SLC Agrícola – Relatório de Análise

Lucro do 2T19 acima do esperado e redução de produtividade no algodão e milho

A SLC Agrícola registrou no 2T19 um lucro líquido de R$ 205 milhões, acima do que esperávamos, com crescimento de 31% em relação ao lucro do 2T18, em função da dinâmica de apropriação dos ativos biológicos, que compensou o menor volume faturado de soja no trimestre. O destaque negativo ficou com a redução em 6% da produtividade esperada para o algodão, para os níveis orçados anteriormente, em função de maior volume de chuvas em maio, principalmente no Nordeste. Some-se a isso a leve redução de 0,6% da produtividade no milho, e a maior volatilidade no mercado internacional de commodities agrícolas, reflexo da guerra comercial entre EUA e China, a peste suína africana na China e as estimativas relativas às condições das lavouras de soja e milho nos EUA.

No acumulado do 1S19 o lucro líquido registrou queda de 1,3% totalizando R$ 307,3 milhões ante R$ 311,4 milhões do 1S18. A companhia possui um modelo de negócio competitivo e rentável, e que ainda apresenta potencial de crescimento. Nesse contexto, vem buscando um equilíbrio entre crescimento nas culturas de maior valor agregado e incremento da geração de caixa, com foco na melhoria de produtividade agrícola, maior eficiência operacional e escala de produção. A monetização do portfólio de terras permanece no radar da companhia. Ao final de junho de 2019 o valor líquido dos ativos (NAV) da companhia era de R$ 4,62 bilhões, equivalente a R$ 24,22/ação, que se compara a cotação de R$ 17,47/ação, portanto não precificado.

Destaque para a redução em 6% da produtividade esperada para o algodão, para os níveis orçados anteriormente e para a queda de 0,6% da produtividade no milho. Nesta safra de soja, a companhia alcançou uma produtividade de 3.742 kg/ha, alta de 6,2% ao projeto inicial (1,4% acima da safra anterior) e 16,7% superior à média nacional (Conab). No milho, a projeção atual é de 7.125 kg/ha, 4,5% superior ao projeto, após leve redução de 0,6% do estimado no trimestre anterior. No algodão, a produtividade de pluma, com 62% das lavouras já colhidas (data-base de 02/08) está atualmente estimada em linha com o projeto, bem acima da produtividade média mundial. A redução de 6,0% no algodão 1ª safra refletiu maiores chuvas em maio, principalmente no Nordeste, e com queda de 5,4% no algodão 2ª safra, por regime mais seco no Mato Grosso.

Preços de venda e política de hedge. A companhia já tem mais de 90% do algodão travado para o ano, com preço médio de 79,5 centavos de dólar a libra-peso, em patamar superior ao mercado spot internacional atual, inclusos os prêmios capturados pela venda direta de aproximadamente 1/3 da produção. Na soja a companhia já supera a marca de 90% da produção vendida para este ano, a 10,15 dólares por bushel (base-porto), também acima do preço atual de mercado. O milho já está 80% vendido, com preço médio de R$23,40/saca, 16,9% superior ao preço de venda de 2018.

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