Terça-feira foi de volatilidade na B3

MERCADO


Bolsa

A terça-feira foi de volatilidade na B3 com a ausência de notícias do lado doméstico e incertezas do lado externo. No fechamento o Ibovespa marcou queda de 0,25% aos 99.222 pontos e giro financeiro de R$ 15,4 bilhões. Os investidores seguem em compasso de espera em relação aos dados econômicos que serão divulgados nos EUA e na China até a sexta-feira. Mesmo com agenda econômica vazia, com dados apenas de vendas de casas nos EUA em julho, e sem fatos novos nos dois mercados, as bolsas mostram alta na zona do euro nesta manhã e no fechamento na Ásia. Do lado doméstico podemos ter mais um dia de ajustes no mercado.

Câmbio

O dólar cedeu 0,47% no fechamento de ontem, de R$ 4,0746 para R$ 4,0556, mas ainda permanece numa faixa alta em relação às cotações do final de julho. Este comportamento mostra a apreensão dos investidores. A alta da moeda levou o Banco Central a voltar a atuar neste mercado com leilões de venda.

Juros

Os juros futuros ficaram perto da estabilidade no fechamento de ontem, com o a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/21  passando de 5,459% para 5,44% e para jan/25 a taxa encerrou a 6,95%, de 6,931%, com aumento no número de contratos negociados, passando de uma média de 73.563 nos últimos 30 dias para 97.570 ontem.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Cemig (CMIG4)
Teleconferência dos resultados do 1S19

A Cemig realizou ontem (20/agosto) sua teleconferência de resultados referentes ao 2T19 e do 1S19. Dentre os destaques, (i) a reestruturação organizacional da companhia e as iniciativas de eficiência operacional; (ii) o forte crescimento do EBITDA; (iii) a exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS/PASEP e COFINS; (iv) a gestão do portfólio da dívida; (v) a execução do programa de Desinvestimentos e (vi) o Leilão para compra de energia renovável – Cemig GT.

Suas ações (CMIG4) apresentam alta de 9,9% este ano para uma cotação de R$ 14,76/ação, equivalente a um valor de mercado de R$ 21,5 bilhões. O preço justo de R$ 16,00/ação traz um potencial de alta de 8,4%.

Exclusão do PIS/PASEP e COFINS obre o ICMS. Em 08 de maio de 2019, transitou em julgado, no TRF da 1ª Região, a Ação Ordinária movida pela companhia, com decisão favorável, reconhecendo o direito de excluir o ICMS da base de cálculo do Pasep/Cofins com efeitos retroativos ao prazo de 5 anos do início do processo judicial, ou seja, desde julho de 2003. O efeito total no consolidado alcança R$ 7,325 bilhões (sendo R$ 5,971 bilhões da Cemig D) e com valor máximo passível de devolução a clientes de R$ 4,13 bilhões. O efeito no lucro líquido consolidado da Cemig foi de R$ 1,984 bilhão, reconhecido no 2T19.

Gestão do Portfólio da dívida. Destaque para a 7ª emissão de debêntures da Cemig D equivalente ao montante de R$ 3,7 bilhões, em duas séries, equivalente a um custo médio de 108,61% do CDI, utilizado para substituição de dívidas mais onerosas com custo de 144,13% do CDI. Ressalte-se o alongamento do prazo médio do endividamento total da Cemig D, de 2,9 anos para 5,1 anos.

Execução do Programa de Desinvestimento. A companhia fez menção para a alienação de 33,3 milhões de ações da Light ao preço de R$ 18,75/ação totalizando R$ 625 milhões. Após o follow on em 17 de julho de 2019 a Cemig passou a deter uma posição de 22,6% no capital da Light. O objetivo é de alienação de toda essa participação.

A Cemig reiterou a meta de seguir o seu programa de desinvestimentos. No curto prazo a prioridade é sua investida Renova, em meio à conclusão da venda de Alto Sertão III para a AES Tietê. A operação ainda depende de uma decisão da Aneel, que avalia em especial contratos que lastreiam a operação. Esta venda também é condição precedente para outras frentes de reestruturação da companhia, incluindo arranjo societário.

Além de Renova, a Cemig segue buscando avançar na venda de fatia da Gasmig, cuja concessão deve ser renovada junto ao governo do estado por mais 30 anos, com aditivo esperado para set/19 e o valor de R$ 852 milhões para reequilíbrio do contrato que venceria em 2023 e passa para 2053. Umas das alternativas em estudo é a abertura do capital da companhia e saída da Cemig via IPO.


IRB Brasil Re (IRBR3)
AGE em 19/set deve aprovar Split, de (1) uma para (3) três novas ações

Na Assembleia Geral Extraordinária (AGE), convocada para o dia 19 de setembro, será avaliada a proposta de Desdobramento (Split) das ações do IRB Brasil RE, de forma que cada ação será desdobrada em 3 novas ações, sem alteração em seu capital social.

O desdobramento de ações proposto pela administração da companhia tem por finalidade (a) aumentar a liquidez das ações ordinárias de sua emissão no mercado; e (b) possibilitar um ajuste na cotação das ações ordinárias de emissão da companhia, tornando o preço por ação mais atrativo e acessível a um maior número de investidores.

O IRB comunicará aos seus acionistas oportunamente a data em que as ações de sua emissão passarão a ser negociadas “ex-desdobramento” e a data na qual as ações resultantes do desdobramento serão creditadas aos acionistas.

Suas ações registram alta de 23,8% este ano para uma cotação de R$ 100,64/ação, equivalente a um valor de mercado de R$ 31,4 bilhões, P/L para 2019 de 19,0x e PVPA de 7,9x. O preço justo de R$ 120,00/ação traz um potencial de alta de 19,2%.


MRV Engenharia (MRVE3)
Comentário sobre a nova modalidade de financiamento da CEF

A companhia comunicou ao mercado sua visão a respeito da nova modalidade de financiamento divulgada ontem pela Caixa Econômica Federal.

As taxas, nessa nova opção, irão variar entre IPCA + 2,95% e IPCA + 4,95%, o que implicará em uma melhora na capacidade de pagamento do mutuário final, chegando a permitir uma renda até 38,8% menor que a opção de financiamento anterior (TR+) e até 19% menor que o MCMV Faixa 3.

Ontem a ação MRVE3 encerrou cotada a R$ 17,81 com valorização de 47,2% no ano.


Taesa (TAEE11)
Aquisição de 100% da Rialma/RN e LI da concessão de Ivaí no Paraná

A Taesa celebrou ontem (20/agosto) o Contrato de Compra e Venda de Ações e Outras Avenças com a RC Administração e Participações S.A., tendo por objeto a aquisição de 100% das ações representativas do capital total e votante da Rialma Transmissora de Energia 1 S.A.

A aquisição será realizada pelo valor de R$ 56,7 milhões (base: 30/junho/19), sujeito a ajustes positivos ou negativos decorrentes da variação dos saldos de capital de giro e endividamento líquido entre a data base e a data de fechamento da operação, bem como outros ajustes após o fechamento. Rialma I compreende a LT Lagoa Nova 11 – Currais Novos 11, tensão de 230 kV, circuito duplo, com extensão de 28 km, e RAP de R$ 12,6 milhões (ciclo 2019-2020).

O Instituto Ambiental do Paraná emitiu as Licenças de Instalação referentes às Subestações de Londrina – 525 kV, Foz do Iguaçu – 525 kV e Guaíra – 525 kV/230 kV, além da linha de transmissão de 525 kV – Sarandi Londrina da Interligação Elétrica Ivaí S.A., estando a companhia, autorizada a iniciar as obras dessas instalações. Ivaí localiza-se no Estado do Paraná, empreendimento no qual a Taesa participa em parceria com a ISA CTEEP – Transmissão Paulista, na proporção igualitária de 50%.

Suas units (TAEE11) fecharam cotadas ontem (20/agosto) a R$ 27,00 (valor de mercado de R$ 9,3 bilhões) com alta de 19,5% este ano. Nesse preço os múltiplos para 2019 são: P/L de 11,2x e VE/EBITDA de 12,3x.  O preço justo de R$ 28,00/Unit traz um potencial de alta de 3,7%.


Petrobras (PETR4)
Decisão favorável do CARF relacionada à cobrança de CIDE-Importação referente a contratos de afretamento.

O Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) proferiu ontem (20/agosto), decisão favorável em processo administrativo fiscal que trata da cobrança de CIDE-Importação sobre as remessas ao exterior para pagamento de contratos de afretamento, no ano calendário de 2013, no valor aproximado de R$ 5,1 bilhões.

A Petrobras entende que o julgamento não altera a classificação de expectativa de perda possível, em virtude de haver manifestações favoráveis ao entendimento da companhia nos Tribunais Superiores e buscará assegurar a defesa de seus direitos.

Ao preço de R$ 24,02/ação, equivalente a um valor de mercado de R$ 331,7 bilhões, PETR4 registra alta de 7,2% este ano. Nossa recomendação é de COMPRA com Preço Justo de R$ 34,50/ação, indicando um potencial de alta em 43,6%.


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