MERCADO
Bolsa
O Ibovespa seguiu o bom humor das bolsas internacionais e do ambiente doméstico positivo em relação à reforma da Previdência, após articulações do governo junto aos parlamentares. Neste contexto, a bolsa marcou o terceiro pregão consecutivo em alta, fechando aos 98.027 pontos, com ganho de 2,79%, o segundo maior do ano. O volume financeiro somou R$ 14,7 bilhões. Hoje a agenda econômica traz o IPC-Fipe semanal com alta de 0,54% e a inflação de fevereiro medida pelo IPCA com alta de 0,43% no M/M e de 3,89% no A/A, completando a lista com dados dos EUA. As bolsas internacionais operam em alta novamente com a expectativa positiva para os indicadores a serem divulgados nos próximos dias no exterior. No Reino Unido a economia mostrou crescimento de 0,5% em janeiro. Ainda no Reino Unido a primeira ministra Theresa May negocia com o parlamento a questão do Brexit. O bom humor externo poderá influenciar nosso mercado mais uma vez.
Câmbio
Na contramão da bolsa, a moeda americana voltou a recuar ontem, encerrando com queda de 0,75% no mercado à vista, cotada a R$ 3,8409. O ambiente político mais calmo nos últimos dias ajudou para o recuo do dólar.
Juros
O mercado de juros futuros também mostrou recuo na segunda-feira com a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/20 fechando em 6,445%, de 6,465% no ajuste de sexta-feira. Para jan/25 a taxa passou de 8,812% para 8,67%.
ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS
Direcional (DIRR3)
Forte desempenho econômico-financeiro no 4T18 e em 2018
A companhia apresendtou reversão no prejuízo de 2017, encerrando 2018 com lucro líquido de R$ 77,5 milhões. Houve melhora nas principais contas de resultado, redução no endividamento líquido e ainda forte geração de caixa no período.
– Em fato relevante divulgado em 11/03, a empresa informou que seu Conselho de Administração, aprovou a distribuição de dividendos intercalares, equivalente à quantia de R$ 0,38) por ação.
Ontem a ação DIRR3 encerrou cotada a R$ 8,90 acumulando alta de 19% neste ano. Com base nesta cotação o dividendo aprovado representa um retorno de 4,3% para os acionistas.
M Dias Branco (MDIA3)
Aumento de custo e redução de volume pressionaram as margens no 4T18
A M Dias Branco registrou no 4T18 um lucro líquido de R$ 139,8 milhões com queda de 30,8% em relação aos R$ 201,9 milhões de igual trimestre de 2017, redução explicada pela piora do resultado operacional que refletiu o aumento de 44,4% do custo médio do trigo e a redução dos volumes produzidos, com reflexo na menor diluição dos custos. Some-se a piora do resultado financeiro, em função do resgate de aplicações financeiras para pagamento da aquisição da Piraquê e do aumento do endividamento. As despesas operacionais seguem controladas apresentando redução na proporção da receita líquida.
- No acumulado de 2018 o lucro caiu 14,3% para R$ 723,5 milhões, impactado pela alta de 30,3% do preço do trigo, seu principal insumo, do comportamento do câmbio, aliado ao reconhecimento de despesas não recorrentes no valor de R$ 30,8 milhões. Nesse contexto o EBITDA caiu 3,5% para R$ 933,0 milhões, com a margem EBITDA passando de 17,8% em 2017 para 15,5% em 2018. A receita líquida em 2018 cresceu 11,3% para R$ 6,0 bilhões, sustentada pelo aumento de 12,0% do preço médio dos produtos, que compensou a queda de 0,7% em volume, notadamente nos segmentos “farinha e farelo” e “margarinas e gorduras”.
- A tendência para 2019 é de crescimento nas regiões e subcategorias de produtos onde a companhia possui menor participação de mercado. Com isso esperamos melhora do resultado operacional e incremento de margem, que virão com a redução efetiva dos custos, maior ocupação de sua capacidade e a continuidade da captura dos ganhos de sinergia com a aquisição da Piraquê.
- Seguimos com recomendação de compra e preço justo de R$ 56,00/ação, equivalente a um potencial de alta de 20,5% em relação a cotação de R$ 46,49/ação. Nesse preço suas ações registram alta de 8,6% esse ano e queda de 12,8% em doze meses.
Banco Bradesco S.A. (BBDC4)
Sumário da AGO/E
O Bradesco comunicou que foram aprovadas todas as matérias apreciadas nas Assembleias Gerais, Extraordinária e Ordinária realizadas cumulativamente ontem, 11 de março de 2019. Ontem as BBDC4 fecharam cotadas a R$ 44,85/ação (valor de mercado de R$ 301,4 bilhões) com alta de 16,2% este ano. Seguimos com recomendação de compra com preço justo de R$ 52,00/ação equivalente a um potencial de alta de 15,9%.
- Assembleia Geral Extraordinária (AGE). Destaque para a aprovação do aumento do capital social em R$ 8,0 bilhões, elevando-o de R$ 67,1 bilhões para R$ 75,1 bilhões, com bonificação de 20% em ações, mediante a capitalização de parte do saldo da conta “Reservas de Lucros – Reserva Estatutária”, com a emissão de 1.343.971.619 ações, sendo 671.985.845 ordinárias e 671.985.774 preferenciais, que serão atribuídas gratuitamente aos acionistas na proporção de 2 novas ações para cada 10 ações da mesma espécie de que forem titulares na data-base, a ser fixada após a homologação do processo pelo Banco Central do Brasil. Como já divulgado, o custo atribuído às ações bonificadas será de R$ 5,952506650/ação.
- Assembleia Geral Ordinária (AGO). Foram aprovadas (i) as contas dos administradores e as demonstrações contábeis relativas ao exercício social findo em 31.12.2018; e (ii) a destinação do lucro líquido do exercício de 2018, no montante de R$ 19,1 bilhões, com destaque para os R$ 7,3 bilhões destinados ao pagamento de juros sobre o capital próprio, integral e antecipadamente pago. Não foi proposta nova distribuição de juros sobre o capital próprio/dividendos relativos ao ano de 2018.
CCR (CCRO3)
Leilão da Linha 15 – Prata do monotrilho de São Paulo
A empresa venceu ontem o leilão de concessão da Linha 15 – Prata da rede metroviária de São Paulo (monotrilho). A CCR detém 80% do consórcio vencedor, em associação com a RuasInvest Participações (20%), que vai pagar R$ 160 milhões pela outorga fixa da concessão, que tem prazo de 20 anos.
• Esta foi uma notícia positiva, que amplia a presença da empresa na área de mobilidade em São Paulo, além de reduzir o prazo médio de suas concessões;
• Também ontem, a CCR alterou a data de divulgação do seu balanço do 4T18 de 15 para 21 de março, após o pregão. A teleconferência vai ocorrer no dia seguinte às 12 horas.
Vale (VALE3)
Suspensão das atividades no Terminal da Ilha Guaíba
Após o pregão de ontem, a Vale informou que recebeu notificação da Prefeitura Municipal de Mangaratiba-RJ, determinando a suspensão temporária das atividades portuárias no Terminal da Ilha Guaíba. A empresa destacou que tem todas as licenças de operação do terminal e vai adotar as medidas cabíveis para o retorno à atividade deste terminal.
• Esta é uma má notícia, por se tratar de um grande terminal para exportações de minério de ferro;
• O Terminal da Ilha Guaíba está localizado na baía de Sepetiba – RJ, sendo usado para a exportação de minério proveniente, principalmente, do Sistema Sul.
Petrobras (PETR4)
Venda de campos de petróleo em águas rasas
Ontem, após o pregão, a Petrobras anunciou o início da fase vinculante do processo de venda do Polo Rio Grande de Norte, composto por seis campos em águas rasas (Agulha, Cioba, Ubarana, Oeste de Ubarana, Pescada e Arabaiana).
• Na fase vinculante, interessados habilitados na fase anterior receberão instruções detalhadas sobre a venda dos ativos e as orientações para o due diligence e o envio das propostas;
• A venda de ativos é sempre uma boa notícia para a Petrobras. Afinal, este é um dos pilares do processo de reestruturação que a empresa está passando.
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