Ibovespa desvaloriza 2,4% na semana passada

MERCADO


Bolsa

O Ibovespa encerrou a sexta-feira (04) com alta de 1,02% aos 102.551 pontos e giro financeiro de R$ 14,6 bilhões, mas na semana houve desvalorização de 2,40% no índice. Se do lado doméstico houve avanço na reforma da Previdência, do lado externo a pressão política e os dados divulgados nos EUA, deram margem para um aumento da tensão nos mercados. Nesta manhã, as bolsas internacionais operam em alta na zona do euro, mas com queda no fechamento da Ásia e na indicação dos futuros de NY. A proximidade do encontro entre Estados Unidos e China nos dias 10 e 11, para a discussão da guerra comercial tem mais um componente, que é a redução no escopo das negociações comerciais a ser levado para a mesa. Pesa também sobre os mercados a crise política gerada pelo pedido de impeachment do presidente Donald Trump. Os investidores terão que conviver com estes assuntos no curto prazo, assumindo o risco de volatilidade e potencial queda dos mercados. Hoje a agenda econômica traz, do lado doméstico, dados de vendas de veículos (Anfavea) e o boletim Focus. Do lado externo, poucos indicadores para esta segunda-feira.

Câmbio

A moeda americana fechou a semana cotada a R$ 4,0568 de R$ 4,0818 no dia anterior (0,61%), marcando a terceira queda consecutiva. Na semana a desvalorização do dólar foi de 2,45%.

Juros

Se do lado da política o cenário é de apreensão, do lado dos juros a expectativa é de baixa nos EUA e no Brasil. Na sexta-feira, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 fechou em 4,86%, de 4,878% no ajuste do dia anterior e para jan/25 a taxa recuou de 6,611% para 6,58%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Cia de Locação das Américas (LCAM3)
Adiamento de Assembleia

A empresa informou que não foi realizada no dia 4 de outubro a Assembleia Geral Extraordinária que examinaria o aumento do capital autorizado de R$ 1,5 bilhão para R$ 4 bilhões, assim como o desdobramento do número de ações.

A nova Assembleia será realizada no dia 17 de outubro.  Com isso, se aprovado, o desdobramento de 3 ações para cada uma existente terá como base as posições dos acionistas no dia 17 de outubro.  As ações passarão a ser negociadas “ex-desdobramento” em 18/outubro.


BK Brasil (BKBR3)
Aprovada emissão de R$ 400 milhões em debêntures

A Emissão será composta por 400.000 Debêntures e será realizada em até 2 (duas) séries, com valor nominal unitário das Debêntures será de R$1.000,00, na data de emissão. A primeira série terá vencimento de cinco anos, e a remuneração será composta por 100% da taxa DI mais um prêmio de 0,95% ao ano, no máximo.  A segunda oferecerá também 100% do DI mais um prêmio de até 1,10% ao ano.

Os recursos captados por meio da Emissão serão destinados aos negócios de gestão ordinária da Companhia, incluindo, sem limitação, fluxo de caixa e/ou despesas de capital ou investimento em bens de capital (CAPEX).

Em junho/19, companhia tinha um caixa líquido de R$ 114 milhões.  A rede Burger King era composta por 817 restaurantes sendo 652 próprios e 165 franqueados.

A empresa encerrou o 1S19 com faturamento líquido de R$ 1,34 bilhão, EBITDA ajustado de R$ 114,7 milhões e um lucro líquido de apenas R$ 1,8 milhão.

A ação BKBR3 encerrou a sexta-feira cotada a R$ 20,98 acumulando valorização de apenas 1,8% no ano.


Banco Bradesco S.A. (BBDC4)
Pagamento de Dividendos Extraordinários

A Diretoria do Bradesco decidiu hoje (7/out) submeter ao Conselho de Administração, que deliberará, em reunião a ser realizada em 17.10.2019, proposta para pagamento de dividendos extraordinários, à conta de reservas de lucros existentes, no valor total de R$ 8,0 bilhões, sendo R$ 0,948654134 por ação ordinária e R$ 1,043519547 por ação preferencial.

Se aprovada a proposta, serão beneficiados os acionistas em 17.10.2019 (data da declaração), passando as ações a ser negociadas “ex-direito” aos dividendos extraordinários a partir de 18.10.2019.

O pagamento ocorrerá em 23.10.2019. Com base na cotação de R$ 32,47 para BBDC4 o retorno é de 3,2%.

Cemig (CMIG4)
Redução de participação acionária

A companhia informou na sexta-feira (4) que recebeu correspondência do Itaú Unibanco S.A. informando que a soma das ações e de outros valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos referenciados em tais ações, detidos pelo conjunto de fundos de investimento por ele geridos (através da asset management) atingiu 3,88% das ações ordinárias (CMIG3) totalizando 18.957.765 ações.

Até então esse percentual era de 5,07% das ON correspondente a 1,70% do capital total e passa então a ser de 3,88% das ON, equivalente a 1,30% do capital total. O Itaú Unibanco declara, ainda, que tal participação não tem o objetivo de alterar a composição do controle ou a estrutura administrativa da sociedade.

Tomando por base a cotação das ações preferenciais (CMIG4) via a vis as ordinárias (CMIG3), vemos que a relação está arbitrada, com um pequeno potencial de 0,3% com base na média de 30 dias. Em adição, (i) o “call” de privatização esfriou e (ii) a liquidez das preferenciais (R$ 140 milhões/dia) e maior do que a liquidez das ordinárias – que negociam em média, R$ 35 milhões/dia na B3.


Banco BMG S.A. (BMGB4)
Precificação de ação no IPO em 24/outubro

O Banco BMG fará uma oferta de 119.940.032 ações preferenciais nominativas, escriturais e sem valo nominal (sendo 103.448.277 de ações em oferta primária e uma oferta secundária de 16.491.755 ações). Dado que o BC precisa homologar o aumento de capital do BMG com relação às Ações da Oferta Primária, a presente Oferta será liquidada mediante entrega de Units – composta por 1 (uma) ação e 3(três) recibos de subscrição.

O preço estimado está no intervalo entre R$ 11,60 e R$ 13,40 por ação, a ser fixado após procedimento de bookbuilding, podendo ficar acima ou abaixo desta faixa indicativa.

No preço médio do intervalo (R$ 12,50) a oferta base alcança R$ 1,5 bilhão. A oferta total pode ser acrescida de um lote adicional equivalente a 20% da oferta base e outro lote suplementar de 15% da oferta base para serviços de estabilização de preço das ações. Na hipótese de demanda para estes lotes, a oferta pode chegar a R$ 2,0 bilhões.

O período de reserva vai de 11 a 23/outubro, com precificação prevista para 24 de outubro. As Units começam a ser negociadas em 28/outubro com data de liquidação em 29/outubro.


Boletim Focus
Mercado reduz as estimativas de inflação para 2019 e 2020

Dentre as alterações contidas no Boletim Focus desta segunda-feira (7), destaque para as novas alterações baixistas no IPCA deste e do próximo ano.

As estimativas para o IPCA de 2019, registraram nova redução marginal (9ª consecutiva) para 3,42%, praticamente em linha com as atualizações dos últimos 5 dias (3,40%) que também registraram queda. Como temos reiterado, essa redução demonstra a continuidade do comportamento benigno da inflação corrente, que segue comportada e ancorada, possibilitando ao BC a utilização de uma política monetária acomodatícia, como já tem praticado.

Para o PIB, a mediana das estimativas permaneceu estável pela quinta vez consecutiva, com o indicador apontando crescimento de 0,87% em 2019 e 2,00% em 2020 (3ª consecutiva).

Para a taxa de câmbio, o mercado enxerga um real marginalmente mais desvalorizado, em função da adoção de uma política monetária mais frouxa por parte dos principais bancos centrais do mundo, por conta de uma possível desaceleração da economia mundial. Nesse contexto, as estimativas apontam para um R$/US$ de 4,00 em 2019, estável ante a leitura anterior. Para 2020 as estimativas elevaram-se de R$/US$ 3,91 para R$/US$ 3,95.

Olhando a Meta Selic, na reunião anterior do Copom, cujo corte na Taxa de Juros foi de 0,50%, para 5,50%, o “Comitê reiterou que a conjuntura econômica prescreve política monetária estimulativa, ou seja, com taxas de juros abaixo da taxa estrutural”. O mercado então, na semana passada, reduziu suas estimativas para a Taxa Selic neste ano de 5,00% para 4,75% mantendo em 5,00% para 2020. Para esta semana estas estimativas foram mantidas.


Ecorodovias (ECOR3)
Redução do pedágio em duas rodovias

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) reduziu recentemente as tarifas de pedágios em duas controladas da Ecorodovias (Eco 050 e Eco 101), devido à demora na realização de obras contratuais.

  • Para a Eco 050, a redução foi divulgada pela ANTT no dia 21 de agosto, valendo a partir de 23/8.  A tarifa caiu 5,96%, principalmente devido ao atraso na entrega das obras de ampliação de capacidade e melhorias, previstas no Programa de Exploração da Rodovia para o quinto ano da concessão;
  • Na Eco 101, a redução na tarifa de 11,72% foi anunciada pela ANTT no dia 2 de outubro, valendo a partir de 4/10.  Em seu comunicado, a ANTT não divulgou as causas para a diminuição da tarifa, mas a imprensa afirma que a razão foram os atrasos na realização de obras;

Esta são notícias negativas para a Ecorodovias, com impactos na receita e rentabilidade da empresa.


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Ibovespa desvaloriza 2,4% na semana passada

 

 

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