Ibovespa cai 0,84% e fecha em 122.988 pontos

Ibovespa registra mais uma marca histórica

MERCADO


Bolsa

O avanço nas negociações para um acordo comercial entre EUA e China puxou as bolsas de NY e ajudou também o Ibovespa a registrar mais uma marca histórica. Ontem o índice fechou aos 108.779 pontos, alta de 0,54% e giro financeiro de R$ 18,7 bilhões. Hoje a agenda econômica traz indicadores pouco relevantes tanto do lado externo quanto doméstico. O mercado deverá dar mais atenção às propostas de reformas que começam a tramitar no Congresso e a proposta de privatização da Eletrobras. As bolsas internacionais operam em alta na zona do euro com o assunto “acordo comercial EUA e China” tendo um peso sobre o humor dos investidores. O petróleo iniciou o dia em alta nos tipos WTI e Brent.  Neste ambiente mais calmo, o Ibovespa tem oportunidade de mais um avanço hoje.

Câmbio

A moeda americana fechou aos R$ 4,0177 ante R$ 3,9909 na sexta-feira. Sem eventos importantes para influenciar o dólar a expectativa gira em torno do megaleilão do pré-sal que poderá ter um peso no fluxo da moeda.

Juros

A semana para os juros futuros, também iniciou sem movimentação importante. A taxa do DI para jan/21 fechou a 4,50% ante 4,469% no ajuste de sexta-feira e para jan/25 a taxa passou de 5,981% para 5,99%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Itaú Unibanco (ITUB4)
Lucro do 3T19 em linha

O Itaú Unibanco registrou no 3T19 um lucro líquido recorrente de R$ 7,2 bilhões (ROAE de 23,5%) com crescimento de 10,9% em relação aos R$ 6,5 bilhões do 3T18 (ROAE de 21,3%). Mais um bom resultado, em linha com o esperado, explicado (i) pelo aumento do crédito para as pessoas físicas, micro, pequenas e médias empresas, e também pela retomada no segmento de grnades empresas, que no conjunto, impulsionaram o crescimento da margem financeira; (ii) pelo crescimento das receitas de serviços; (iii) das despesas não decorrentes de juros em percentual abaixo da inflação; (iv) inadimplência contida; que mais que compensaram o aumento do custo do crédito, em patamar acima do incremento de margem.

Seguimos com recomendação de COMPRA e preço justo de R$ 43,00/ação, equivalente a um potencial de alta de 17,9% ante a cotação de 36,47/ação (valor de mercado de R$ 357,6 bilhões).

Com base no resultado do 9M19, um lucro líquido recorrente de R$ 21,1 bilhões (ROAE de 23,5%) e crescimento de 9,4% em relação ao lucro de R$ 19,3 bilhões do 9M18 (ROAE de 21,7%), o banco manteve o guidance para 2019. Nesta base de comparação ressalte-se o crescimento de 7,5% da margem financeira com clientes; o incremento de 4,1% das receitas de serviços; o crescimento de 2,8% das despesas não decorrentes de juros; parcialmente compensados pelo aumento de 15,9% do custo do crédito.

O Programa de Desligamento Voluntário (PDV) contou com a adesão de 3,5 mil funcionários, sendo que a despesa não recorrente associada ao programa foi de R$ 2,4 bilhões, com efeito no resultado líquido de R$ 1,4 bilhão.


Eletrobras (ELET3, ELET6)
Presidente da República deverá assinar hoje Projeto de Lei para desestatização da companhia

A companhia recebeu ontem (4/novembro), oficio 787/2019/GM-MME enviado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) informando que o Presidente da Republica deverá assinar hoje, dia 5 novembro de 2019, o Projeto de Lei (“PL”) que permitirá a desestatização da Eletrobras.

Vemos como positivo e que deve refletir no comportamento das ações, ressaltando, porém, que, o Projeto de Lei deverá cumprir todo rito legislativo até a sua promulgação. Ao final de todo o processo, e dependendo da velocidade e dos encaminhamentos necessários, imaginamos o “destravamento” de valor das ações da Eletrobras, que hoje negociam a 0,9x o seu valor patrimonial e com valor de mercado de R$ 55 bilhões.


Banco PAN (BPAN3)
Lucro líquido de R$ 134,6 milhões no 3T19

O Banco Pan registrou no 3T19 um lucro líquido de R$ 134,6 milhões, com crescimento de 174% em relação ao lucro de R$ 49,1 milhões do 3T18 e alta de 14,3% ante os R$ 117,7 milhões do 2T19. No acumulado de 9M19 o lucro líquido alcançou R$ 348,4 milhões, com crescimento de 136% sobre os R$ 147,9 milhões dos 9M18.
Não temos cobertura do Banco PAN. Suas ações, ao preço de R$ 9,50/ação, registram alta de 394,2% este ano.
O ROE contábil no 3T19 foi de 11,9%, sendo de 11,2% no 2T19 e de 4,9% no 3T18. Já o ROE ajustado (não auditado) alcançou 23,7% no 3T19, em linha com o retorno de 23,9% no 2T19 e acima de 13,5% no 3T18.


Vulcabras (VULC3)
Lucro líquido do 3T19 cresce 5,8% sobre o 3T18, acumulando R$ 105.9 milhões em 9 meses

No 3T19, a receita líquida por categoria, ficou concentrada (75,2%) em calçados esportivos seguidos pelos calçados femininos com 14,8%. Na divisão por mercado, as vendas internas representaram 92,8% da receita líquida no 3T19.
Ontem a ação VULC3 encerrou cotada a R$ 8,09 com valorização de 13,9% no ano. O valor de mercado da empresa é de R$ 1,99 bilhão. Iniciamos a cobertura da empresa em jun/19 com recomendação de COMPRA, com a ação cotada a R$ 6,47 e preço justo de R$ 8,00 para a ação e potencial de 23,6%. Nosso preço foi alcançado. Estaremos revisando nossos números.


Marcopolo (POMO4)
Forte queda do lucro no 3T19

Os resultados da empresa no 3T19, divulgados na noite de ontem, foram muito fracos, com redução no volume vendido, queda de margens e uma expressiva diminuição do lucro.
• No 3T19, o lucro líquido da Marcopolo foi de R$ 23 milhões (R$ 0,02 por ação), 74,9% menor que no trimestre anterior e 64,8% abaixo do 3T18;
• As vendas totais da Marcopolo no 3T19 somaram 3.971 unidades, quantidade 12,3% menor que no mesmo trimestre do ano passado e 1,9% abaixo do 2T19. No mercado interno, as vendas caíram 16,6% em relação ao 3T18 e as exportações tiveram um recuo de 19,0%. Nas unidades da empresa no exterior, o volume vendido subiu 20,1%, comparado ao 3T18, com destaque para os crescimentos de 37,3% das vendas no México e 11,4% na África do Sul.


 

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