Itaú Unibanco – Relatório de Análise

Sólido 1T19 como esperado

O Itaú Unibanco registrou no 1T19 um lucro líquido recorrente de R$ 6,9 bilhões (ROAE de 23,6%) com crescimento de 7,1% em relação aos R$ 6,4 bilhões do 1T18 (ROAE de 22,2%). Mais um bom resultado, 1,5% acima dos R$ 6,8 bilhões que estimávamos, explicado pelo aumento do crédito, incremento de margem, inadimplência com leve alta, aumento do custo do crédito, e despesas não decorrentes de juros em linha com a inflação. O banco alterou 3 (três) linhas do guidance relacionadas com a estratégia comercial de adquirência, revisão da estrutura de custos e novas premissas macroeconômicas, que não altera nossa expectativa de crescimento do lucro de 10% em 2019. Foram reduzidas as expectativas de crescimento da Margem Financeira com clientes e de Receita de Serviços e Resultado de Seguros, mas num patamar que não comprometem as expectativas de rentabilidade. Em contrapartida, as Despesas não decorrentes de juros devem registrar menor crescimento, o que é positivo.

Em base de doze meses a Margem Financeira registrou alta de 3,9% explicada pelo crescimento de 7,6% da Margem Financeira com clientes, puxada por incremento da carteira de crédito de pessoas físicas e de micro, pequenas e médias empresas, por melhor mix, mas menor spread. Esta evolução compensou a redução de 28,4% da Margem Financeira com o Mercado. O custo do crédito em doze meses permaneceu estável (+0,4%) com o aumento das despesas de provisão sendo compensadas pela redução do impairment de títulos privados no banco de atacado no Brasil, resultando no incremento de 4,9% da Margem Financeira Líquida. Em relação ao 4T18 o custo do crédito cresceu 11,4% reflexo do aumento das despesas de provisão no banco de varejo, além da redução da recuperação de crédito no banco de atacado no mercado interno.

As Despesas não decorrentes de juros cresceram 4,1% em doze meses, abaixo da inflação no período, refletindo (i) o impacto do acordo coletivo de trabalho nas despesas de pessoal, (ii) maiores despesas administrativas e (iii) ao impacto da variação cambial nas despesas na América Latina (ex-Brasil). Comparando o 1T19 com o 1T18, destaque para a redução de 5,0% das despesas não decorrentes de juros como resultado da despesa de pessoal sazonalmente menor no período e menores despesas com serviços de terceiros. As Receitas de Serviços e Resultado de Seguros registraram alta em doze meses foi de 1,0% com destaque para os crescimentos das receitas com administração de fundos por aumento do saldo dos ativos administrados e com assessoria econômico-financeira e corretagem, dado o impacto positivo do investimento na XP Investimentos. Esses dois efeitos foram parcialmente compensados por menor receita em adquirência, devido à maior concorrência no setor.

A Carteira de Crédito Total cresceu 7,7% em base anual para R$ 647,1 bilhões, com destaque para o incremento de 12,7% nos segmento PF (cartão de crédito e crédito pessoal) e no financiamento de Micro, Pequenas e Médias empresas, com alta 17,6%; compensando a queda de 3,1% no segmento de Grandes Empresas. Destaque para a originação de crédito que cresceu 21% no Brasil, sendo +22% em PF, +26% nas Micro, Pequenas e Médias Empresas e +18% nas Grandes Empresas. A Inadimplência permaneceu controlada, com o indicador acima de 90 dias crescendo 0,1pp em base trimestral para 3,0%, devido ao incremento nas operações no Brasil, ficando abaixo quando comparado a 3,1% do 1T18. Ressalte-se a melhora de eficiência cujo indicador fechou o trimestre em 46,3%.

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