MERCADO


Bolsa
Mais um dia pesado para o Ibovespa, refletindo principalmente o ambiente político doméstico e no final do pregão a notícia negativa de risco de rompimento de uma das barreiras da Vale, derrubando a ação a reta final do pregão. O Ibovespa caiu 1,75% no dia, aos 90.024 pontos, com giro financeiro de R$ 16,7 bilhões. As dificuldades do governo com suas propostas diante da resistência dos parlamentares somadas aos dados para a economia, vêm determinando o humor dos investidores. O Credit Default Swap (CDS) de 5 anos do Brasil, termômetro do risco-país, chegou ao final do dia em alta de 6,80 pontos, aos 182,90. Hoje, a agenda econômica traz em destaque o IPC-Fipe semanal com alta de 0,15% (expectativa de 0,25%) e na zona do euro, a produção da construção em março, com queda 0,3% e o IPC com alta de 0,7% no M/M. As bolsas da Ásia fecharam em queda, mesmo movimento das bolsas da zona do euro, refletindo difícil disputa comercial EUA x China. De nosso lado, nenhum indicador que justifique a retomada da alta neste último pregão da semana.

 

Câmbio
A moeda americana rompeu encerrou o dia cotada a R$ 4,0455 com alta de 1,09% sobre os R$ 4,0018 do dia anterior. O alto grau de incertezas segue pressionando o real, levando o dólar para cima.

 Juros
O mesmo sentimento de aversão ao risco dominante no mercado pesou sobre os juros futuros, levando a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/20 de 6,395% para 6,4360% e a do DI para jan/25 de 8,61% para 8,72%. 


 

 ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Cemig S.A. (CMIG4)
Bom resultado no 1T19 e redução da alavancagem

A Cemig registrou no 1T19 um lucro líquido de R$ 797,2 milhões, 72% acima do lucro de igual trimestre do ano anterior (R$ 464,6 milhões), impulsionado pelo crescimento de 5% na venda de energia a consumidores finais da Cemig Distribuidora; pela alta de 113% nas transações com energia na CCEE da Cemig GT, devido a sazonalidade maior no primeiro trimestre de 2019; e das receitas financeiras de R$ 152 milhões referente aos efeitos dos ganhos decorrentes da operação de hedge relacionada à dívida captada no mercado internacional (Eurobonds).

  • Cotadas a R$ 12,70/ação (valor de mercado de R$ 18,5 bilhões) suas ações registram queda de 5,4% este ano. O preço justo de R$ 16,00/ação traz um potencial de valorização de 26,0%. Os múltiplos para 2019 são: P/L de 9,2x e VE/EBITDA de 7,2x.
  • O EBITDA somou R$ 1,46 bilhão, um avanço de 45% em doze meses, explicado principalmente, pelo aumento de 20% nas receitas operacionais líquidas (para R$ 5,9 bilhões), em comparação ao menor aumento das despesas operacionais, em 13% totalizando R$ 4,75 bilhões.
  • Ao final de março de 2019 a dívida consolidada da Cemig era de R$ 14,1 bilhões, com queda de 4% na comparação com dezembro de 2018. Já a dívida líquida somava R$ 12,7 bilhões e retração de 2% em base trimestral, equivalente a 3,0x o EBITDA e abaixo de 3,5x em dez/18. O custo nominal da dívida era de 9,32% em mar/10 (4,58% real). Na Cemig GT, a dívida líquida recuou 2% no período, para R$ 7,6 bilhões, enquanto na Cemig Distribuição a queda ficou em 4%, para R$ 5,1 bilhões.
  • Com relação à venda de ativos a companhia destaca que assim que possível deve apresentar novos resultados positivos, o que contribuirá para a redução da alavancagem de forma mais rápida e expressiva. Ontem a Cemig comentou que recebeu uma proposta da chinesa State Power Investment Corp (SPIC) para a compra não só da participação da companhia no empreendimento, como da fatia dos demais sócios, na Usina Santo Antônio. “A proposta é para adquirir o controle, mas a negociação está parada”. Com respeito à Light a companhia destacou que será realizado um trabalho de melhoria através de um Novo Plano de ação, antes da venda e/ou folow-on, com vista à desalavancagem, o combate ao furto de energia e a gestão de custos.

Alupar (ALUP11)
Aneel aprova aquisição de 49% na TME e AETE

A Alupar comunica que a Aneel aprovou a aquisição de 49% de participação societária na Transmissora Matogrossense de Energia (TME) e na Amazônia – Eletronorte Transmissora de Energia (AETE) pela companhia e por sua controlada, a Apaete Participações em Transmissão.

  • Cotadas a R$ 21,90/Unit (valor de mercado de R$ 6,4 bilhões) suas Units registram alta de 21,8% este ano. O preço justo de R$ 25,00/Unit traz um potencial de valorização de 14,2%. Os múltiplos para 2019 são: P/L de 16,5x e VE/EBITDA de 6,9x.
  • As aquisições decorrem da adjudicação dos lotes “K” e “O” do Leilão Eletrobras nº 01/2018, para alienação das participações societárias da Eletrobras e controladas em Sociedades de Propósito Específico (SPEs). Especificamente em relação ao lote “O”, a companhia participou do certame em conjunto com a CSHG Perfin Apollo 16 Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia, e por conta da adjudicação, constituiu a Apaete.
  • A companhia destaca ainda que, “com a aprovação da Aneel para alienação pela Eletrobras de 49% do capital social total da AETE, todas as condições precedentes dispostas no Contrato de Compra e Venda, foram obtidas, de forma que as transferências ocorrerão nos próximos dias. Já no que diz respeito à TME, ainda se encontra pendente a aprovação dos agentes financiadores”.

Ultrapar (UGPA3)
Teleconferência de resultados: Queda nas projeções para o PIB reduzem expectativas de crescimento do lucro em 2019

Na teleconferência para discutir estes resultados, a empresa manteve um tom otimista, acreditando na melhoria dos resultados nos próximos trimestres. Porém, eles reconheceram que expectativas menos otimistas para a economia brasileira vão comprometer os números do ano.
• A empresa está comprometida com medidas para aumentar a rentabilidade e a disciplina de capital;
• Alavancagem: Foco será na redução da relação dívida líquida/EBITDA para 2,0x (foi 2,6x no 1T19);
• Apesar da queda nas projeções de crescimento do PIB, que impactam nas expectativas da empresa, ainda assim a diretoria acredita num EBITDA em 2019 maior que no ano passado (EBITDA 2018 = R$ 2,7 bilhões).


Vale (VALE3)
Possível rompimento da barragem de rejeitos em Gongo Soco

A empresa informou ontem, que identificou movimentações no talude norte da cava da mina Gongo Soco. Esta mina está paralisada desde 2016 e, se houver rompimento do talude, o deslocamento dos rejeitos deverá ser absorvido pela cava.
• A Vale já tomou todas as medidas preventivas para que não haja qualquer dano à população da cidade de Barão de Cocais, próxima à mina;
• Apesar do eventual rompimento poder trazer apenas dano material mínimo, será péssimo se ocorrer, pois levaria a maiores pressões sobre a Vale.


CPFL Renováveis (CPRE3)
Aumento de capital por subscrição privada soma R$ 300 milhões

A companhia informou o fim do prazo para a subscrição de sobras de seu aumento do capital social no montante de até R$ 300,2 milhões. Neste período, foram subscritas 8.473.772 ações ordinárias, ao preço de R$ 17,14/ação totalizando R$ 145,240 milhões.
• No âmbito do aumento de capital, foi subscrito um total de 17.503.602 novas ações ordinárias, no valor total de R$ 300,0 milhões, correspondentes a 99,94617721162% das ações disponíveis para subscrição.
• Cotadas a R$ 12,37/ação (valor de mercado de R$ 6,2 bilhões) suas ações registram queda de 23,4% este ano. O preço justo de R$ 17,00/ação traz um potencial de valorização de 37,4%. Os múltiplos para 2019 são: P/L de 12,8x e VE/EBITDA de 6,8x.


TOTVS (TOTS3)
Aprovação de limite de capital autorizado e oferta de ações “Follow On”

Ontem a assembleia geral extraordinária da Totvs aprovou o aumento do limite do capital autorizado da empresa para de até R$ 1,3 bilhão para até R$ 2,5 bilhões

A empresa divulgou que realizará um follow on, na quantidade original de 20 milhões de ações, com previsão de lote adicional de 35%, ou 7 milhões de ações. A distribuição primária com esforços restritos, portanto, poderá movimentar até R$ 1,05 bilhão, se exercido integralmente o lote adicional na cotação do fechamento de ontem, de R$ 39,00.

A Totvs encerrou o 1T19 com lucro líquido de R$ 45,1 milhões, aumento de 26,9% sobre o 1T18 (R$ 35,5 milhões).


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Mais um dia pesado

 

 

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