Maior apetite do mercado para os ativos de risco no Brasil

MERCADO


Bolsa

Na sexta-feira (6) o Ibovespa fechou em alta de 0,68% aos 102.935 pontos e giro financeiro de R$ 14,0 bilhões, e refletiu o maior apetite do mercado para os ativos de risco no Brasil e nas bolsas internacionais. Os desdobramentos positivos a respeito das negociações comerciais entre China e Estados Unidos ajudaram. Em Nova York, dados do mercado de trabalho americano abaixo do esperado deixaram as bolsas sem uma tendência definida, com leve alta no dia. Na semana a B3 acumulou alta de 1,78%. Na agenda hoje o IPC-S até 7/setembro em 0,15% ante 0,17% da leitura anterior e a divulgação do Boletim Focus. Nos EUA nenhum dado relevante. Bolsas na Ásia, com exceção de Hong Kong, fecharam em alta. Na Europa operam majoritariamente em campo positivo, assim como os futuros americanos. Dólar em queda e petróleo em alta sinaliza um viés positivo para este início de semana.

Câmbio

Já o dólar à vista fechou em queda de 1,2%, aos R$ 4,06 influenciado por um dado de criação de vagas mais fraco que o esperado nos EUA e a fala do presidente do Fed, Jerome Powell, que voltou a se comprometer em agir de forma apropriada para sustentar a expansão da economia, utilizando as ferramentas e os instrumentos para isso.

Juros

Com o IPCA de agosto dentro do esperado e em linha com o movimento do dólar, os futuros oscilaram de forma restrita, pressionados na curva curta. No fim da sessão regular na sexta-feira (6), a taxa do DI para janeiro de 2020 caiu de 5,36%, no ajuste anterior, para 5,34%; a do DI para janeiro de 2021 recuou de 5,39% para 5,37%; e a do DI para janeiro de 2025 passou de 6,98% para 7,00%. A semana foi de alívio nos prêmios, entre 10 e 20 pontos-base, dos principais contratos.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Banco do Brasil S.A. (BBAS3)
BB estuda alternativas para incrementar sua atuação no segmento de mercado de capitais

O BB comunica na sexta-feira (6/setembro) que, no âmbito dos estudos relacionados à otimização de seus negócios e investimentos, vem analisando alternativas para incrementar sua atuação no segmento de mercado de capitais, o que pode incluir a reorganização da estrutura de seu Banco de Investimentos e eventual constituição de parcerias complementares à sua atuação nesse mercado. O

Na sexta-feira foi noticiado na mídia que o Banco do Brasil e o UBS estariam negociando uma joint venture para o Banco de Investimento, com tratativas já em caráter de exclusividade. Desta maneira, o presente comunicado, de certa forma, confirma a intenção. No entanto o BB destacou no comunicado que eventuais negociações não possuem caráter vinculante.

Seguimos com recomendação de COMPRA para BBAS3 e preço justo de R$ 62,00/ação, equivalente a um potencial de alta de 25,5% em relação à cotação de R$ 49,39/ação.


Banco ABC Brasil S.A. (ABCB4)
Redução de posição de ações preferenciais

O Banco ABC Brasil recebeu a notificação da Wellington Management Group LLP, com sede em Boston, Massachusetts, EUA, na qualidade de controlador final de empresas que exercem atividades de gestão de investimentos com clientes internacionais, comunicando que os referidos Acionistas alienaram ações preferenciais de emissão do banco, detendo atualmente 5.257.813 ações preferenciais, representando 4,83% das PN equivalentes a 2,41% do capital total.

Ao preço de R$ 18,74/ação (valor de mercado de R$ 4,1 bilhões) as ABCB4 registram alta de 18,9% este ano. Nesse preço o banco está sendo negociado a 1,0x o valor patrimonial e com P/L de 8,4x para 2019. O preço justo de R$ 24,00/ação traz um potencial de alta de 28,1%.


Petrobras (PETR4)
Aprovação do acordo para encerrar a Class Action

Após o pregão da última sexta-feira, a empresa informou que a Corte de Apelações do Segundo Circuito aprovou o acordo para encerrar a Class Action nos Estados Unidos.
• Este fato é positivo para a empresa, encerrando uma questão séria e muito dispendiosa;
• A Petrobras assinou acordo para encerrar a Class Action perante a Corte Federal de Nova Iorque em janeiro do ano passado. No acordo, a empresa foi obrigada a pagar US$ 2,95 bilhões, em duas parcelas de US$ 983 milhões e mais uma de US$ 984 milhões.


Ecorodovias (ECOR3)
Homologação do Acordo de Leniência

Pouco antes do início do último pregão, a empresa comunicou a homologação do seu Acordo de Leniência pela 5ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal.
• Este Acordo, entre a Ecorodovias com duas de suas controladas (Ecovia e Ecocataratas) e o Ministério Público Federal (MPF) – Procuradoria da República no Paraná, foi assinado em agosto de 2019;
• Os valores envolvidos no Acordo totalizam R$ 400 milhões, valor equivalente a 5,5% do Valor de Mercado da Ecorodovias ou a 12,2% do caixa apresentado ao final do 2T19;
• Reafirmamos nossa opinião dada à época da assinatura do Acordo, de que este tem um lado negativo, por envolver saídas de caixa, porém, resolve uma questão já sabida pelo mercado, reduzindo os riscos da empresa.


Boletim Focus
Mercado ajusta para baixo as estimativas de inflação e para cima o câmbio

Dentre as alterações contidas no Boletim Focus desta segunda-feira, dia 9 de setembro, destaque para as novas indicações baixistas para a inflação medida pelo IPCA neste e no próximo ano. As estimativas para o PIB foram mantidas em 2019 e reduzidas para 2020. O câmbio foi elevado mais uma vez à luz da alta do dólar no curto prazo.

As estimativas para o IPCA de 2019, registraram nova redução marginal (5ª consecutiva), convergindo com as atualizações dos últimos 5 dias, que também registraram recuo, demonstrando assim o comportamento benigno da inflação corrente, a qual segue comportada e ancorada, possibilitando ao BC a utilização de uma política monetária mais acomodatícia, assim como já tem sinalizado. Contribuiu a divulgação do IPCA de agosto em linha com o esperado.

Quanto ao PIB, a mediana das estimativas registrou manutenção para 2019 em 0,87% e redução para 2020, de 2,10% na leitura anterior para 2,07% nesta semana.

Nesse ambiente de atividade econômica reduzida para este ano, o mercado trabalha com mais uma redução de 0,50% da Selic (de 6,00% para 5,50%) nesta próxima reunião do Copom, que acontece nos 17 e 18 de setembro.


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