Expectativa no Brasil e no exterior

MERCADO


Bolsa

O mercado iniciou a semana na expectativa dos eventos da quarta-feira no Brasil e no exterior. Neste compasso, a bolsa caiu 0,43% aos 97.623 pontos com giro financeiro de R$ 20,5 bilhões, inflados pelos R$ 6,8 bilhões movimentados no exercício de opções sobre ações. Hoje a agenda econômica traz dados da zona do euro com a balança comercial de abril mostrando saldo positivo de 15,3 bi de euros, abaixo da expectativa de 17,0 bilhões e também o relatório de junho com projeções econômicas para a região. O presidente do BCE Mário Draghi sinaliza com estímulos para a economia da região. No Brasil, a segunda prévia do IGP-M mostra alta de 0,75% para a inflação (prev: 0,65%). Nos EUA, saem os dados do setor da construção. As bolsas internacionais operam em alta na zona do euro, com alta também no fechamento da Ásia e os futuros de NY também indicam alta. O Ibovespa pode pegar uma carona neste movimento, sem deixar de lado as questões domésticas, com a mudança no comando do BNDES e os próximos passos da reforma da Previdência.

Câmbio

A moeda americana encerrou ontem com um pequeno recuo de R$ 3,8964 para R$ 3,8889 (0,06%). O mercado segue na expectativa das decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos amanhã, e no avanço da reforma da previdência na Câmara, mesmo com mais um atrito, provocado pela troca do presidente do BNDES.

Juros

Os juros futuros abriram a semana na expectativa das decisões de política monetária no Brasil e no exterior com taxas oscilando entre a estabilidade e leve alta. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 fechou em 6,03%, de 6,019% no ajuste de sexta-feira, e a do DI para jan/25 terminou em 7,56%, de 7,511% no ajuste anterior.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Banco Bradesco S.A. (BBDC4)  
JCP relativos ao 1S19

A Diretoria do banco decidiu ontem (17/junho) propor ao Conselho de Administração, que deliberará em reunião que será realizada no próximo dia 28 de junho, o pagamento de juros sobre o capital próprio (JCP) intermediários, relativos ao primeiro semestre de 2019, no valor total de R$ 1,455 bilhão, sendo R$ 0,172536471 por ação ordinária e R$ 0,189790118 por ação preferencial.

Se aprovada a proposta, serão beneficiados os acionistas com posição em 28.6.2019, passando as ações a ser negociadas “ex-direito” aos juros intermediários a partir de 1º de julho de 2019, e cujo pagamento ocorrerá em 15.7.2019. O retorno líquido estimado é de 0,46% para as ON e de 0,45%.


Copasa MG (CSMG3)
Distribuição de JCP referente ao 2T19

O Conselho de Administração da Companhia de Saneamento de Minas Gerais – COPASA MG, em reunião realizada em 14.06.2019 aprovou a declaração dos Juros sobre o Capital Próprio (JCP) referente ao 2T19, no valor bruto de R$ 21,0 milhões, equivalente a R$ 0,1658557257/ação.

Serão tomadas as posições em 21.06.2019 e as negociações de ações em 24.06.2019 serão na condição “ex” juros. O pagamento acontecerá em até 60 dias a contar da data de aprovação (14.06.2019). O retorno líquido é de 0,21%.


AES Tietê Energia S.A. (TIET11)
Decisão da Justiça extinguiu risco de cobrança extraordinária com custo de energia

De acordo com comunicado da companhia, “o Tribunal Regional Federal da 1ª Região julgou em caráter definitivo e irreversível, em 03 de junho de 2019, em favor dos agentes de geração representados pela Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (APINE), a ação judicial que visava declaração de nulidade da Resolução do Conselho Nacional de Política Energética, de 2013 (CNPE nº 03), na parte em que inclui tais agentes no rateio do custo do despacho fora da ordem de mérito”.

A companhia possuía liminar vigente, por meio da APINE, desde 27 de maio de 2013, impedindo esta cobrança e considerava em suas Demonstrações Financeiras, a vigência da CPNE nº 03 como risco possível, portanto sem necessidade de provisionamento. Nesse contexto a AES Tietê Energia entende que esta decisão torna este risco extinto.

Suas Units (TIET11) registram alta de 20,7% este ano para R$ 11,70 (valor de mercado de R$ 4,6 bilhões). O preço justo de R$ 13,00/unit traz um potencial de alta de 11,1%.


ENERGISA S.A. (ENGI11)  
Concluída aquisição da ALSOL Energias Renováveis

A Energisa concluiu ontem (17/junho) a aquisição de 87% do capital social da Alsol Energias Renováveis, incluindo a obtenção da aprovação prévia do Cade, e a celebração do acordo de acionistas da Alsol, entre Energisa, Algar Empreendimentos e Participações e Gustavo Malagoli Buiatti. Em 3 de maio de 2019, a Energisa anunciou a compra da Alsol por R$ 11,7 milhões, sujeitos a ajustes, e cujo patrimônio líquido em dez/18 era de R$ 11,2 milhões.

A companhia destaca que, com a conclusão da aquisição e em razão da aprovação de aumento de capital de R$ 40,0 milhões, foram emitidas novas ações de emissão da Alsol, todas subscritas e integralizadas pela Energisa e pela Algar. Os recursos serão destinados, principalmente, ao reforço do capital de giro e ao financiamento de investimentos em novos projetos.

Suas Units (ENGI11) registram alta de 23,7% este ano para R$ 45,00 (valor de mercado de R$ 20,4 bilhões). O preço justo de mercado de R$ 47,40/unit traz um potencial de alta de 5,3%.


Telefônica Brasil (VIVT4)  
Aprovação de JCP no valor bruto de a R$ 0,59 por ação PN e R$ 0,54 por ON.

Os acionistas terão direito ao provento até o dia 28/6 e o pagamento ocorrerá até o final de 2020. Com base no fechamento de ontem (PN: R$ 49,35) o retorno é de 1,20%. Para as ON (R$ 42,61) o retorno é de 1,26%.


Vale (VALE3)   
Suspensão das atividades na usina de níquel em Onça Puma

Após o pregão de ontem, a empresa informou que suspendeu as atividades de processamento de níquel na usina de Onça Puma, localizada no Estado do Pará.

A decisão da Vale foi tomada em função da empresa ter tomado conhecimento da decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, determinando a suspensão das atividades da usina onde era transformado o minério;

Apesar da pequena importância das operações de Onça Puma no contexto da Vale, esta notícia é negativa para a empresa.  No 1T19, as operações de Onça Puma geraram uma receita de US$ 65 milhões e EBITDA de US$ 16 milhões.  O EBITDA do período foi equivalente a 3,2% do total gerado pelo segmento de Metais Básicos da Vale.


CCR (CCRO3)   
Câmara de Arbitragem do Mercado vai julgar ação sobre controladores

A empresa informou na noite de ontem, que recebeu notificação da Câmara de Arbitragem do Mercado, com respeito ao requerimento de instauração de procedimento arbitral contra seus acionistas controladores.  O requerimento foi apresentado pelo acionista Toro Bravo Fundo de Investimento Multimercado.

Nesta ação, a CCR seria beneficiária de uma indenização, conforme o artigo 246 da Lei 6.404/76.  Este artigo diz que “A sociedade controladora será obrigada a reparar os danos que causar à companhia por atos praticados com infração ao disposto nos artigos 116 e 117”;

Mesmo que a empresa seja eventualmente beneficiada com uma indenização, esta notícia não é positiva.


Triunfo (TPIS3)   
Dados operacionais positivos

A empresa apresentou dados positivos para suas operações rodoviárias e do Aeroporto de Viracopos.

Nos primeiros cinco meses de 2019, comparado ao mesmo período do ano passado, o tráfego consolidado nas quatro concessões rodoviárias da Triunfo cresceu 1,1%.  Isso ocorreu mesmo com os problemas da Econorte, que reduziram em 40,9% o volume de veículos nesta rodovia.  Desconsiderando os dados da Econorte, o crescimento nas outras três concessões seria de 5,2%;

No Aeroporto de Viracopos, o desempenho foi bastante positivo entre janeiro e maio/2019, com crescimento de 2,8% no volume de cargas e de 17,2% no número de passageiros que usaram este terminal, comparado ao mesmo período do ano passado.


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