Mercado começa a amadurecer os sinais recentes ​de um possível corte de juros no Brasil e nos EUA

MERCADO


Bolsa

O Ibovespa encerrou a sexta-feira com alta de 0,63% aos 97.821 pontos com giro financeiro de R$ 11,8 bilhões. O mercado começa a amadurecer os sinais recentes de um possível corte de juros no Brasil e nos EUA. No Brasil, os indicadores de inflação reforçam a chance de redução na Selic. A semana abre com a agenda econômica mostrando o IPC-S com alta de xx e o Boletim Focus. Do lado externo, nenhum indicador importante para hoje com destaque apenas para o acordo entre os EUA e México para a ameaça de tributação das importações, acalmando os mercados, puxando as bolsas internacionais nesta segunda-feira. Do lado doméstico, mais uma vez o cenário político deverá ocupar espaço.

Câmbio

Numa semana positiva para a pauta política, o dólar teve um comportamento mais calmo, encerrando a sexta-feira cotado a R$ 3,8810 de R$ 3,8808 na quinta-feira.

Juros

O mercado de juros segue refletindo o cenário favorável a uma redução dos juros á frente, nos EUA e no Brasil.A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/20 encerrou em 6,215%, de 6,264% e para jan/25 a taxa passou de 7,851% para 7,76%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Vale (VALE3)  
Situação das barragens de rejeitos

A empresa disponibilizou, na noite da última sexta-feira, uma apresentação detalhando a situação de suas barragens de rejeitos.  São 85 barragens em todas as operações da Vale, onde foram identificados riscos e apresentadas as operações que serão realizadas nos próximos anos.

Para os trabalhos nas barragens “a montante”, que tem a mesma forma de construção daquelas que tiveram acidentes em Mariana e Brumadinho, a empresa já provisionou US$ 1.855 milhões no balando do 1T19;

É importante lembrar que o acidente de Brumadinho trouxe um impacto negativo de US$ 4.954 milhões para o resultado da Vale no 1T19.  Foram feitas provisões para remediação (US$ 2.423 milhões), para o descomissionamento de barragens (US$ 1.855 milhões) e outras menores no valor de US$ 676 milhões.


Petrobras (PETR4)
Vendas de ações da BR Distribuidora e da Petrobras

Na sexta-feira, a Petrobras comunicou que submeteu à análise prévia da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA), o registro da oferta pública de distribuição secundária de ações da Petrobras (BR) Distribuidora.

Este é um sinal positivo de que continua em marcha este processo para a venda de parte da participação da Petrobras em sua distribuidora de combustíveis.  A participação da Petrobras na BR Distribuidora é de 71,25% de participação na BR Distribuidora.  Segundo informações já divulgadas pela empresa, esta participação, após a oferta, poderá cair para menos de 50%;

Nesta manhã, a Petrobras informou que foram disponibilizados o Aviso ao Mercado e o Prospecto Preliminar da oferta pública de distribuição secundária de 241.340.371 ações ordinárias de sua emissão.  Estas ações são de titularidade da Caixa Econômica Federal;


Cielo (CIEL3) 
Resultado da aquisição de Notas Sênior 3,750% com vencimento em 2022

A Cielo comunicou na sexta-feira (7/junho) o resultado da oferta de aquisição de todas e quaisquer Notas Sênior 3,750% com Vencimento em 2022 emitidas pela companhia e pela Cielo USA, cujo prazo de vencimento se deu no dia 6 de junho de 2019.

Como resultado a Cielo aceitou recomprar US$ 687,76 milhões do valor principal das Units das Notas Sêniores, equivalentes a aproximadamente 78,60% das Units das Notas Sêniores em circulação.

Suas ações registram queda de 22,4% este ano para uma cotação de R$ 6,70/ação (valor de mercado de R$ 18,2 bilhões). Os múltiplos para 2019 são: P/L de 7,7x e VE/EBITDA de 5,2x. Temos recomendação de compra e preço justo de R$ 11,00/ação.


Taesa (TAEE11) 
MBA reduz participação nas PN para menos de 5%

A Taesa recebeu na sexta-feira (7/junho) correspondência enviada pela Maple-Brown Abbott Limited (MBA), informando que, em 6 de junho de 2019, reduziu sua participação nas ações preferenciais da companhia para menos de 5%, passando a deter 22.109.052 ações preferenciais, derivadas de sua participação de 11.054.526 Units (TAEE11), e representando 4,99% do total das ações preferenciais.

Na correspondência a MDA destaca que essa participação se limita exclusivamente em manter um portfólio diversificado e, não visa qualquer alteração do controle acionário ou da estrutura administrativa da Taesa.

Ao preço de R$ 27,45 (valor de mercado de 9,5 bilhões) suas Units registram alta de 18,4% este ano. Nesse preço os múltiplos para 2019 são: P/L de 11,7x e VE/EBITDA de 11,3x. O preço justo de R$ 28,00/Unit comtempla um potencial de alta de 2,0%.


Boletim Focus  
Mercado reajusta para baixo as estimativas para o PIB deste ano e de 2020

Dentre as alterações contidas no Boletim Focus no último Boletim Focus desta segunda-feira, destaque para a nova redução das estimativas para o IPCA de 2019, convergindo com a redução das atualizações dos últimos 5 dias. Para o PIB, a mediana das estimativas acusou sua 15ª retração, reforçando as apostas negativas sobre o desempenho da economia neste ano e também, pela primeira vez, reduzindo as estimativas de 2020. Por fim, o mercado manteve inalteradas suas estimativas para a Taxa de Câmbio, apontando uma desvalorização do real frente ao dólar e para a Taxa Selic, ambas para este ano.

A mediana do agregado para a produção industrial registrou forte queda para 2019, sugerindo crescimento de apenas 0,48% ante 1,49%. Para os demais indicadores de relevância, não houve alteração em relação às estimativas anteriores.

Com isso, para 2019, as expectativas para o IPCA ficaram em 3,89%, o PIB em 1,00%, Taxa de Câmbio R$/US$ 3,80 e a Meta da Taxa Selic em 6,50% aa.

Destaques do Boletim Focus publicado na segunda-feira, para 2019:

IPCA: 3,89%;

IPCA (atualização dos últimos 5 dias): 3,85%;

PIB: 1,00%

Taxa de Câmbio: R$/US$ 3,80;

Meta Taxa Selic: 6,50% a.a.


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