Expectativa de um acordo comercial entre EUA e China

MERCADO


Bolsa

O Ibovespa iniciou o mês de novembro em alta (0,91%) marcando 108.196 pontos, com giro financeiro total de R$ 19,9 bilhões. A B3 acompanhou o bom humor das bolsas de NY animadas pelos dados econômicos divulgados na sexta-feira e pela expectativa finalmente de um acordo comercial entre EUA e China. Na agenda desta semana destaque para o megaleilão do pré-sal, na 4ª feira, que deverá levantar, pelo menos, US$ 50 bilhões; o pacote para a reforma do Estado, que Guedes e Bolsonaro levam amanhã ao Congresso, e que inclui o pacto federativo, uma PEC de emergência fiscal com gatilhos para conter gastos públicos, uma PEC para mudar os fundos públicos, reforma administrativa, que remodela o serviço público, além de um projeto de lei que traz um novo modelo de privatizações. Hoje o IPC-Fipe de outubro veio em 0,16% e em seguida o Boletim Focus. Nos EUA os Pedidos às fábricas e os Pedidos de bens duráveis, ambos de setembro. A tendência segue positiva para os negócios.

Câmbio

Na semana passada, os principais eventos, as reuniões do Federal Reserve e do Copom tiveram efeito comedido sobre o mercado de câmbio no Brasil. Embora a combinação das decisões de juros tenha gerado um viés negativo para o dólar no mercado local, a moeda americana encerrou a semana que antecede o leilão da cessão onerosa com desvalorização leve, de 0,35%. No encerramento dos negócios nesta sexta-feira, o dólar era negociado a R$ 3,9938, queda de 0,40% no dia.

Juros

O mercado de juros futuros teve mais um dia de queda na primeira sessão de novembro com a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/21 encerrando em 4,47%, de 4,489% na quinta-feira. O DI para janeiro de 2025 terminou com taxa de 5,98%, de 6,031%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Telefônica Brasil (VIVT4)
Lucro líquido do 3T19 soma R$ 965 milhões, queda de 69,6% em relação ao 3T18. No ano o resultado foi de R$ 3,73 bilhões

No 3T19, o Lucro Líquido contábil alcançou R$ 965 milhões, uma redução de 69,6% na comparação anual, devido principalmente aos ganhos não recorrentes ocorridos no 3T18. Ajustado por esses efeitos, o lucro líquido contábil recorrente registra uma redução de 52,3% a/a em função do maior pagamento de impostos no 3T19, relacionado à menor declaração de JSCP no período, maiores gastos com depreciação e resultado financeiro negativo do período, parcialmente compensados pelo contínuo controle de custos e expansão do EBITDA.


BB Seguridade (BBSE3)
Sólido resultado do 3T19 acima do esperado

A BB Seguridade registrou no 3T19 um lucro líquido ajustado de R$ 1.081 milhões, com crescimento de 21.3% em relação aos R$ 892 milhões do 3T18 reflexo direto da evolução de 24,7% do resultado operacional não decorrente de juros combinado das coligadas e controladas, com destaque para o aumento de 43,0% do resultado operacional da BB Corretora (seguro prestamista e vida do produtor rural), e crescimento de 22,9% do resultado operacional não decorrente de juros da Brasilseg (com destaque para o crescimento dos prêmios ganhos e da melhora de sinistralidade).
Já o resultado financeiro combinado das empresas do grupo do 3T19 cresceu 87,8% em relação ao 3T18, sensibilizado pelo aumento na margem financeira de juros da Brasilcap dado o fechamento da estrutura a termo de taxa de juros no trimestre, aliado ao bom desempenho do resultado financeiro do IRB.
No 3T19 as despesas gerais e administrativas registraram alta de 24,0%, explicado pelo crescimento de 8,1% das despesas com pessoal, retração de 8m5% das administrativas, alta de 63,0% das despesas com tributos. No 9M19 as despesas caíram 18,2% para R$ 15,5 milhões, demonstrando o foco da companhia na busca por maior eficiência operacional e incremento de resultado e rentabilidade.
O lucro líquido ajustado do 9M19 alcançou R$ 3.173 milhões com crescimento de 17,1% em relação o lucro ajustado de R$ 2.709 milhões do 9M18.
Com base nos resultados de 9M19 a companhia revisou para cima o seu guidance de crescimento do lucro líquido ajustado passando de 8% a 13% para o intervalo entre 13% e 17%. Demais foram mantidos.


Banco Santander Brasil (SANB11)
Programa de Recompra

O Conselho de Administração do a banco aprovou na sexta-feira (1/11), em continuidade ao programa de recompra que expira em 05 de novembro de 2019, novo programa de recompra de certificados de depósito de ações (“Units”) ou de American Depositary Receipts (“ADRs”) de emissão do banco (“Programa de Recompra”), diretamente ou por sua agência em Cayman, para manutenção em tesouraria ou posterior alienação.
O Programa de Recompra abrangerá a aquisição de até 37.256.072 Units, representativas de 37.256.072 ações ordinárias e 37.256.072 ações preferenciais, ou de ADRs, correspondendo, em 30 de setembro de 2019, a aproximadamente 1% da totalidade do capital social da Companhia. Em 30 de setembro de 2019, a Companhia possuía 15.843.587 ações ordinárias e 15.843.587 ações preferenciais em tesouraria.
O prazo do Programa de Recompra é de até 12 meses contados a partir de 05 de novembro de 2019, encerrando-se em 04 de novembro de 2020.
Se recomprada na totalidade o programa alcança R$ 1,75 bilhão, aproximadamente 1% do Market share e 20 dias de negociação. Seguimos com recomendação de compra e preço justo de R$ 52,00/Unit.


Petrobras (PETR4)
Venda da Belem Bioenergia

Após o último pregão, a empresa informou que concluiu a venda da sua participação de 50% na Belem Bioenergia Brasil (BBB) para a Galp Bioenergy B.V, que já detém a outra metade da empresa.

  • O valor da venda de R$ 24,7 milhões só será recebido em dezembro de 2020, dado que a Galp reterá este montante para compensação de eventuais pagamentos de indenizações;
  • Apesar deste negócio ser muito pequeno, a venda de ativos fora do foco da Petrobras é sempre uma boa notícia.

Notre Dame Intermédica (GNDI3)
Acordo para aquisição do grupo Clinipam por R$ 2,6 bilhões

 A Notre Dame Intermédica informou, através do Hospital Intermédica Jacarepaguá, controlado indiretamente pela companhia, a celebração de um acordo de intenção de compra e venda de participações societárias e outras avenças para a aquisição do grupo Clinipam por R$ 2,6 bilhões.

 O Grupo Clinipam registrou, no período de 12 meses encerrado em 30 de junho de 2019, faturamento líquido de R$ 635 milhões e espera-se que este valor atinja R$ 720 milhões no exercício social a findar-se em 31 de dezembro de 2019.


Natura (NATU3)
Proposta de pagamento de JCP de R$ 0,1278 por ação. Ex em 07/11

A Natura Cosméticos pretende pagar juros sobre capital referente ao período de 1º de janeiro de 2019 a 31 de outubro de 2019 no valor de R$ 110,67 milhões ou bruto por ação de R$ 0,12784527353.


Exportações brasileiras de minério de ferro
Um bom número em outubro, considerando a situação da Vale

As exportações brasileiras de minério de ferro em outubro/2019 foram de 31,2 milhões de toneladas, volume 16,7% menor que no mesmo mês do ano passado, segundo os dados divulgados pelo Ministério da Economia Indústria, Comércio Exterior e Serviços.
• A queda do volume exportado em outubro continua refletindo os problemas da Vale com os fechamentos de várias minas, que se seguiram ao acidente em Brumadinho. Porém, comparado ao volume exportado em setembro, houve um aumento de 15,0% em outubro;


Boletim Focus
Mercado mais uma vez, elevou as estimativas do PIB para 2019

Dentre as alterações contidas no Boletim Focus desta segunda-feira (14), destaque para as novas alterações baixistas do IPCA (últimos 5 dias úteis) alinhando-se aos números do IPCA, neste e no próximo ano.
As estimativas para o IPCA de 2019 foram mantida em 3,29%; As atualizações dos últimos 5 dias úteis a queda foi de 3,29% para 3,28%. Essa redução reflete a continuidade do comportamento benigno da inflação corrente, que segue ancorada, possibilitando ao BC a utilização de uma política monetária acomodatícia, o que já tem sido realizado. Para 2020 a mediana aponta para manutenção do IPCA em 3,60% nesta semana.
Para o PIB, a mediana das estimativas foi elevada pela quinta vez consecutiva, com o indicador apontando crescimento de 0,92% em 2019 e 2,00% em 2020 estável ante a leitura anterior. Reiteramos o impacto positivo na atividade por conta da liberação do saque das contas do FGTS, efeito que pode ser compensando por conta da crise na Argentina.
Para a taxa de câmbio, o mercado enxerga um real marginalmente mais desvalorizado, em função da adoção de uma política monetária mais frouxa por parte dos principais bancos centrais do mundo, devido a desaceleração da economia mundial. A entrada dos recursos da cessão onerosa pode forçar o dólar abaixo do patamar de R$ 4,00. As estimativas apontam para um dólar de R$ 4,00 em 2019, em linha com a leitura anterior. Para 2020 as estimativas permanecem em R$ 4,00.
Olhando a Meta Selic (atualmente em 5,00%), a mediana das estimativas aponta para 4,50% em linha com o número da semana anterior. Lembrando que o Copom entende que “a conjuntura econômica prescreve política monetária estimulativa, com taxas de juros abaixo da taxa estrutural”. Para 2020 as estimativas foram mantidas em 4,50%.


Porto Seguro
Bom resultado no 3T19

A Porto Seguro registrou no 3T19 um lucro líquido de R$ 355 milhões, com crescimento de 5,3% em relação ao lucro de R$ 318 milhões do 3T18, um resultado que refletiu a queda do resultado operacional de seguros, que foi compensada por crescimento do resultado operacional de outros negócio, por maior crescimento do resultado financeiro consolidado por menor taxa efetiva de IR/CS. No acumulado de 9M19 o lucro cresceu 9,1% para R$ 1.016 milhões, com ROAE de 19,1%.

Conforme destacado, “a companhia em ampliado a diversificação das receitas e buscado alavancar o crescimento através de iniciativas que visam tanto elevar o potencial de expansão de clientes quanto impulsionar o aumento do cross-selling, através de ações que estão intensificando e aprimorando a oferta de produtos e serviços, preservando o foco na diferenciação, inovação e rentabilidade, alinhados com as necessidades e preferências dos clientes”.

Temos recomendação de compra e preço justo de R$70,00/ação que traz um potencial de alta de 20,7% ante a cotação de R$58,00/ação.


 

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Expectativa de um acordo comercial entre EUA e China

 

 

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