Ibovespa tem valorização de 0,48% aos 103.949 pontos

MERCADO


Bolsa

Ontem o destaque para a alta do Ibovespa foi o setor financeiro, contribuindo para uma pequena valorização de 0,48% aos 103.949 pontos. Em dia de noticiário fraco o mercado aguarda para amanhã o início da safra de resultados do 2T19 e as especulações em torno dos juros americanos. A agenda desta terça-feira traz a inflação medida pelo IPCA-15 com alta 0,09% no M/M e de 3,27% no A/A. Do lado externo, destaque para indicadores do setor imobiliário nos EUA. As bolsas asiáticas seguem pesadas nos últimos dias e ontem não foi diferente. Bolsas na Europa e futuros americanos em alta, com sinais de retomada das negociações comerciais entre EUA e China.

Câmbio

O dólar ontem registrou um comportamento perto da estabilidade. Ao final fechou com leve queda de 0,21% aos R$ 3,7377. O mercado espera algum sinal da política monetária dos grandes bancos centrais no mundo, cuja tendência principal é de queda.

Juros

Ontem, os juros futuros de curto prazo (jan/20) recuaram de 5,669% no dia anterior para 5,65% e para jan/25 a taxa do contrato de DI encerrou estável. Os mercados seguem na expectativa de decisões importantes de curto prazo, para a economia brasileira.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Santander Brasil (SANB11)  
Bom resultado no 2T19 em linha com o esperado

O Banco Santander (Brasil) registrou no 2T19 um lucro líquido, em base gerencial, de R$ 3,64 bilhões (ROAE de 21,3%), com crescimento de 20% ante os R$ 3,03 bilhões do 2T18 (ROAE de 19,5%), um resultado em linha com o esperado impactado positivamente pelo crescimento de 8,2% da Margem Financeira Líquida, crescimento de 8,9% das receitas de serviços. Por outro lado, destaque para o crescimento de 8,5% das despesas com PDD, aliado a alta de 7,1% das Despesas Gerais.

Em base acumulada dos seis primeiros meses de 2019 em relação a igual período de 2018, o lucro líquido gerencial cresceu 21% para R$ 7,12 bilhões. Nesta base de comparação, destaque para a reduzida evolução das despesas com PDD, o crescimento das receitas de serviços e da margem financeira líquida, que mais que compensaram o crescimento das despesas gerais.

O modelo de negócio do banco permanece centrado no cliente, com foco no aumento de rentabilidade suportada (i) pelo crescimento da carteira de crédito e ganho de participação de mercado; (ii) crescimento da base de clientes, com maior vinculação e volume de transações; (iii) adequado modelo de risco, aumento de produtividade e eficiência. Seguimos com recomendação de COMPRA para SANB11 e preço justo de R$ 52,00/Unit.


Cemig (CMIG4)
Cemig D concluiu a 7ª emissão de debêntures simples

A sua subsidiária integral Cemig Distribuição S.A. (“Cemig D”) concluiu ontem (22/julho) a distribuição de sua 7ª emissão de debêntures simples, no valor de R$ 3,66 bilhões, em duas séries, sendo a 1ª série, com prazo de 5 anos, no valor de R$ 2,16 bilhões e pagando juros remuneratórios de CDI+0,454%a.a., e a 2ª série, com prazo de 7 anos, no valor de R$ 1,5 bilhão e pagando correção monetária pelo IPCA acrescida de juros remuneratórios de 4,10%a.a., perfazendo um custo médio equivalente estimado em 108,61% do CDI.

Os recursos que se incorporam ao caixa da Cemig D se inserem no contexto de gestão do endividamento, permitindo substituir um conjunto de dívidas de igual valor, mais onerosas (custo médio equivalente a 144,13% do CDI) e com vencimentos concentrados num horizonte temporal de 3 anos, por outra de menor custo e com amortizações diluídas nos próximos 7 anos, contribuindo para elevar o prazo médio do endividamento total da Cemig D de 2,9 anos para 5,1 anos

Suas ações (CMIG4) apresentam alta de 7,5% este ano e 88,0% nos últimos doze meses, para uma cotação de R$ 14,43/ação, equivalente a um valor de mercado de R$ 21,0 bilhões. O preço justo de R$ 16,00/ação traz um potencial de alta de 10,9%.


Copel Energia (CPLE6)   
Mercado fio da Copel Distribuição cresceu 1,4% no segundo trimestre

A Companhia Paranaense de Energia (Copel) divulgou ontem (22/julho) seus números operacionais do segundo trimestre de 2019. O crescimento do consumo de energia no mercado fio, composto pelos consumidores cativos e livres, além do suprimento a concessionárias no Estado, cresceu 1,4% na comparação com o mesmo período do ano passado. Em junho, o avanço foi de 1,7%, e no primeiro semestre, houve crescimento de 3,2%.

Mercado Cativo. A venda de energia para o mercado cativo da Copel Distribuição totalizou 4.836 GWh no 2T19, redução de 2,7%. Esse resultado foi consequência da diminuição do consumo nas quatro principais classes de consumidores (residencial, industrial, comercial e rural).

O total de energia vendida no trimestre cresceu 10,3%. Esse indicador conta os dados da Copel Distribuição, Copel Geração e Transmissão, Copel Comercialização e complexos eólicos.

Este ano as CPLE6 registram alta de 61,7% para uma cotação de R$ 48,95/ação, correspondente a um valor de mercado de R$ 13,4 bilhões. Os múltiplos para 2019 são: P/L de 8,2x e VE/EBITDA de 6,3x.


Vale (VALE3)
Produção no 2T19 e revisão das projeções

A Vale publicou ontem, minutos antes do início do pregão, seu Relatório Trimestral de Produção e Vendas do2T19, tendo como ponto mais notável a forte redução na produção e nas vendas de pelotas.  Em minério, houve uma queda esperada na produção, mas aumento de vendas.  Nos metais básicos, uma boa notícia foi o aumento nas vendas de níquel e cobre em relação ao trimestre anterior.

A queda na produção de minério se deve aos efeitos do acidente em Brumadinho, ocorrido no final de janeiro/2019, que levou à paralisação de capacidades que somaram 93 milhões de toneladas;

Em pelotas, produto de maior valor agregado e elevada rentabilidade, houve também uma forte redução da produção no trimestre (25,5%), comparada ao 1T19. Isso ocorreu devido à parada das plantas do Sistema Sul (impacto de 10 milhões de toneladas) e manutenção nas proximidades das plantas de Tubarão, que determinou uma redução de 5 milhões/t.  Estas perdas levaram à redução das estimativas de produção de pelotas em 2019, que caíram de 60 milhões de toneladas para 45 milhões de t.;

Nesta manhã, a empresa atualizou outras projeções para o ano, além da já comentada redução nas expectativas para a produção de pelotas.  A empresa projeta uma produção níquel entre 210 mil e 220 mil toneladas, quando anteriormente era de 244 mil toneladas.  Em carvão, a produção deve chegar a 10 milhões de toneladas, vindo de 14 milhões de t.


Natura (NATU3)
O Conselho de Administração da Natura aprovou a 10ª emissão de debêntures simples, no valor de até R$ 1,71 bilhão

  • Emissão: Debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, em até quatro séries no valor total de até R$ 1,711 bilhão.
  • Data de emissão: 26 de agosto de 2019
  • Prazo:  5 anos.
  • Juros: 100% do DI + spread limitado a 1,15%.

Ontem a ação NATU3 encerrou cotada a R$ 56,20 com alta de 25,0% no ano.


Tim (TIMP3) e Telefônica Brasil (VIVT4)
Assinatura de memorando de entendimento para compartilhamento de redes e serviços

As duas companhias comunicaram que as discussões têm como objetivo melhorar a qualidade de serviço e eficiência na alocação de investimentos e nos custos operacionais.

Ontem a ação TIMP3 encerrou cotada a R$ 12,16 com alta de 4,0% no ano e a VIVT4 a R$ 53,60 com valorização de 23,1% no ano.


Petrobras Distribuidora (BRDT3)
Definida a participação na ES Gás

Após o pregão, a empresa informou que foi realizada ontem a Assembleia Geral de constituição da Companhia de Gás do Espírito Santo (ES Gás).  Esta empresa é uma associação entre a Petrobras Distribuidora, que vai deter 60,34 % do capital total e 49% de ações ordinárias, e o estado do Espírito Santo, que ficará com o restante do capital.

A ES Gás será a nova concessionária estadual de distribuição de gás canalizado por um período de 25 anos;

A definição das participações na ES Gás, significa a conclusão de uma negociação sobre a distribuição de gás naquele estado que já durava bastante tempo.


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