Estratégia visa otimização dos custos, melhora de eficiência operacional, maior rentabilidade, através da diferenciação e o crescimento dos negócios
Iniciamos a cobertura de Porto Seguro com recomendação de COMPRA e preço justo de R$ 70,00 por ação. Para tanto consideramos o fluxo de caixa e o Modelo de desconto de Dividendos – DDM, um custo de capital de 9,0%, taxa na perpetuidade de 3,5% e premissas de crescimento que entendemos como sustentáveis para os próximos anos. A companhia se destaca pela liderança nos segmentos de Seguro Auto, Residência e Fiança locatícia e deve se beneficiar da melhoria do ambiente macroeconômico e dos ganhos de eficiência.
Nossa expectativa é de que a economia brasileira possa retomar trajetória de crescimento sustentável. A inflação segue ancorada, possibilitando ao Banco Central se utilizar de uma política monetária “estimulativa” com taxas de juros abaixo da taxa estrutural. O nível de emprego e renda deve melhorar de forma gradual, contribuindo, no conjunto, para o crescimento do PIB, aumento da confiança dos agentes econômicos e da sociedade. A Porto Seguro deve se beneficiar desse cenário, registrando resultados consistentes, com crescimento dos prêmios e maior eficiência na operação.
A companhia apresenta um bom histórico de crescimento. Nos últimos 6 anos, de 2013 a 2018, a taxa média de crescimento anual (CAGR) foi de 8% para as Receitas “ex” outras operacionais e de 13% para o Lucro Líquido. Esperamos a continuidade desta trajetória de crescimento nos próximos anos. Nosso horizonte de projeção (5 anos a partir de 2019 e perpetuidade no 6º ano), utilizando premissas que entendemos como conservadoras, conduzem a um CAGR de 5% para a Receita e de 10% para o Lucro Líquido. Existem claras oportunidades a serem exploradas, relacionadas ao potencial do mercado, a melhora da sua operação, a expansão geográfica, a diversificação de negócios e acesso a novos canais de vendas.
Os riscos incluem uma atividade econômica ainda aquém do desejado, com influência direta no crescimento do mercado de seguros e dos prêmios; maior competitividade na indústria, notadamente no segmento Auto, maior frequência de sinistros, ganhos de sinergia abaixo do esperado, pior desempenho dos negócios não relacionados a seguros e maior impacto da redução das taxas de juros no resultado financeiro.
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