Clima negativo em razão da expectativa de exoneração do ministro Gustavo Bebianno

MERCADO


Bolsa
A B3 pesou ontem em dia de clima negativo em razão da expectativa de exoneração do ministro Gustavo Bebianno que só aconteceu no começo da noite. Neste ambiente o índice fechou em baixa de 1,04%, aos 96.510 pontos. O giro financeiro foi de R$ 18,1 bilhões, sendo R$ 7,7 bilhões referentes ao exercício de contratos de opções sobre ações. O volume no mercado à vista ficou mais baixo devido ao feriado nos EUA “Dia do Presidente dos Estados Unidos”. Hoje, em dia de agenda esvaziada, a 2ª prévia do IGP-M registrou alta de 0,55% após deflação de 0,01% na leitura anterior. Mais cedo, as bolsas europeias e futuros americanos operavam em campo negativo. No front interno, a continuidade da safra de balanços corporativos e possíveis desdobramentos das questões políticas.

Câmbio
No sentido inverso da bolsa, o dólar encontrou espaço para subir, fechando cotado a R$ 3,7344 (+0,79%). O feriado nos EUA teve efeito também sobre o volume do dia

Juros
Os juros futuros também foram pressionados pela esperada demissão do ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gustavo Bebianno. No fechamento a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro/20 estava em 6,390%, ante 6,370% no ajuste de sexta-feira. Para janeiro/25 o DI subiu de 8,531% para 8,69%.

 

ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Itaúsa (ITSA4)
Trimestral recorrente acima do esperado

A Itaúsa registrou no 4T18 um lucro líquido recorrente de R$ 2,7 bilhões, acumulando em 2018 um lucro recorrente de R$ 9,4 bilhões, com crescimento de 5,7% em relação ao lucro de R$ 8,9 bilhões de 2017. Um trimestre acima do esperado e que refletiu o resultado do Itaú Unibanco e das companhias investidas não financeiras.

  • Com base nos resultados e nas perspectivas para 2019, elevamos o preço justo de R$ 14,54/ação para R$ 16,00/ação e seguimos com recomendação de COMPRA.
  • Ainda, com base no resultado reportado, o Conselho de Administração da Itaúsa aprovou ontem (18/fev) o pagamento de juros sobre o capital próprio (JCP) no valor de R$ 0,3111/ação; e de dividendos adicionais no valor de R$ 0,4532/ação.
  • Estes proventos serão pagos em 07.03.2019, tendo como base de cálculo a posição acionária final do dia 21.02.2019. Assim, as ações passam a ser negociadas na condição ex-proventos em 22 de fevereiro de 2019. Com base na cotação de R$ 12,96/ação o retorno líquido é de 5,5%.

Randon (RAPT4)
Forte crescimento da receita em janeiro/2019
A Randon divulgou nesta manhã seus números de receita em janeiro/20919, que foram muito bons.

  • A receita líquida consolidada em janeiro/2019 atingiu R$ 347,4 milhões, valor 26,0% maior que igual mês de 2018;
  • Os resultados consolidados da Randon acumulados nos primeiros nove meses de 2018 apresentaram elevações de 46,4% da receita, 89,3% no EBITDA e 169,6% no lucro líquido.

Nossa recomendação para RAPT4 é Compra com Preço Justo de R$ 10,80/ação, indicando um potencial de alta em 14%.  Nos últimos doze meses, esta ação subiu 10,4%, enquanto o Ibovespa teve uma valorização de 14,2%.


Triunfo (TPIS3)
Dados operacionais positivos em janeiro

A Triunfo Participações divulgou dados de suas operações com concessões rodoviárias e o aeroporto de Viracopos, mostrando dados positivos em ambos os negócios.  No entanto, os problemas da concessionária Econorte prejudicaram os dados de tráfego consolidados.

  • No segmento de rodovias, a Triunfo tem quatro empresas concessionárias, nas quais o tráfego total em janeiro/2019 foi de 11,7 milhões de veículos, volume 2,1% menor que em igual mês do ano passado;
  • No aeroporto de Viracopos, os dados operacionais em janeiro foram muito positivos.  O número de aeronaves que circularam no aeroporto teve uma elevação de 8,9% e o volume de cargas aumentou 6,0%.

Neste ano, TPSI3 subiu 30,8% e o Ibovespa valorizou-se em 9,8%.


Eneva S.A. (ENEV3)
Início da implantação da UTE Parnaíba V

A Eneva entregou à Techint notificação para início da implantação da UTE Parnaíba 5A e 5B, com capacidade instalada de 385 MW, a ser instalada no Complexo Termelétrico Parnaíba, estado do Maranhão, cujo prazo de construção previsto é de 31 meses.

  • Ao preço de R$ 18,71/ação, correspondente a um valor de mercado de R$ 5,9 bilhões suas ações registram alta de 16,3% este ano. Os múltiplos para 2019 são: P/L de 12,3x e VE/EBITDA de 7,6x.
  • Segundo comunicado, “o início da construção da UTE Parnaíba V era esperado apenas para o 2º semestre de 2019. Entretanto, após a emissão da outorga pelo Ministério de Minas e Energia (MME), a companhia e a Techint aceleraram a emissão das garantias financeiras contratuais, permitindo a antecipação do cronograma de implantação, cujas atividades poderão ser realizadas durante o período de seca de 2019, acelerando assim a execução física do projeto”.
  • A Eneva destacou também “que foi protocolado junto à Receita Federal do Brasil pleito para habilitação da UTE Parnaíba V no REIDI – Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura, que garantirá a suspensão da exigência do PIS/Cofins incidentes sobre os bens, serviços e locações incorporados na obra”.

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