Mercado segue na expectativa dos eventos desse final de mês

MERCADO


Bolsa

Em dia de liquidez reduzida com volume financeiro de R$ 14,2 bilhões, o Ibovespa encerrou o pregão em baixa de 0,24% aos 103.704 pontos. O mercado segue ainda expectativa dos eventos neste final de mês que definirão as taxas de juros nos EUA e no Brasil e também refletindo o início da safra de resultados do 2T19.  Hoje a agenda econômica traz índices de preços médios (parciais) de serviços e manufatura para julho na zona do euro e nos EUA e no Brasil saiu o Índice de confiança do Consumidor em 88,1 abaixo da leitura anterior de 88,5.  As bolsas internacionais fecharam em alta na Ásia e mostram comportamento nisto na zona do euro, nesta manhã e nos EUA as bolsas de NY sinalizam queda na abertura na expectativa de dados corporativos e econômicos.

Câmbio

O dólar voltou a subir ontem, cotado aos R$ 3,7745 (1,01%), sobre a cotação de R$ 3,7404 do dia anterior. Uma justificativa do mercado para esta alta foi a saída de capital externo do País.

Juros

Os juros futuros recuaram ontem, com o mercado precificando uma redução da Selic na próxima reunião, após a divulgação do IPCA-15 abaixo das expectativas. o contrato de DI para jan/20 fechou a 5,60%, ante 5,64% na véspera e para jan/25 a taxa recuou de 6,94% para 6,87%.,


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Telefônica Brasil (VIVT4)  
Lucro líquido do 2T19 soma R$ 1,4 bilhão, queda de 55,2% sobre o 2T18. No 1S18 o resultado foi de R$ 2,8 bilhões, redução de 35,2%.

Observação: A empresa destaca que o número do 2T19, se ajustado pelos efeitos não recorrentes registrados no 2T18, teria mostrado crescimento de 26,4% no lucro líquido do 2T19

A companhia registrou melhora nas principais contas de resultado, com destaque ainda para a queda no endividamento e melhora na geração de caixa operacional.

Ontem a ação VIVT4 encerrou cotada a R$ 53,50 acumulando alta de 22,9% no ano.


Neoenergia (NEOE3)
Bom resultado do 2T19

A companhia registrou no 2T19 um lucro líquido de R$ 519 milhões, com crescimento de 32% em relação a igual trimestre de ano anterior, acumulando no 6M19 um lucro de R$ 1,0 bilhão, 48% superior ao lucro de R$ 683 milhões do 6M18.

Seguimos com recomendação de compra e preço justo de R$ 19,50/ação, que embute um potencial de alta de 9,9% em relação a cotação de fechamento de ontem (23/julho) de R$ 17,75/ação.

Crescimento do volume total de energia distribuída (cativo + livre) de 3,35% no 2T19 e 4,59% no 6M19 em relação aos mesmos períodos de 2018.

Aumento de 19,7% do EBITDA do 2T19 em relação ao 2T18, alcançando R$ 1,36 bilhão e R$ 2,70 no 6M19. Variação de PMSO de 1,31% do 2T19 e de 1,38% no 6M19, versus inflação acumulada de 12 meses em junho de 2019 de 6,51% (IGP-M) e aumento do número de clientes.

CAPEX total realizado de R$ 1,1 bilhão no 2T19 e R$ 2,2 bilhões no 6M19. Redução da alavancagem de 3,5x em dez/18 para 3,4x em jun/19 e R$ 3,4 bilhões captados no 2T19.


Cielo (CIEL3)   
Resultado e margens pressionados, mas os sinais são de retomada do crescimento e da participação de mercado.

A Cielo registrou no 2T19 um lucro líquido de R$ 431,2 milhões, com queda de 21% em relação ao trimestre anterior e redução de 33% ante o lucro do 2T18, reflexo principal da queda de 4% da receita operacional em base de doze meses, da maior evolução dos gastos totais e da redução do resultado de aquisição de recebíveis (em ambas as bases de comparação).

O ambiente competitivo permanece e tem levado a uma maior pressão nos preços e nos custos diretamente ligados ao volume transacionado. Soma-se a isso a expansão da força comercial da companhia realizada em janeiro de 2019, e que no conjunto, explicam a forte contração dos resultados, parcialmente compensado pelas ações de eficiência operacional. A estratégia de maior gasto com marketing e força de vendas já apresenta os primeiros resultados com o aumento da base de clientes e venda de terminais.

Na visão da companhia, “o crescimento do volume capturado aliado ao incremento da base ativa de clientes e o aumento de participação de mercado, demostram os primeiros sinais de que a Cielo entra novamente no trilho do crescimento e da manutenção da liderança no setor de meios de pagamento no Brasil e na América Latina”.

O foco permanece na defesa de sua participação de mercado e a liderança nos segmentos pouco explorados pela companhia. A política de preços mais agressiva permanece, com reflexo direto na redução das margens e do yield de Receita Líquida, que passou de 0,93% no 1T19 para 0,82% no 2T19, como resposta à conjuntura de mercado à luz da redução dos preços, parcialmente compensado pelo maior volume de pagamento em dois dias.

A empresa realiza hoje às 11h30 sua teleconferência de resultados. O ambiente competitivo permanece para todos os players, mas já é possível observar os primeiros sinais positivos. Temos recomendação de compra e preço justo de R$ 11,00/ação, que deve ser revisado em função da redução do resultado do trimestre.

A Cielo anunciou em 27 de junho a distribuição de JCP relativos ao 2T19 equivalentes a R$ 134,1 milhões. Ontem (23/julho) a companhia divulgou JCP complementar equivalente a R$ 2,0 milhões e dividendos de R$ 7,2 milhões, perfazendo o total de R$ 143,3 milhões em proventos que serão pagos em 27 de setembro, equivalente a um payout trimestral de 33,2%.


Weg (WEGE3)
Bons resultados no 2T19 e dividendos

A empresa divulgou nessa manhã um resultado do 2T19 bem superior ao auferido no mesmo período do ano anterior, com aumento na receita e ganhos de margem.

O lucro líquido no 2T19 foi de R$ 389 milhões (R$ 0,19 por ação), 26,8% maior que no trimestre anterior e 15,6% acima do 2T18;

O Conselho de Administração aprovou ontem o pagamento de dividendos intermediários no valor total de R$ 186,9 milhões (R$ 0,089102378 por ação).  O pagamento será realizado no dia 24 de agosto, juntamente com os JCPs declarados em março e junho de 2019.  Este provento terá por base as posições dos acionistas no dia 26/julho, com as ações sendo negociadas “ex-dividendos” já em 29/7.


Randon (RAPT4)
Pagamento de JCP

O Conselho de Administração da empresa deliberou ontem o pagamento de juros sobre o capital (JCP) no valor bruto total de R$ 34,9 milhões, equivalente a R$ 0,10183 por ação ordinária ou preferencial.

Terão direito a este provento os acionistas da empresa no dia 26 de julho, com as ações sendo negociadas “ex-direitos” a partir de 26/7.  O pagamento será realizado em 9 de agosto;

Este JCP permite um retorno bruto de 1,0% para os acionistas, considerando a cotação de RAPT4 no fechamento do pregão de ontem.


Petrobras (PETR4)
Duas notícias negativas: Redução nos preços do GLP e perda no CARF

A empresa informou ontem que vai reduzir em 9,8%, a partir de hoje, os preços do gás liquefeito de petróleo (GLP) para a indústria e o comércio.  Para uso residencial, os preços vão permanecer inalterados.

Apesar de negativa, a notícia não deve ter maior impacto na ação, dado que as vendas de GLP têm pequena participação no faturamento da Petrobras (4,8% da receita líquida no 1T19).  Assim também esta redução segue a queda nos preços do petróleo no mercado internacional;

Também ontem, a Petrobras informou que Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) proferiu uma decisão desfavorável à empresa, em processo administrativo fiscal acerca do PIS/COFINS sobre as remessas ao exterior para pagamento de contratos de afretamento em 2013.  A Petrobras não detalhou se haverá algum efeito imediato no balanço, o que acreditamos não ocorrerá.


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