Ibovespa tem baixa de 2,94%

MERCADO


Bolsa

O mercado de ações sobre o impacto das notícias vindas do exterior indicando o enfraquecimento das economias da China e Alemanha, a tensão em Hong Kong e a disputa comercial China x EUA, que hoje ocupa novamente o noticiário internacional e já ajuda para a queda nas bolsas com os seguintes destaques: a) China promete retaliações contra as tarifas americanas. b) sinais de recessão nos EUA em período de corrida presidencial. A contaminação de ontem pesou forte sobre o Ibovespa, que encerrou o dia em baixa de 2,94% aos 100.258 pontos. O giro financeiro foi de R$40,3 bilhões. Desta vez a queda no Ibovespa foi generalizada. Hoje a agenda econômica traz uma extensa relação de indicadores dos Estados Unidos, com destaque para as vendas a varejo em julho, produção industrial, dados do mercado de trabalho e índice de manufatura Empire State em NY, todos as serem divulgados ainda nesta manhã. Do lado doméstico, somente a inflação pelo IGP-10 com queda de 0,47%. Hoje data limite para a divulgação dos resultados corporativos do 2T19, temos uma relação extensa de números de empresas, o que pode influenciar as respectivas ações.

Câmbio

Com um novo repique ontem, a moeda americana saltou para R$ 4,0518 no fechamento contra R$ 3,9676 no fechamento anterior (2,12%). A divulgação de indicadores fracos para grandes economias no exterior, deram um alerta aos mercados.

Juros

O sentimento de aversão ao risco pesou também sobre o mercado de juros futuros, com o mercado externo trazendo mais preocupações aos investidores. No fechamento, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/21 subiu de 5,389% no ajuste da terça-feira para 5,46% e a taxa para jan/25 passou de 6,871 para 6,95%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Eztec (EZTC3)
Crescimento expressivo de 553% no lucro líquido do 2T19 somando R$ 94,9 milhões. No 1S19 o resultado foi de R$ 112,2 milhões

A companhia registrou uma forte recuperação nos resultados do 2T19 e no acumulado do semestre e com perspectivas favoráveis para este segundo semestre, com a retomada de lançamentos e melhora nas vendas.

 Ontem a ação EZTC3 encerrou cotada a R$ 34,48 acumulando alta de 67,9% no ano. O valor de mercado da empresa é de R$ 6,9 bilhões.


Natura (NATU3)
Lucro líquido consolidado cresce 109,4% no 2T19, somando R$ 66,6 milhões

O EBITDA consolidado do 1S19 somou R$ 751,6 milhões, aumento de 15,6% sobre o 1S18 e o resultado líquido consolidado totalizou R$ 108,0 milhões contra R$ 56,2 milhões no 1S18.

O crescimento do lucro líquido reflete a melhora na margem bruta com beneficiada pelo mix de produtos, apesar da pressão da variação cambial.

O endividamento da companhia no final de junho somou R$ 5,53 bilhões contra R$ 5,71 bilhões em jun/18. A relação Dívida Liquida/EBITDA (12 m) ficou em 2,83x (Ex- IFRS16).

A meta da companhia é reduzir a alavancagem para os níveis pré-aquisição da The Body Shop de 1,4x até 2021.

A ação NATU3 encerrou ontem cotada a R$ 64,00 acumulando valorização de 43,4% no ano. O valor de mercado da companhia é de R$ 27,6 bilhões.


Linx (LINX3)
Redução de 32,0% no lucro líquido do 2T19, somando R$ 12,5 milhões. No 1S19 o resultado caiu 33,8% para R$ 29,6 milhões

A Sanepar registrou no 2T19 um lucro líquido de R$ 232,6 milhões, com queda de 8,3% em relação ao lucro de R$ 253,6 milhões do 2T18. Um resultado construído a partir do crescimento de 8% da Receita Líquida, da estabilidade do resultado operacional pelo importante incremento de custos e despesas e piora no resultado financeiro líquido. Some-se a isso a constituição de provisão para contingências e indenização ao município de Maringá.

Cotadas a R$ 83,45 (valor de mercado de R$ 8,4 bilhões) suas Units registram alta de 44,4% este ano. Nesse preço os múltiplos para 2019 são: P/L de 8,8x e VE/EBITDA de 6,1x. Temos recomendação de COMPRA com preço justo de R$ 97,00/Unit e potencial de alta de 16,2%.

A dívida bruta passou de R$ 2,89 bilhões em mar/19 para R$ 3,22 bilhões em jun/19, representando um crescimento de 11%. A dívida líquida passou de R$ 2,54 bilhões para R$ 2,87 bilhões, na mesma base de comparação. O índice de alavancagem, medido pela relação “Dívida Líquida/EBITDA” se elevou de 1,5x no 1T19 para 1,7x no 2T19.


SLC Agrícola S.A. (SLCE3)
Lucro do 2T19 melhor que o esperado

A CPFL Energia registrou no 2T19 um lucro líquido de R$ 574 milhões, com crescimento de 27% em relação a igual trimestre do ano anterior (R$ 450 milhões), acumulando no 1º semestre de 2019 em lucro de R$ 1,14 bilhão, 32% superior a R$ 870 milhões do 1S18.

Mais um bom resultado trimestral explicado principalmente por melhora do resultado operacional e financeiro. Ontem (13/agosto) a CPFE3 fechou cotada a R$ 33,62/ação, equivalente a um valor de mercado de R$ 38,7 bilhões, e com valorização de 18,4% neste ano. Os múltiplos para 2019 são: P/L de 17,1x e VE/EBITDA de 10,1x, de acordo com premissas de mercado. O preço justo de R$ 35,00/ação traz um potencial de alta de 4,1%.

Sua geração de caixa operacional medida pelo EBITDA somou R$ 1,5 bilhão no 2T19 com crescimento de 10% em doze meses, com destaque para o segmento de distribuição, cujo EBITDA atingiu R$ 873 milhões no 2T19 (+14%), refletindo principalmente os resultados da conclusão dos processos de revisão tarifária da RGE em junho de 2018 (com aumento de 7,14% da parcela B da RGE e aumento de 9,10% da parcela B da RGE Sul) e dos reajustes tarifários das demais distribuidoras: CPFL Piratininga (outubro 2018) e CPFL Paulista (abril 2019). No acumulado do 1S19 o EBITDA cresceu 11% totalizando R$ 3,0 bilhões.


Copel Energia (CPLE6)
Bom resultado operacional no 2T19

A Copel Energia registrou um lucro líquido de R$ 347 milhões no 2T19, com leve queda de 2,4% em relação ao lucro de R$ 355 milhões de igual trimestre de 2018, explicado pelo bom resultado operacional da companhia, com incremento de 3,2% em base de 12 meses, compensado pela queda do resultado de equivalência patrimonial e piora do resultado financeiro. No semestre o lucro líquido cresceu 19,9% para R$ 853 milhões.

Este ano as CPLE6 registram alta de 63,6% para uma cotação de R$ 49,50/ação, correspondente a um valor de mercado de R$ 13,5 bilhões. Os múltiplos para 2019 são: P/L de 8,3x e VE/EBITDA de 6,3x.

Ao final de junho de 2019 a dívida líquida da companhia era de R$ 9,0 bilhões (2,6x o EBITDA) em linha com os R$ 8,9 bilhões e alavancagem semelhante. Ao final de dezembro de 2018 a dívida líquida era de R$ 9,2 bilhões (3,1x o EBITDA).


JBS (JBSS3)
Lucro líquido de R$ 2,2 bilhões no 2T19

A JBS registrou no 2T19 um lucro líquido de R$ 2,2 bilhões (equivalente a R$ 0,82/ação) revertendo o prejuízo líquido do 2T18 de R$ 911 milhões e ainda acima do lucro líquido de R$ 1,1 bilhão no 1T19. Esse bom resultado, acima do esperado, refletiu o crescimento de 12,5% da receita Líquida, estabilidade na margem bruta, incremento de 20,3% da geração de caixa medida pelo EBITDA (recorde) com melhora de margem.

Nesse contexto de forte melhora operacional e financeira suas ações registram alta de 136,0% este ano para uma cotação de R$ 27,35/ação (valor de mercado de R$ 74,6 bilhões).

A empresa destaca que nos EUA e Austrália, a operação de carne bovina permanece forte, favorecida pela demanda local aquecida e ganhos de volume na exportação. A Pilgrim’s Pride reportou um EBITDA de US$ 349 milhões no trimestre, 24% superior, refletindo um melhor equilíbrio entre oferta e demanda. No segmento de carne suína a margem EBITDA foi de 8,2% melhor que igual trimestre do ano anterior, apesar do custo da matéria prima mais elevada e de uma maior oferta de carne.

No Brasil a margem EBITDA da Seara foi de 11,1% em função do aumento de preços no mercado doméstico, e incremento de preços e volumes na exportação. A carne bovina também registrou aumento de preços e de volumes, permanecendo em momento bastante positivo.

Ao final de junho de 2019 a divida líquida da companhia era de R$ 44,8 bilhões, sendo de US$ 11,7 bilhões. A alavancagem era de 2,8x (em dólares) abaixo de 3,1x do 1T19. Em Reais ficou também em 2,8x ante 3,2x no trimestre anterior. O prazo médio da dívida era de 7,0 anos e já considera as amortizações realizadas após o fechamento do 2T19.


Marfrig (MRFG3)
Lucro líquido de R$ 86,5 milhões no 2T19 reverte prejuízo de R$ 582 milhões no 2T18

A companhia registrou no 2T19 um lucro líquido de R$ 86,5 milhões, ante o prejuízo líquido de R$ 582 milhões do 2T18, explicado por melhor resultado operacional, incremento de margem e o efeito positivo do câmbio. O maior efeito veio de preço (+9,2%) uma vez que os volumes cresceram apenas 0,5% entre os trimestres comparáveis.

A companhia manteve o guidance de crescimento para 2019, antevendo um ano melhor para as operações na América do Norte e na América do Sul. Nesse contexto espera uma Receita Líquida consolidada entre R$ 47 e R$ 49 bilhões; uma Margem EBITDA entre 8,7% e 9,5%; e um Fluxo de Caixa Livre entre R$ 1 bilhão e R$ 1,5 bilhão. Lembrando que as expectativas consideram um câmbio de R$ 3,90/US$ 1,00, e que atualmente encontra-se acima de R$ 4,00 com impacto positivo do lado da receita e negativo do lado financeiro dado a estrutura de captação da companhia, notadamente em dólar.

Suas ações registram alta de 42,2% este ano para R$ 7,82/ação equivalente a um valor de mercado de R$ 4,9 bilhões. Nesse preço os múltiplos para 2019 são: P/L de 11,3x e VE/EBITDA de 4,7x. O preço justo de mercado aponta para R$ 8,10/ação e embute um potencial de alta de 3,6%.

Ao final de junho a dívida líquida da companhia era de US$ 2,6 bilhões (+6% em base trimestral), equivalente a R$ 10,1 bilhões, explicado basicamente pelo pagamento de dividendos a terceiros e pelo investimento para aquisição de Iowa Premium, parcialmente compensados pelo fluxo de caixa livre. A alavancagem medida pelo índice Dívida Líquida/EBITDA ajustado dos últimos 12 meses foi de 2,65x, uma melhora de 0,11x em comparação ao trimestre anterior.


Taesa (TAEE11)
Aquisição de 11,62% da Brasnorte por R$ 17,65 milhões

O Conselho de Administração da Taesa aprovou, em reunião realizada ontem (14/ago), a aquisição, pela companhia, da integralidade das ações de emissão da Brasnorte Transmissora de Energia S.A. detidas pela Bipar Energia S.A. representativas de 11,62% de seu capital social total.

O preço de aquisição é de R$ 17,65 milhões corrigidos pela Selic desde a data base da avaliação financeira (1 de maio de 2019) até o dia útil imediatamente anterior à data do fechamento e abatidos quaisquer dividendos declarados neste intervalo. A aquisição não ensejará qualquer direito de recesso. Com a compra dos 11,62% restantes a Taesa passará a deter 100% da Brasnorte com possibilidade de redução de parte das despesas administrativas, devido às sinergias administrativas advindas da referida aquisição.

Suas units (TAEE11) fecharam cotadas ontem (14/ago) a R$ 28,07 (valor de mercado de R$ 9,7 bilhões) com alta de 24,2% este ano. Nesse preço os múltiplos para 2019 são: P/L de 11,7x e VE/EBITDA de 12,6x.


Sabesp (SBSP3)
Lucro Líquido de R$ 454 milhões no 2T19 e de R$ 1,1 bilhão no 1S19

A Sabesp registrou no 2T19 um lucro líquido de R$ 454 milhões, com crescimento de 150% em relação ao lucro de R$ 182 milhões do 2T18, reflexo do crescimento de 9% da receita líquida e da forte melhorea do resultado financeiro entre os trimestres, que compensaram a maior evolução dos custos e despesas. No acumulado do 1S19 o lucro alcançou R$ 1,1 bilhão, 45% superior aos R$ 762 milhões do 1S18.

Um resultado abaixo do esperado explicado principalmente pelo forte incremento de custos/despesas no trimestre, parcialmente amenizado pelo melhor resultado financeiro. Temos recomendação de compra para SBSP3. Cotadas a R$ 55,96/ação (valor de mercado de R$ 38,2 bilhões) suas ações registram alta de 82,1% este ano. Nesse preço os múltiplos para 2019 são: P/L de 13,6x e VE/EBITDA de 7,8x.

Ao final do 2T19 a dívida líquida da Sabesp era de R$ 10,2 bilhões (2,0x o EBITDA)  em linha com R$ 10,0 bilhões do trimestre anterior, e abaixo dos R$ 11,3 bilhões de dezembro de 2018.


Tupy (TUPY3)
Um bom resultado no 2T19

A empresa divulgou na noite de ontem seu resultado do 2T19, que na comparação com o mesmo período de 2018, apresentou aumento nas vendas, ganhos de margem e elevação no lucro líquido. Vale lembrar que no 1T19 fatores não recorrentes aumentaram o lucro.
• No 1T19, o lucro líquido da Tupy somou R$ 59 milhões (R$ 0,41 por ação), 26,1% menor que no trimestre anterior, mas 23,1% superior ao número do 2T18;
• As vendas da Tupy no 2T19 cresceram 1,7%, puxadas pelas elevações dos volumes negociados no mercado interno (+9,7%) do segmento de Transporte, Infraestrutura & Agricultura (componentes para carros de passeio, veículos comerciais e fora de estrada). No mercado externo, este segmento ficou com as vendas praticamente estáveis (+0,1%). Em hidráulica, no mercado interno as vendas aumentaram 1,1% e no externo houve queda de 11,0%.


Ferbasa (FESA4)
Redução das vendas e do lucro no 2T19

Os números da empresa, divulgados na noite de ontem, mostraram diminuição nas vendas, aumentos de custos e grande queda no lucro.

  • A Ferbasa lucrou R$ 32 milhões (R$ 0,36 por ação) no 1T18, valor 31,0% menor que no trimestre anterior e 58,4% abaixo do 2T18;
  • Segundo a empresa, este cenário difícil pode piorar no segundo semestre, em consequência da queda dos preços internacionais e também da revisão de condições comerciais com clientes e fornecedores.

JSL (JSLG3)
Lucro líquido consolidado cresce 44,1% no 2T19 somando R$ 71,2 milhões

No acumulado do 1S19 a JSL registrou crescimento de 77,0% no lucro líquido passando de R$ 74,5 milhões para R$ 131,9 milhões.

O lucro Líquido do 2T19 foi um recorde de R$ 71,2 milhões no 2T19, um crescimento de 44% na comparação anual, refletindo o efeito positivo da reorganização empresarial em todas as empresas do Grupo JSL, que foram organizadas de forma independente com gestão focada em cada um dos negócios.

As demais empresas do grupo também mostraram crescimento expressivo nas principais contas de resultado, trazendo perspectivas positivas para os trimestres seguintes.

A ação JSLG3 encerrou ontem cotada a R$ 17,50 acumulando valorização de 156,8 % no ano.


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Ibovespa tem baixa de 2,94%

 

 

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