Banrisul – Relatório de Análise

Resultado do 1T19 sinaliza um bom ano e melhor retorno

O Banrisul registrou no 1T19 um lucro líquido recorrente de R$ 320 milhões (ROAE de 18,7%), acima do esperado, e 31% superior ao lucro de R$ 244 milhões do 1T18 (ROAE de 14,4%), reflexo (i) da estabilidade da margem financeira (em 12m); da queda de 6% das despesas de PDD; crescimento de 2% das receitas de serviços; e o incremento de 2,2% das despesas administrativas recorrentes (abaixo da inflação). Soma-se a isso a trajetória favorável das outras receitas/despesas operacionais e a menor alíquota efetiva de IR/CS. A estratégia comercial segue conservadora, focada nas operações com maior liquidez, notadamente nas linhas de crédito consignado aos servidores públicos e aposentados, crédito com garantia real, cartão empresarial, crédito simples, e os negócios na cadeia agro do Rio Grande do Sul.

A Margem Financeira Líquida do 1T19 permaneceu praticamente estável ante o 1T18, com queda de 0,1% para R$ 1,3 bilhão, reflexo da redução nas taxas das operações de crédito, em linha com a redução da Selic, num contexto de aumento dos ativos de crédito. As despesas com PDD caíram 6,4% para R$ 285 milhões, devido à redução das operações de crédito em atraso e a rolagem da carteira por níveis de rating. As Receitas de Serviços seguem representando importante parcela do lucro do banco e registraram alta de 2,0% em doze meses somando R$ 491 milhões, influenciadas pelo incremento das receitas de conta corrente, seguros, previdência e capitalização e das taxas de administração de consórcios, minimizado pela redução nas receitas da rede de adquirência, impactada por alteração no contrato de credenciamento à rede Vero.

As despesas administrativas – de pessoal (+4,0% pelo acordo coletivo de 2018) e outras administrativas (estáveis), cresceram no conjunto, 2,2% para R$ 951 milhões, em percentual abaixo da inflação. O Índice de Eficiência (IE) recorrente registrou estabilidade em base trimestral, em 51,5% e refletiu a ampliação da margem financeira acrescida das receitas de serviços, em volume superior ao crescimento das despesas administrativas, influenciado, pelo acordo coletivo da categoria e o incremento nos negócios.

Ao final do 1T19 a carteira de crédito total do banco era de R$ 34,3 bilhões, com crescimento de 7,9% em doze meses, reflexo do forte incremento da carteira comercial para PF (+18,1%) que compensou a queda de 8,7% da carteira comercial PJ. O segmento imobiliário cresceu 6,6% e o rural, 1,3%. Destaque para o crescimento de 22,4% do consignado entre os trimestres. A inadimplência permaneceu estável em relação ao 4T18 em 2,6% e se compara a 3,4% no 1T18. O banco deliberou pelo pagamento de juros sobre o capital próprio (JCP) referente ao 2T19 no valor total de R$ 116,5 milhões, equivalente a R$ 0,28480494/ação PNB. Serão beneficiados os acionistas em 16/05/19 passando as ações a serem negociadas “ex” juros a partir de 17/05/19. O pagamento ocorrerá em 24 de junho de 2019 e o retorno líquido estimado é de 1,0%.

 

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