Cenário internacional foi referência para pequena alta

MERCADO


Bolsa

A sexta-feira foi de pequena alta (0,16%) para o Ibovespa, com fechamento aos 102.818 pontos e giro financeiro de R$ 17,9 bilhões. Em julho, no entanto, o índice contabiliza alta de 1,83%. Com noticiário doméstico fraco, o cenário internacional foi referência para o desempenho da bolsa, principalmente a divulgação do PIB do 2T19 nos EUA, com alta de 2,1%, acima das expectativas de 1,9%. A semana abre com agenda econômica fraca, com destaque apenas para o Boletim Focus e aguardando a decisão para os juros americanos e Taxa Selic, nesta virada de mês. As bolsas internacionais mostram queda no fechamento da Ásia e predomínio de baixa na zona do euro, nesta manhã. Do lado doméstico, os resultados corporativos devem seguir influenciando os preços dos respectivos papéis.

Câmbio

O dólar encerrou a R$ 3,778 contra R$ 3,779 (queda de 0,04%). A moeda subiu 0,71% na semana, a segunda consecutiva de alta. No mês, o dólar recua 1,77% e no ano, 2,55%.

Juros

Os juros futuros encerraram a sexta-feira cm o DI para jan/20 terminou estável, a 5,59% e para jan/25 os juros recuaram de 6,90% para 6,87%. O mercado segue dando peso para a reunião dos juros nos EUA, que acontece nesta segunda-feira.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Hypera (HYPE3)  
Lucro líquido de R$ 334,9 milhões no 2T19, crescimento de 21,3% sobre o 2T18

A Hypera encerrou o 2T19 e o 1S19 com bom crescimento no lucro líquido, mas o resultado foi influenciado positivamente principalmente pela redução da taxa efetiva de imposto de renda por conta da declaração de Juros Sobre Capital Próprio no 2T19, no montante de R$ 161,3 milhões, e o montante de R$ 91,8 milhões relacionados à reversão de parte do passivo fiscal relacionado a créditos tributários.

A ação HYPE3 encerrou a sexta-feira cotada a R$ 30,46 com alta de apenas 2,8% no ano.


Copasa (CSMG3)  
Lucro do 2T19 cresce 8% e soma R$ 119 milhões

A Companhia de Saneamento Básico de Minas Gerais (Copasa) registrou no 2T19 um lucro líquido de R$ 119 milhões, 8% superior ao lucro de R$ 110 milhões do 2T18, refletindo, principalmente, o aumento de preços e o melhor resultado financeiro líquido entre os trimestres comparáveis. Em adição, foram constituídas duas provisões não dedutíveis e não recorrentes referentes a dois processos judiciais no valor de R$ 31,6 milhões.

Excluídas estas provisões o lucro do trimestre veio em linha com o que esperávamos. Destaque para o reajuste médio de 8,38% nas tarifas de prestação de serviços públicos de abastecimento de água e de esgotamento sanitário da companhia, autorizado pela ARSAE MG, com aplicação a partir de 1º de agosto de 2019. As perspectivas apontam para uma melhora de eficiência reflexo do adequado controle de custos e despesas. Não estamos contando com a privatização da companhia, ao menos no curto prazo.

Ao preço de R$ 64,49/ação (valor de mercado de R$ 8,2 bilhões), as CSMG3 registram alta de 7,1% este ano e valorização de 60,5% em doze meses. Os múltiplos apontam para um P/L de 12,5x e VE/EBITDA de 6,5x para 2019. Temos recomendação de COMPRA e Preço Justo de R$ 75,00/ação (potencial de alta de 16,3%).


São Martinho S.A. (SMTO3)
Ex-dividendo de R$ 0,3136/ação a partir de hoje (29/julho)

A companhia comunica o pagamento de R$ 110,0 milhões na forma de dividendos, equivalentes a R$ 0,31356660214/ação, conforme aprovado na Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária  (AGOE) realizada na sexta-feira, 26 de julho de 2019.

Os dividendos terão como base a posição acionária de 26 de julho de 2019 e serão pagos em 16 de agosto de 2019. As ações da companhia serão negociadas “ex-dividendos” a partir de 29 de julho de 2019.  Com base na cotação de R$ 19,84/ação o retorno é de 1,6%.


Boletim Focus    
Mercado mantém indicadores praticamente sem alterações em semana de Copom, cuja expectativa é de, no mínimo, uma redução de 0,25%

Dentre as alterações contidas no Boletim Focus desta segunda-feira, destaque para a elevação marginal das estimativas para o IPCA de 2019, com as atualizações dos últimos 5 dias na mesma linha, demonstrando que a inflação corrente segue comportada e ancorada. Para o PIB, a mediana das estimativas não registrou alteração, mas já é esperado um impacto positivo na atividade por conta de da liberação do FGTS, pelos cálculos do governo o impacto esperado no PIB será de 0,35% em 12 meses. Por fim, o mercado manteve suas estimativas para a Taxa Selic estáveis neste ano. Para a próxima reunião do Copom (30 e 31 de julho) o consenso é de um corte de 0,25 pp, porém há quem enxergue um maior afrouxamento por parte do BC, haja vista a aprovação das reformas necessárias para o país. Para a taxa de câmbio, o mercado também manteve inalteradas suas estimativas, neste ano.

A mediana do agregado para a produção industrial registrou recuo marginal para 2019, sugerindo crescimento de 0,50% ante 0,66%. Para os demais indicadores de relevância, não houve alteração em relação às estimativas anteriores.

Com isso, para 2019, as expectativas para o IPCA ficaram em 3,80%, o PIB em 0,82%, Taxa de Câmbio R$/US$ 3,75 e a Meta da Taxa Selic em 5,50% aa.

Destaques do Boletim Focus publicado na segunda-feira, para 2019:

  • IPCA: 3,80%;
  • IPCA (atualização dos últimos 5 dias): 3,80%;
  • PIB: 0,82%
  • Taxa de Câmbio: R$/US$ 3,75;
  • Meta Taxa Selic: 5,50% a.a.

Siderurgia
Produção e vendas muito fracas em junho

A produção brasileira de aço bruto em junho foi de 2,8 milhões de toneladas, 5,0% menor que no mesmo mês do ano passado, conforme os dados divulgados pelo Instituto Aço Brasil (IABr).

  • Os números do mês foram fracos nos laminados, com quedas de 3,7% na produção de aços planos e 5,4% em longos.  Apenas cresceu (5,3%) a produção de semiacabados, que tem menor valor agregado;
  • Em junho, as vendas de aço no Brasil em abril caíram muito (12,8%).  O pior desempenho ocorreu em aços longos, com uma queda de 17,5%, mas as vendas de planos não foram muito melhores, apresentando redução de 11,0%;
  • Estes dados do IABr são uma indicação negativa para os resultados das siderúrgicas no 2T19.

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