje, a repercussão destes assuntos segue pesando sobre os mercados lá de fora e pode impactar a B3 com o ajuste nos preços de ADRs e ações locais. A agenda econômica de hoje traz dados dos EUA como: expectativas para a economia, vendas de casas e seguro desemprego. O petróleo opera em baixa nos tipos Brent e WTI nesta manhã.

Câmbio

A moeda americana encerrou a terça-feira cotada a R$ 4,1968 ligeiramente abaixo da cotação de R$ 4,1994 (-0,06%) e hoje este mercado pode ser mais uma vez influenciado pela aversão ao risco, devido à piora do cenário geopolítico internacional.

Juros

A pressão sobre o câmbio vem refletindo também no mercado de juros que mesmo assim permanece operando numa faixa estreita. Na terça-feira a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/21 fechou em 4,66% ante 4,679% na segunda-feira em a taxa para jan/25 encerrou em 6,39% de 6,361%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Itaúsa (ITSA4)
Foi assinado o contrato definitivo para aquisição da Liquigás

O grupo do qual a companhia participa, composto por Itaúsa, Copagaz e Nacional Gás Butano, assinou em 19 de novembro de 2019, os contratos definitivos para a aquisição da totalidade das ações da Liquigás Distribuidora S.A. pelo valor de R$ 3,7 bilhões, sujeito a ajustes previstos no contrato.

A participação da Itaúsa na operação se dará mediante investimento de aproximadamente R$ 1,4 bilhão na Copagaz, sujeito a ajustes, de modo que passará a deter aproximadamente 49% do capital social desta companhia. Este novo investimento está alinhado à estratégia de alocação eficiente do capital e não produzirá efeitos nos resultados da Itaúsa em 2019.

A Copagaz permanecerá sob controle acionário dos atuais acionistas. A Nacional Gás adquirirá fatia minoritária na Liquigás e passará, após fechamento da operação e posterior implementação de reorganização societária, a ser detentora de operações em determinadas localidades. Dentre as condições precedentes ao fechamento da operação está a aprovação pelo Cade.


Taesa (TAEE11)
Concluídos os reforços da concessão Novatrans Energia S.A.

A Taesa concluiu os reforços da concessão Novatrans Energia S.A. referentes às resoluções autorizativas REA 6306/17 e REA 6369/17, cumprindo o prazo exigido pela Aneel e adicionando uma Receita Anual Permitida (RAP) de R$ 38,1 milhões para o ciclo 2019-2020, a partir da data de energização de cada instalação (pro-rata).

Suas units (TAEE11) fecharam cotadas anteontem (19/novembro) a R$ 28,25 (valor de mercado de R$ 9,7 bilhões) com alta de 24,8% este ano. Nesse preço os múltiplos para 2019 são: P/L de 11,0x e VE/EBITDA de 12,3x.  O preço justo de R$ 30,00/Unit aponta para um potencial de alta de 6,4%.


Eletrobras (ELET3, ELET6)
Incorporação da TBSE pela Eletrosul.

O Conselho de Administração da Eletrosul Centrais Elétricas S.A. aprovou em 20 de novembro de 2019, o Protocolo e Justificação de Incorporação da Sociedade de Propósito Específico (“SPE”) Transmissora Sul Brasileira de Energia S.A. (“TSBE”) pela Eletrosul e o laudo de Avaliação Contábil do Patrimônio Líquido da SPE de 30/09/19, a ser celebrado entre as administrações da Eletrosul e TSBE.

Considerando que a Eletrosul é titular de 100% da TSBE, o capital social da companhia não será aumentado, não havendo necessidade de qualquer emissão de ações e, em consequência, do estabelecimento de relação de substituição de ações.


Localiza (RENT3)
Emissão de R$ 1 bilhão em debêntures

O Conselho de Administração da empresa, no dia 19/11, aprovou a emissão de debêntures no valor de R$ 1 bilhão, cujos recursos serão destinados à recomposição do caixa.
• As debêntures serão simples, não conversíveis em ações, com prazo de vencimento em janeiro de 2026 e valor nominal de R$ 1 mil;
• A emissão de debêntures é a forma mais comum de financiamento da Localiza, que está crescendo muito e necessita de mais recursos. Uma emissão elevada de R$ 1 bilhão também não é incomum para a empresa, tendo sido o valor emitido recentemente (15ª emissão em abril/2019).


Petrobras (PETR4)
Assinatura do contrato de venda da Liquigás

No dia 19/novembro, após o pregão, a empresa informou que assinou o contrato para venda da totalidade de sua participação na Liquigás Distribuidora para a Copagaz (associada à Itaúsa). O valor da venda é de R$ 3,7 bilhões e será pago no fechamento da transação.
• Esta transação ainda precisa da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) para seu fechamento;
• Esta é a segunda tentativa de vender a Liquigás. Na primeira vez em novembro de 2016, a empresa foi adquirida pela Ultrapar (Ultragaz) por R$ 2,7 bilhões. Porém, em novembro/2017, o CADE vetou a operação.


Siderurgia
Números ruins em outubro

A produção de aço bruto em outubro foi de 2,6 milhões de toneladas, quantidade 19,4% menor que no mesmo mês do ano passado, segundo os dados divulgados pelo Instituto Aço Brasil (IABr).  Entre janeiro e outubro/2019, o volume produzido atingiu 27,2 milhões de toneladas, 8,6% abaixo deste período no ano passado.

  • Em outubro, as vendas de aço no mercado interno caíram 3,5%.  Nos laminados, ocorreu uma redução de 6,7% no volume vendido de aços planos, mas crescimento de 3,9% em longos.  A venda de semiacabados teve uma fortíssima contração (45,9%) em outubro.  No acumulado do ano, as vendas caíram 2,4%, em relação ao mesmo período de 2018;
  • Estes dados do IABr são uma indicação negativa para os resultados das siderúrgicas no 4T19.

Magazine Luiza
Empresa celebra parceria com Marisa Lojas S.A.

A Magazine Luiza celebrou uma parceria com a Marisa Lojas S.A. (“Marisa”), que será ser boa para ambas as empresas. Se trata de um projeto de store in store, por meio do qual o Magalu será responsável pela categoria de tecnologia em mais de 300 lojas da Marisa. Nesse novo modelo de negócio, um dos objetivos do Magalu será fomentar as vendas de produtos como smartphones e acessórios; serviços digitais, como Magalu Conecta, Maga Mais e cartões de conteúdo; além de seguros como garantia estendida e proteção contra roubo e furto ou quebra acidental.

Além disso a opção “Retira Loja”, modalidade que possibilita a retirada de produtos comprados no e-commerce diretamente nas mais de 1.000 lojas físicas do Magalu, também estará disponível nas lojas da Marisa, aumentando o fluxo de clientes nas lojas. Essa modalidade estará disponível também em regiões como Rio de Janeiro e Brasília, onde o Magazine Luiza ainda não tem presença física.

A Magazine Luiza fechou cotada a 44,52 reias com alta de 98% em 2019, Já a Marisa está cotada a 10,10 reais com alta de 94% este ano.


 

Se preferir, baixe em PDF:
Disputa comercial com a China faz bolsas internacionais voltarem a cair

 

 

Clique para acessar nossos Mapas Diários:

>>Mapa de Oscilações

>>Mapa de Posições Alugadas

>>Análises Gráficas e Mapas


DISCLAIMER
Este relatório foi preparado pela Planner Corretora e está sendo fornecido exclusivamente com o objetivo de informar. As informações, opiniões, estimativas e projeções referem-se à data presente e estão sujeitas à mudanças como resultado de alterações nas condições de mercado, sem aviso prévio. As informações utilizadas neste relatório foram obtidas das companhias analisadas e de fontes públicas, que acreditamos confiáveis e de boa fé. Contudo, não foram independentemente conferidas e nenhuma garantia, expressa ou implícita, é dada sobre sua exatidão. Nenhuma parte deste relatório pode ser copiada ou redistribuída sem prévio consentimento da Planner Corretora de Valores. O presente relatório se destina ao uso exclusivo do destinatário, não podendo ser, no todo ou em parte, copiado, reproduzido ou distribuído a qualquer pessoa sem a expressa autorização da Planner Corretora. As opiniões, estimativas, projeções e premissas relevantes contidas neste relatório são baseadas em julgamento do(s) analista(s) de investimento envolvido(s) na sua elaboração (“analistas de investimento”) e são, portanto, sujeitas a modificações sem aviso prévio em decorrência de alterações nas condições de mercado. Declarações dos analistas de investimento envolvidos na elaboração deste relatório nos termos do art. 21 da Instrução CVM 598/18: O(s) analista(s) de investimento declara(m) que as opiniões contidas neste relatório refletem exclusivamente suas opiniões pessoais sobre a companhia e seus valores mobiliários e foram elaboradas de forma independente e autônoma, inclusive em relação à Planner Corretora e demais empresas do Grupo.

Open chat