Banco do Brasil – Relatório de Análise

Trimestral acima do esperado e melhor rentabilidade

O Banco do Brasil registrou no 1T19 um lucro líquido ajustado de R$ 4,2 bilhões (ROAE de 16,8%) com crescimento de 40% em relação aos R$ 3,0 bilhões do 1T18 (ROAE de 12,6%). Mais um bom resultado, acima de nossa estimativa, explicado principalmente por (i) aumento da Margem Financeira Bruta; (ii) redução das despesas de PDD; (iii) crescimento das rendas de tarifas; (iii) aliado ao forte controle dos custos. O BB segue focado no crescimento de suas operações e no incremento de rentabilidade. O Conselho Diretor do BB aprovou a distribuição de R$ 1,16 bilhão na forma de JCP complementar (R$ 0,41483950050/ação), a ser pago em 31/05/2019, tendo como base a posição acionária de 21/05/2019, sendo as ações negociadas ex-juros a partir de 22/05/2019. O yield líquido complementar é de 0,7%.

Neste 1T19 o BB não entregou todas as linhas do guidance, que está sendo mantido para o presente exercício. A carteira de crédito doméstica orgânica cresceu 0,9% abaixo do intervalo previsto (entre 3,0% e 6,0%) refletindo basicamente o comportamento da carteira PJ que registrou queda de 7,1% em base de doze meses, em função da liquidação de uma grande operação de um cliente específico. Já as rendas de tarifas evoluíram 3,8%, abaixo do intervalo esperado para o ano de 5,0% a 8,0%, em função do desempenho aquém das tarifas de crédito PJ e de mercado de capitais.

A Margem Financeira Bruta (MFB) do 1T19 registrou melhora em ambas as bases de comparação, com alta de 6,3% em doze meses (dentro do intervalo previsto de 3,0% a 7,0%). Destaque para (i) o comportamento da carteira de crédito (alta em PF, queda em PJ e redução de receita no agronegócio); o (ii) impacto positivo nas despesas de captação; e (iii) no resultado de tesouraria pelo resultado com derivativos, influenciados pelo câmbio. As Despesas com Provisão para Devedores Duvidosos (PDD) permaneceram em queda, contribuindo de maneira decisiva para o crescimento da Margem Financeira Líquida. Destaque para a redução de provisão da carteira PF e em PJ. As Despesas de PDD (líquidas de recuperação de crédito) caíram 26% no 1T19 em relação ao 1T18 para R$ 3,1 bilhões.

As Despesas Administrativas (Pessoal e Outras Administrativas) permanecem sob controle e registraram crescimento de 1,7% no 1T19, abaixo da inflação do período, e abaixo do intervalo estimado, entre 2,0% e 5,0%. O Índice de Eficiência (IE) registrou melhora de 0,6pp para 36,9% ao final do 1T19 (base 12 meses), refletindo o forte controle das despesas. O índice de inadimplência (NPL >90 dias) permanece controlado. Ao final de mar/19 era de 2,6% e se compara a 2,5% em dez/18. O banco mantém cobertura compatível com o perfil de risco de sua carteira, sendo de 214% ao final do 1T19, em linha com os 212% do trimestre anterior.

 

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