Acompanhando os mercados lá fora, Ibov teve mais uma alta nesta quinta

MERCADO


Bolsa

A quinta-feira foi novamente de alta para o Ibovespa, acompanhando os mercados lá de fora que operaram na expectativa de um avanço na retomada das negociações comerciais EUA x China. Ajudou também a decisão sobre a partilha dos recursos da megaleilão da cessão onerosa. No fechamento o mercado subiu 0,56% aos 101.817 pontos, com giro financeiro de R$ 13,4 bilhões. Hoje, as bolsas internacionais voltam a operar em alta firme e generalizada motivadas pela expectativa de notícias positiva do encontro entre EUA e China, o que deverá ajudar nosso mercado no fechamento da semana. O petróleo também opera em alta hoje nos dois principais mercados e a agenda econômica vem carregada de dados do mercado americano, o que pode ser mais um motivo de puxada para as bolsas de NY.

Câmbio

Sem fatos novos nos últimos dias, a moeda americana sofreu poucas alterações nesta semana. Ontem a cotação de fechamento ficou em R$ 4,1080 de R$ 4,1096 no dia anterior.

Juros

O mercado de juros futuros teve mais um dia de queda nas taxas, influenciadas pela perspectiva positiva em relação à inflação e de mais uma queda da na taxa Selic na próxima reunião do Copom. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/21 fechou a 4,650%, de 4,708% na quarta-feira e para jan/25 a taxa caiu de 6,481% para 6,44% (mínima).


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Helbor (HBOR3)
Emissão de ações movimenta R$ 560 milhões com a ação saindo ao preço de R$ 2,65

Em Fato Relevante da Oferta Restrita, a companhia informou que foi aprovado o preço por ação de R$ 2,65 e o efetivo aumento de capital no montante de R$ 560.057.625,00, mediante a emissão de 211.342.500 novas ações ordinárias.

As Ações objeto da Oferta Restrita passarão a ser negociadas na B3 em 14 de outubro de 2019, sendo que a liquidação física e financeira das Ações ocorrerá no dia 15 de outubro de 2019.

Destinação de Recursos – A totalidade dos recursos líquidos provenientes da Oferta Restrita serão destinados de acordo com as suas orientações estratégicas e de negócios, notadamente para fomentar o lançamento de novos   empreendimentos, incluindo a aquisição de novos terrenos pela Companhia e/ou por meio de suas subsidiárias.

Ontem a ação HBOR3 encerrou cotada a R$ 2,78 acumulando alta de 78,8% no ano.


Camil Alimentos S.A. (CAML3)
Resultado do 2T19 mostra recuperação operacional em base trimestral, mas queda de lucro

A Camil Alimentos S.A. reportou seu resultado do 2T19 referente aos meses de junho a agosto de 2019, com destaque para o crescimento de volume de grãos no mercado interno (+3,0% no trimestre e +19,1% em 12 meses) e notadamente no internacional (+31,2% no trimestre e +0,2% em doze meses).

O lucro líquido do 2T19 caiu 19% no trimestre e 49% em base de doze meses para R$ 40,1 milhões. Em base de comparação trimestral o EBITDA cresceu 7% somando R$ 88,7 milhões, abaixo do potencial da companhia, refletindo um cenário de maior competição sensibilizando os custos e despesas, aliado a dificuldade de repasse aos preços.

Este ano até ontem (10/out) suas ações registram queda de 4,0% para R$ 6,63/ação (valor de mercado de R$ 2,7 bilhões). O preço justo de R$ 10,00/ação (média Bloomberg) corresponde a um potencial de alta de 50,8%. Os múltiplos para o presente exercício são: P/L de 11,6x e VE/EBITDA de 8,8x.


Banco Inter (BIDI11)

Prévia Operacional do 3T19

O Banco Inter reportou ontem (10/out) a prévia dos resultados operacionais do 3T19, de forma preliminar, não auditada, e sujeitas à revisão. Ao final do trimestre o banco tinha 3,26 milhões de correntistas e se compara a 1,05 milhão no 3T18. No trimestre foram abertas 732 mil novas contas, com média de mais de 12 mil contas por dia útil em setembro.

A originação de crédito atingiu R$ 1,2 bilhão. O Crédito Consignado, com produção 100% digital, somou R$ 293 milhões, com crescimento de 255% em 12 meses e de 50% em relação ao 2T19. O Crédito Imobiliário alcançou R$ 354 milhões (+51% em 12m e +14% em base trimestral). Já o Crédito Empresas cresceu 147% na comparação anual e 49% na comparação trimestral, para R$ 591 milhões no 3T19.

Eletrobras (ELET3, ELET6)
Terá início hoje o Segundo Plano de Demissão Consensual (PDC) 2019

A companhia comunica que será iniciado hoje (11/out) o Segundo Plano de Demissão Consensual 2019 (“PDC”), simultaneamente na Eletrobras Holding e nas empresas: Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE), Chesf, Eletronuclear, Eletronorte, Amazonas GT, Eletrosul e Furnas.

A meta da Eletrobras é o desligamento de 1.681 empregados até 31 de dezembro de 2019. A economia estimada neste novo plano de desligamentos é de R$ 510 milhões/ano, a um custo de cerca de R$ 548 milhões, o que representa um payback de 12,9 meses.

A companhia destaca a importância dessa iniciativa para adequação dos custos das empresas do Grupo Eletrobras aos custos de uma empresa de referência do setor elétrico.


Braskem (BRKM5)
Indeferimento de um pedido de bloqueio do caixa

A empresa informou ontem, após o pregão, que o Juiz da 7ª Vara do Trabalho de Maceió negou os pedidos liminares para o bloqueio de R$ 2,5 bilhões do caixa da Braskem.

  • Este pedido havia sido feito no dia 25 de julho passado pelo Ministério Público do Trabalho em Alagoas, para garantir eventuais indenizações por danos materiais aos trabalhadores afetados pelo fenômeno geológico ocorrido próximo às instalações da empresa em Maceió;
  • Esta é uma boa notícia para a Braskem, que tem sofrido vários pedidos deste tipo por parte de órgãos da justiça de Alagoas.

Petrobras (PETR4)
Aquisição de bloco na 16ª Rodada de Licitações

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis realizou ontem a 16ª Rodada de Licitações no Regime de Concessão, quando a Petrobras (70% de participação) em associação com a BP (30%), adquiriram um bloco marítimo na Bacia de Campos.

  • A Petrobras pagará, ainda em 2019, um bônus de assinatura de R$ 1,432 bilhão;
  • A aquisição de um novo bloco é uma boa notícia para a Petrobras, dado à necessidade contínua das empresas do setor de renovar seu portfólio exploratório.

Usiminas (USIM5)
Esclarecimentos sobre a segurança em barragens de rejeitos

Após o pregão de ontem, a empresa informou que, ao contrário do que foi publicado em relatório da Agência Nacional de Mineração (ANM), as barragens de Mina Oeste (Somisa), Samambaia e Dique Oeste da Mineração Usiminas, não tem problemas de estabilidade.

  • Ainda segundo a Usiminas, houve um equívoco, já resolvido, que levou à inclusão destas barragens no relatório da ANM.

Os acidentes com as barragens da Vale, Mariana em 2015 e Brumadinho este ano, levaram a um enorme temor quanto à segurança deste tipo de instalação.  Desta forma, esclarecer sobre a estabilidade de suas barragens é algo muito importante para as mineradoras.


Cemig (CMIG4)
Encerramento da transação Alto Sertão III sem acordo comercial

  • Ontem (10/out) a Renova Energia S.A. (RNEW11) coligada da Cemig divulgou Fato Relevante informando que a operação para alienação à AES Tietê S.A. (TIET11) do complexo eólico Alto Sertão III (ASIII) e determinados projetos em desenvolvimento foi encerrada, pois as partes não chegaram a um acordo em relação às condições comerciais da operação.

A notícia é negativa para a Cemig e a Renova, que agora negocia com o BNDES, a prorrogação, até 15 de janeiro de 2020, do empréstimo ponte destinado à execução das obras do ASIII, que vence em 15 de outubro de 2019.


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