As bolsas internacionais voltam a cair

MERCADO


Bolsa

A puxada nas bolsas americanas refletiu do lado doméstico, com a decisão do corte de 0,25 ponto percentual nos juros dos Fed funds na reunião do Fomc, conforme esperado. O presidente do Fed, Jerome Powell, passou ao mercado a percepção que o Fed pode vir com novo corte de juros na próxima rodada. Do lado doméstico, a redução de 0,50% na taxa Selic de 5,5% para 5,0% também não foi novidade. Hoje a agenda econômica mostra, na zona do euro, a taxa de desemprego de setembro em 7,5% e o PIB do 3T19 com alta de 0,2% no T/T e 1,1% no A/A. No Brasil, destaque para a taxa de desemprego em setembro em 11,8% e ainda nesta manhã sai o coeficiente de dívida/PIB. Nos EUA, indicadores de gastos pessoais e do mercado de trabalho, completam a agenda, bastante carregada. As bolsas internacionais voltam a cair nesta quinta-feira, com a notícia de que a China duvida de um acordo comercial de longo prazo com os Estados Unidos. Na zona do euro a queda é generalizada nesta manhã.

Câmbio

O dólar completou o terceiro pregão com a cotação de fechamento abaixo de R$ 4,00. Ontem a cotação encerrou em R$ 3,9914 contra R$ 3,9994 no dia anterior. O noticiário mais calmo nesta reta final de outubro, aliviou a pressão sobre o real. Hoje, data de definição da Ptax do mês, pode haver alguma volatilidade na cotação.

Juros

Se novidades durante o dia, o mercado de juros futuros operou numa faixa estreita a maior parte da sessão. No fechamento, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/20 fechou em 4,736%, de 4,742% na terça-feira e para jan/25 a taxa terminou em 6,03%, de 6,051%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Lojas Americanas (LAME4)

Lucro líquido cresce 54,5% no 3T19, somando R$ 48,2 milhões. Em 9 meses o resultado chegou a R$ 107,4 milhões 

No 3T19, a Lojas Americanas mostrou bom crescimento na receita liquida e uma melhora na margem bruta e no resultado operacional aliado a uma redução na despesa financeira líquida. Em consequência, o resultado líquido do 3T19 teve um crescimento expressivo em relação ao 3T18, embora a margem da empresa seja bastante estreita.
Ontem a ação LAME4 encerrou cotada a R$ 20,65 com valorização de 5,23% no ano.


 

Arezzo (ARZZ3)

Lucro líquido do 3T19 cai 1,0% somando R$ 39,8 milhões e em 9 meses houve crescimento de 3,1% fechando em 103,5 milhões 

O lucro líquido foi impactado positivamente pela menor variação cambial associada ao menor saldo de dívida em USD e negativamente pelo impacto na alíquota efetiva de imposto de renda e pela redução das receitas financeiras; resultante de um volume menor de aplicações financeiras no período e da queda na taxa SELIC nos últimos 12 meses.
A companhia mostra uma regularidade e consistência nos seus resultados e uma estrutura financeira confortável com boa geração de caixa que sustentam seu crescimento ao longo dos anos.
Ontem a ação ARZZ3 encerrou cotada a R$ 58,50 com valorização de 9,0% no ano.


Petrobras Distribuidora (BRDT3)

Recebimento da Eletrobras

Após o pregão de ontem, a empresa informou que recebeu mais R$ 37,9 milhões da Eletrobras, referentes à 18ª parcela dos Instrumentos de Confissão de Dívida (ICDs).
• Desde a assinatura destes instrumentos, a BR Distribuidora já recebeu um total de R$ 4.163,7milhões;
• Estes recebimentos são uma boa notícia para a empresa, com impacto direto no resultado do 4T19, dado que esta dívida já havia sido inteiramente provisionada.


Banco Bradesco (BBDC4)

Resultado sólido no 3T19, em linha com o esperado 

O Bradesco registrou no 3T19 um lucro líquido recorrente de R$ 6,5 bilhões (ROAE de 20,2%) com alta de 19,6% em relação ao 3T18 (ROAE de 19,0%). Um resultado em linha com o esperado, explicado por maior margem financeira, redução das despesas com PDD, maior resultado das operações de seguros, previdência e capitalização, somados ao bom desempenho das receitas de serviços.
No acumulado de 9 meses o lucro recorrente cresceu 22,3 para R$ 19,2 bilhões, com +1,8pp no ROAE para 20,5%. O índice de inadimplência aumentou de 3,2% para 3,6% em base trimestral, puxado principalmente pelo segmento de Grandes Empresas, cujo indicador passou de 0,8% no 2T19 para 1,9% no 3T19. Nas Micro, Peq. E Médias empresas o NPL acima de 90 dias subiu de 4,1% para 4,3%. A inadimplência para as famílias permaneceu em 4,3%.
O cenário atual é de retomada da dinâmica mais favorável do crédito, inadimplência em patamar controlado e redução da PDD. O foco na redução de custos e despesas permanece. Seguimos com recomendação de COMPRA para BBDC4 com preço justo de R$ 45,00/ação.
O guidance de crescimento para 2019 foi mantido. Chama atenção o crescimento das receitas de serviços abaixo do piso do guidance e as Despesas Administrativas e de Pessoal, acima do teto do guidance e da inflação no período. Demais indicadores, dentro do intervalo esperado, com destaque para o Resultado de Seguros com crescimento bem acima do estimado. Participaremos da teleconferência de resultados onde maiores esclarecimentos serão fornecidos.


Cesp (CESP6)
Prejuízo no 3T19, mas com melhora do resultado operacional

A Cesp registrou no 3T19 um prejuízo líquido de R$ 7,9 milhões, acumulado de 9M19 um prejuízo líquido de R$ 170,1 milhões que se compara ao lucro de R$ 235,2 milhões do 9M18.
Destaque no trimestre para a geração operacional de caixa medida pelo EBITDA que somou R$ 223,4 milhões ante R$ 30,4 milhões no 3T18. Em base ajustada o EBITDA do 3T19 alcançou R$ 234,6 milhões e margem de 56.6% fruto principalmente da redução de 41,3% nos custos e despesas em relação a igual trimestre do ano anterior.
A companhia segue focada na “continuidade da gestão criteriosa do contencioso jurídico, na maturidade da inteligência e operação de comercialização de energia, na otimização da gestão do passivo financeiro e consolidação da cultura de alto desempenho, motivação e resultados”.
O Conselho de Administração da companhia reunido ontem (30/out) aprovou o cancelamento do Programa de American Depositary Receipts e o Programa de Recompra de Ações.


BrasilAgro (AGRO3)

Venda de 85 hectares da Fazenda Alto Taquari

A BrasilAgro celebrou ontem (30/out) um Compromisso de Venda e Compra em uma área total de 85 hectares (65 hectares úteis) da Fazenda Alto Taquari. O valor da venda foi de 1.100 sacas de soja por hectare útil ou R$5,5 milhões (~R$84.817/ha útil). O comprador realizou pagamento inicial de 14.300 sacas de soja no valor de R$1,0 milhão. O saldo remanescente será pago em quatro parcelas anuais.
A propriedade rural localizada no Município de Alto Taquari – MT foi adquirida em 2007 e possuía uma área total de 5.394 hectares (3.774 hectares úteis), dos quais foram vendidos 103 hectares em novembro de 2018, restando 5.206 hectares (3.606 hectares úteis) no portfólio após estas duas vendas.
Do ponto de vista contábil, o valor desta área da fazenda nos livros da companhia é de R$1,2 milhão (aquisição + investimentos líquidos de depreciação) e tem uma TIR (Taxa Interna de Retorno) esperada em Reais de 21,4%.


Equatorial Energia (EQTL3) 

Conselho aprovou o desdobramento de 1 ação para 5 ações

O Conselho de Administração da companhia aprovou e será submetida à apreciação da Assembleia Geral dos acionistas, o desdobramento da totalidade das 201.872.217 ações ordinárias da companhia, na proporção de 1 (uma) ação ordinária para formar 5 (cinco) ações ordinárias, sem modificação do valor do capital social ou nos direitos conferidos pelas ações a seus titulares.
Caso o desdobramento seja aprovado pela Assembleia Geral, o capital social da companhia, no montante de R$ 2.773.558.279,56 passará a ser dividido em 1.009.361.085 ações ordinárias, nominativas, escriturais e sem valor nominal.


Magazine Luiza (MGLU3) 

Aprovada Oferta pública de ações, (primária e secundária)

A Oferta Restrita consistirá na distribuição pública primária de 90.000.000 (noventa milhões) de novas Ações de emissão da Companhia. O preço será decidido em procedimento de Bookbuilding em 12 de novembro.
Com base no preço de fechamento de ontem (R$ 44,02) a oferta pode girar até R$ 5,3 bilhões se colocados os 33% adicionais sofre a oferta principal.


GPA – Pão de Açúcar (PCAR4)

Lucro líquido cresce 29,7% no 3T19 somando R$ 166 milhões

Evolução de receita bruta, que alcançou R$ 14,6 bilhões (+9,5%), apesar da redução de 2,4 p.p. na inflação alimentar no 3T19 vs 1S19.
O EBITDA Ajustado apresentou expressivo crescimento de 10,0%, com margem estável, como reflexo do forte e consistente avanço do Assaí, e melhor patamar de rentabilidade do Multivarejo em relação ao 2T19.
Manutenção do baixo nível de alavancagem, que atingiu -0,82x EBITDA frente a -1,10x EBITDA no mesmo período do ano anterior, reforçando a sólida estrutura financeira da Companhia.
Ontem a ação PCAR4 encerrou cotada a R$ 83,07 com valorização de 3,58% no ano.


 

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