Ibovespa abre a semana pressionada

MERCADO


Bolsa

O Ibovespa abriu a semana pressionada pela possibilidade de atraso na votação da reforma da Previdência e pela proximidade do encontro entre EUA x China para discussão da questão comercial entre os dois países, o que levou as bolsas de NY para baixo. O Ibovespa encerrou o dia em queda de 1,93% aos 100.573 pontos, com giro de R$ 13,5 bilhões. No mês, a queda chega a 3,98%. As principais bolsas mundiais voltam a pesar nesta terça-feira, com alta apenas na China e Japão.  Hoje a agenda econômica vem com a inflação medida pelo IGP-DI de setembro em 0,50% M/M e 3,00% A/A. Nos EUA, saem dados de preços para o consumidor em setembro. O petróleo também opera em queda nesta manhã na ICE e na Nymex. O ambiente indica mais um dia pesado para a B3.

Câmbio

Após três quedas consecutivas, o dólar deu repique ontem, fechando cotado a R$ 4,1074 de R$ 4,0568 na sexta-feira (+1,25%). O sentimento de aversão ao risco provocado pela expectativa em relação ao encontro entre EUA x China nesta semana segue como o principal motivo de busca de proteção dos investidores.

Juros

O mercado de juros futuros abriu a sessão em queda, mas reverteu o movimento durante o dia, com a pressão sobre o câmbio. No fechamento a taxa do contrato de DI jan/21 encerrou a 4,88%, de 4,858% no ajuste de sexta-feira e para jan/25 a taxa subiu de 6,581% para 6,64%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Azul (AZUL4)
Demanda de passageiros cresce 31% em setembro comparada a set/18 e a oferta de assentos aumenta 30,8%

A Azul divulgou os dados operacionais de setembro, com aumento de 31% na demanda consolidada de passageiros em relação ao mesmo mês o ano passado. A oferta, por sua cresceu 30,8%, o que resultou em uma taxa de ocupação de 83,3%, um pouco superior a set/18.

O bom desempenho de crescimento na oferta de assentos e na demanda e também nas taxas de ocupação, foi observado tanto no mercado doméstico quanto no internacional.

Ontem a AZUL4 encerrou cotada a R$ 50,59 com valorização de 40,5% no ano e valor de mercado de R$ 17,1 bilhões.


Braskem (BRKM5)
Entrega do Formulário 20 F na SEC

Após o fechamento do pregão, a empresa informou que arquivou ontem na U.S. Securities Exchange Comission (SEC) seu Formulário 20F referente ao ano de 2017.  O Formulário de 2018 ainda não foi entregue e a Braskem afirmou que “segue empreendendo todos os esforços para o seu arquivamento na SEC o mais rápido possível”.

  • Em maio/2019, a Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) suspendeu a negociação dos American Depositary Shares (ADS) da Braskem, devido aos atrasos na entrega dos 20F de 2017 e 2018;

A entrega do 20F de 2017 é uma boa notícia, mas talvez ainda insuficiente para reverter a decisão da NYSE.  No dia 17 de outubro (próxima semana), a Braskem tem uma audiência na NYSE, onde a empresa vai contestar a decisão de suspensão da negociação dos ADS.


WIZ Soluções e Corretagem de Seguros S.A. (WIZS3)
Parceria em Home Equity

A WIZ celebrou ontem (7/out) com a Galápagos Capital Investimentos e Participações Ltda. (Galápagos), um Acordo Operacional visando à estruturação de uma operação de distribuição, comercialização e pós-venda de crédito com garantia imobiliária na modalidade “Home Equity”.

A Wiz será responsável pela estruturação de canal omnichannel de distribuição e comercialização do produto, através de suas unidades de negócios, por meio da captação de parceiros de negócios ou através da sua rede de parceiros já existente.

A Galápagos será responsável pela estruturação financeira e disponibilizará os recursos financeiros necessários para a concessão dos mútuos no âmbito da Parceria para os clientes finais.

Adicionalmente, a WIZ e a Galápagos constituirão uma sociedade de propósito específico (“SPE”) para, em regime de exclusividade, explorarem em conjunto oportunidades para a concessão de crédito com garantia imobiliária na modalidade “Home Equity”.

Eletrobras (ELET3, ELET6)
Alienação SPE Serra das Vacas, AFAC e Transação entre Partes Relacionadas

A Eletrobras concluiu ontem (7/out) a transferência da totalidade das ações que detinha da Sociedade de Propósito Específico (“SPE”) Eólica Serra das Vacas Holding S.A., correspondente a 49,00% do capital social total da referida SPE, para a Eólica Serra das Vacas Participações S.A. Pela venda, a Eletrobras recebeu o valor atualizado de aproximadamente R$ 74 milhões, corrigidos até 07 de outubro de 2019.

Adiantamento para Futuro Aumento de Capital (AFAC). Em atenção às notícias divulgadas pela imprensa, de que o “Governo estuda nova capitalização da Eletrobras sem recursos da União”, a empresa esclareceu que em 06/abr/16, 09/set/16 e 22/nov/16, a União Federal aportou recursos na Eletrobras, a título de (“AFACs”), que somados ao saldo residual existente de outros AFACs da União de anos anteriores, alcançavam R$ 3,99 bilhões, em 30/jun/19. A Eletrobras vem avaliando junto ao seu controlador a possibilidade de capitalização desses AFACs que, devido a sua atualização pela taxa Selic, onera a companhia. No entanto, não houve, até ontem (7/out), decisão pela Administração da companhia.

Transação entre Partes Relacionadas – CSC Eletrobras. A companhia realizou com suas controladas: Furnas, Chesf, Eletronuclear, Eletronorte, Eletrosul, Amazonas GT e Companhia De Geração Térmica De Energia Elétrica (CGTEE), um contrato de Compartilhamento de Recursos Humanos e Infraestrutura Associada ao Funcionamento do Centro de Serviços Compartilhados (CSC) do Sistema Eletrobras. O contrato tem prazo de vigência de 60 meses, e o Valor máximo anual do contrato é de R$ 533,5 milhões para todas as empresas controladas mencionadas.


Kroton (KROT3)
Convocação de AGE para 18/10 para alteração na razão social para Cogna Educação e outros assuntos relevantes

A alteração, segundo a empresa, é resultado da reestruturação dos negócios conduzida pela administração com o objetivo de conceder uma maior autonomia aos diversos segmentos e propiciar condições para um melhor aproveitamento das oportunidades que se colocam nos diferentes ramos de atuação da companhia.

Com a mudança, as ações da Kroton passarão a ser negociados na B3, a partir do dia 11 de outubro, sob novo código de negociação (COGN3) em substituição ao atual (KROT3). Nessa mesma data, as ADRs ofertadas no mercado norte-americano passarão a ser negociadas sob o código COGNY em substituição à KROTY.


Indústria automobilística
Queda nas exportações continua limitando o aumento da produção

Em setembro, a produção de veículos no Brasil atingiu 247,3 mil unidades, quantidade 10,9% maior que no mesmo mês do ano passado.  Porém, em relação a agosto, houve uma queda de 8,3% no volume produzido.

  • Nos primeiros nove meses do ano, a produção somou 2,3 milhões de unidades, 2,9% maior que no mesmo período de 2018, segundo os dados publicados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea);
  • A produção de veículos em setembro foi positivamente influenciada pelas vendas no mercado interno, compensando a forte redução nas exportações;

A Anfavea revisou neste mês suas projeções para o desempenho da indústria automobilística nacional no ano.  A entidade estimou que a produção crescerá 2,1% e as vendas de autoveículos devem aumentar 9,1% em 2019, atingindo 2,8 milhões de unidades.


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