Investidores aguardam agenda mais carregada

MERCADO


Bolsa

Com noticiário fraco na sexta-feira, o Ibovespa teve um pregão com bastante oscilação principalmente no meio da tarde, com investidores aguardando esta última semana de setembro, que terá uma agenda mais carregada e com a 1ª votação da Reforma da Previdência no Senado, marcada para amanhã (25). O Ibovespa encerrou a sexta-feira com alta de 0,46% aos 104.817 pontos e giro financeiro de R$ 22,3 bilhões.

A agenda econômica abre a semana com destaque para os dados domésticos: Boletim Focus, IPCs, índice de Confiança do Consumidor com alta de 0,01%. Ainda nesta manhã sai o saldo de investimento estrangeiro direto do mês de agosto. Do lado externo, nenhum dado relevante para hoje. As bolsas internacionais voltam a pesar, operando em baixa na zona do euro e no fechamento da China, reflexo da piora dos indicadores da indústria alemã, indicando recessão. Os dados divulgados para a economia da França também mostram fraqueza. O comportamento das bolsas internacionais somado ao noticiário mais fraco, deverá novamente influenciar nosso mercado nesta segunda-feira.

Câmbio

A insegurança dos investidores principalmente em relação aos fatos mais recentes no mercado internacional, com destaque para o petróleo, sustenta a cotação da moeda americana em nível elevado. Na sexta-feira no fechamento, o dólar marcou R$ 4,1476 de R$ 4,1675 na quinta-feira, recuo de 0,48%.  Na semana, a cotação a alta foi de 1,49%, (R$ 4,0868 no dia 13/09).

Juros

A redução da taxa Selic na semana trouxe a taxa do contrato de DI para jan/21 para 4,980% – pela primeira vez abaixo de 5,0% – de 5,029% no dia anterior. A taxa para jan/25 caiu de 6,811% para 6,70%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Cemig (CMIG4)
Controlada Gasmig celebrou o 3º Termo Aditivo do Contrato dos Serviços de Gás Canalizado no Estado de Minas Gerais

Na sexta-feira a Cemig informou que sua controlada, Companhia de Gás de Minas Gerais (“Gasmig”), em 19 de setembro de 2019, celebrou com o Estado de Minas Gerais, na qualidade de Poder Concedente, o Terceiro Termo Aditivo ao Contrato de Concessão para Exploração Industrial, Institucional e Residencial dos Serviços de Gás Canalizado no Estado de Minas Gerais.

A celebração do Aditivo representa a conclusão do processo de reequilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão, o qual assegura à Gasmig a extensão do prazo de vigência da sua concessão até o ano de 2053.

O reequilíbrio econômico-financeiro consiste na substituição da obrigação contratual assumida pela Gasmig de construção do gasoduto para atendimento à Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN-V) que seria construída pela Petrobras, na região do Triângulo Mineiro, pelo pagamento de uma contraprestação ao Poder Concedente, a título de bônus de outorga, no valor de R$ 852,0 milhões, na data base de janeiro de 2019.

O pagamento da outorga compensatória deverá ser efetuado pela Gasmig, mediante a emissão de títulos de dívida no mercado de capitais, e será considerado como ativo intangível regulatório e, portanto, incorporado na base de cálculo da remuneração dos ativos da concessão.


Sabesp (SBSP3)
Termo de aditamento de Guarulhos e Metas centrais propostas pela ARSESP

A companhia divulgou dois assuntos importantes: o (i) Termo de aditamento de Guarulhos e (ii) as Metas centrais propostas pela ARSESP para os quatro indicadores que compõem o IGQ da companhia.

Termo de Aditamento com Guarulhos. A Sabesp assinará hoje, 23 de setembro de 2019, Carta Compromisso para elaboração de Termo de Aditamento ao Contrato de Prestação de Serviços Públicos de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário, firmado em 12/12/2018, entre o Município, a Sabesp e o Governo do Estado de São Paulo (Contrato), no qual reafirmam o compromisso de atuar de maneira articulada, objetivando propiciar as condições necessárias para assunção, integral e definitiva, da prestação dos serviços públicos de esgotamento sanitário no município de Guarulhos.

Metas centrais propostas pela ARSESP. A Sabesp informa também que acatou as metas centrais propostas pela ARSESP para os quatro indicadores que compõem o Índice Geral de Qualidade – IGQ (Fator Q), sendo que a primeira aplicação do Fator Q será calculada para o ano 2019 com efeito tarifário no reajuste anual de 2020.


Eletrobras (ELET3, ELET6)
Termo Aditivo com a Petrobras

Na sexta-feira (20/setembro) a Eletrobras assinou com a Petrobras o termo aditivo aos Instrumentos de Assunção de Dívidas (“IADs”) firmado em 02/ago/19 em decorrência da privatização das distribuidoras, com o objetivo de liberar as garantias reais no valor total de R$ 9,4 bilhões (data-base agosto de 2019).

Em contrapartida à liberação das garantias acima mencionadas, a companhia assumiu junto à Petrobras obrigação de cumprir covenants semelhantes àqueles já assumidos pela Eletrobras em contratos de captações de recursos.

Não houve aditivo nesta data em relação aos instrumentos celebrados com a Petrobras Distribuidora S.A., cujo saldo na data-base de agosto de 2019 era de R$ 800 milhões.


Copel Energia (CPLE6)
Cia contrata 127,9 MW médios de Energia Incentivada

A Copel Energia informou que a Copel Comercialização S.A. realizou na sexta-feira (20) o Leilão de Compra de Energia Incentivada Solar e Eólica (Chamada Pública 06/2019) e foram contratados 127,9 MW médios, pelo prazo de 15 anos, com início de fornecimento em janeiro de 2023. Os empreendimentos vencedores do certame totalizam 444,3 MW de capacidade instalada.

Com esta contratação, a Copel amplia o portfólio de produtos oferecidos aos seus clientes, além de impulsionar a geração de energia a partir de fontes renováveis. A companhia informa também que 46 MW médios da energia contratada já foram comercializados em contratos de 10 e 15 anos.

Cutia Empreendimentos Eólicos 100% operacional. Adicionalmente a companhia informa que na mesma data, foram liberadas as últimas três unidades geradoras da Usina de Energia Eólica Maria Helena S.A. (UG04, UG06 e UG07), adicionando 6,3 MW de potência instalada ao Complexo Eólico Cutia, totalizando 180,6 MW em operação, conforme Despacho Aneel nº 2.593/2019.

Com isso, o Complexo Eólico Cutia está com 100% das suas unidades geradoras em operação comercial e, em conjunto com o Complexo Eólico Bento Miguel, perfazem 13 parques eólicos com capacidade instalada de 312,9 MW.


Marfrig S.A. (MRFG3)
Cia liquidou antecipadamente saldo de “Notas sênior 2021”

A Marfrig informa que liquidou antecipadamente o saldo remanescente das notas sênior com remuneração de 11,250% ao ano e vencimento em 2021 (“Notas Sênior 2021”), emitidas em 20/set/13 pela Marfrig Holdings (Europe) B.V. com o montante agregado de principal de US$ 21,55 milhões e juros de US$ 1,21 milhão, totalizando US$ 22,76 milhões.

A liquidação faz parte do processo de Liability Management, cujo objetivo é reduzir o custo da estrutura de capital da companhia. Ao preço de R$ 11,00/ação (valor de mercado de R$ 6,8 bilhões) as ações da companhia registram alta de 101,5% este ano.


Usiminas (USIM5)
Emissão de debêntures

O Conselho de Administração da empresa aprovou na última sexta-feira a sétima emissão de debêntures.  Esta emissão será em duas séries, com debêntures simples não conversíveis em ações no valor de até R$ 2 bilhões.

  • Os recursos a serem obtidos serão usados para o pré-pagamento de dívidas com o Banco do Brasil, o Itaú Unibanco, o Bradesco e os debenturistas da sexta emissão;
  • A dívida líquida da Usiminas ao final do 2T19 era de R$ 4,2 bilhões, 10,9% menor que nos últimos doze meses, mas 13,4% acima do trimestre anterior.

Petrobras (PETR4)
Antecipação do recebimento de dívidas da Eletrobras

Na sexta-feira (19/9), a Petrobras celebrou um Contrato de Cessão de Direitos Creditórios com diversos bancos, que permitiu o recebimento antecipado de R$ 8,4 bilhões em recebíveis da Eletrobras.

  • Estes débitos da Eletrobras foram reconhecidos pelos Instrumentos de Assunção de Dívidas (IADs) assinados em 2014 e teriam vencimento original até janeiro de 2025;
  • A Petrobras vai usar estes recursos para o gerenciamento de passivos, visando a melhora do perfil de amortização e redução do custo da dívida.

Indústria automobilística: Lançamentos dos Programas Prioritários do Rota 2030

  • No sábado, foi assinado o protocolo de lançamento dos Programas Prioritários do Rota 2030 – Mobilidade e Logística.  Este protocolo estabelece a destinação dos recursos provenientes dos 2% do Imposto de Importação de autopeças sem similares nacionais.
  • Os programas que usarão os recursos têm como objetivo promover pesquisa, desenvolvimento e inovação, além de soluções para questões de produtividade e competitividade da indústria automobilística;
  • O governo decidiu zerar a alíquota da 2% para a importação de autopeças sem similares, com as empresas depositando o valor que seria pago de imposto na conta de cinco projetos que serão desenvolvidos.

Boletim Focus – Mercado ajusta as estimativas de inflação e câmbio

Dentre as alterações contidas no Boletim Focus desta segunda-feira, destaque para as novas alterações baixistas no IPCA. As estimativas para o IPCA de 2019, registraram nova redução marginal (7º consecutiva), convergindo com as atualizações dos últimos 5 dias, que também registraram recuo marginal, demonstrando assim a continuidade do comportamento benigno da inflação corrente, a qual segue comportada e ancorada, possibilitando ao BC a utilização de uma política monetária mais acomodatícia, assim como já tem praticado. Para o PIB, a mediana das estimativas permaneceu estável pela terceira vez consecutiva, com o indicador apontando crescimento de 0,87% em 2019 e 2,00% em 2020. Para 2019 o é esperado impacto positivo na atividade por conta da liberação do saque das contas do FGTS, pelos cálculos do governo o impacto no PIB será de 0,35% em 12 meses e, segundo nossas estimativas, de aproximadamente 0,25% para 2019, elevando o PIB próximo a 1% de crescimento, para o final de 2019, por outro lado, a crise na Argentina pode anular parte deste incremento. Para a taxa de câmbio, o mercado enxerga um real marginalmente mais desvalorizado, em função da adoção de uma política monetária mais frouxa por parte dos principais bancos centrais do mundo, por conta de uma possível desaceleração da economia mundial.


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