Cenário Macroeconômico 2019

No meio do caminho têm umas pedras

As “pedras” pelo caminho não são poucas. Temos pela frente um novo presidente que de “Franco atirador” virou “Vidraça” e, se não bastasse, as “pedras” de Donald Trump e de Xi Jinping não são nada pequenas.

As pedras do Brasil, dos EUA e da China

O mundo “nadava de braçada”, a economia brasileira de alguma forma parecia “entrar nos eixos“, focada nos méritos da equipe econômica do então Ministério da Fazenda e do Banco Central, com receios lógicos de natureza política. Infelizmente, o crescimento econômico do Brasil ainda depende da política. Temos a oportunidade de diminuir essa dependência com uma alta taxa de renovação no Congresso Nacional. Contudo, as “pedras” pelo caminho não são poucas. Apesar dos mercados reagirem bem, o ministro da economia bem definiu no seu discurso de posse a “respiração” do Brasil, ao defender um ataque frontal ao déficit público pelo lado do controle dos gastos: “Estamos respirando, aparentemente, à sombra de uma falsa tranquilidade, que é uma tranquilidade à sombra da estagnação econômica”.

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Índice:

Economia Internacional
Desaceleração internacional passou de evidências para fatos

Comércio Internacional
Medidas restritivas no G-20 seis vezes maiores nos últimos seis meses

Riscos ao mundo
Forte perda comercial de EUA e China impõem entendimento urgente

– Guerra Comercial EUA x China
China tem muito mais a perder no comércio bilateral

Riscos ao Brasil
Provável irreversão da tendência atual do comércio internacional

– Preços das commodities e a desaceleração da China
Maior parceiro do Brasil pode reduzir expectativas do PIB, ou aumentar

– Alta da taxa de juros americana
Agora comedida, risco de mudança de foco ainda é atual

– Necessidade de urgência de reformas
Reflexo perigoso na confiança e preços

– Carga tributária e atratividade de investimentos
Redução de alíquotas é sinônimo de competitividade

Política e o Novo Governo
A importância dos homens e mulheres do presidente e a vidraça de cada um

Reformas a caminho
Ambição esbarra nos interesses cartoriais

Reforma da Previdência
Politicamente encaminha, tem pela frente o estopim dos militares

Reforma Trabalhista
Benefícios localizados, precisa ser colocada à prova do crescimento econômico

Reforma Tributária
Morosidade e alta negociação para a ideia de um só tributo e fim das contribuições

Privatizações e Concessões
Dentro do que é possível, há muito por arrecadar

Banco Central
Maioria de mercado em teste do mercado e a Lei de Responsabilidade Monetária

Grau de risco e Credit Default Swap
Bem melhor pelo mercado, mas pelas agências há muito por fazer

Taxa de Inflação
Situação absolutamente confortável

Taxa de Câmbio
As sombras perigosas parecem estar se dissipando

Taxa de Juros
Por enquanto não há necessidade de subir juros

– Taxa de Juros Neutra – TJN
Necessidade da atuação do novo governo para reduzir o prêmio de risco

Crédito
Interessante que o crédito aumenta e a inadimplência recua

Produção Agrícola
Novamente excelente safra, com melhores índices de produtividade

Produção Industrial
Agenda dos 100 dias pode sacramentar reação industrial vista até agora

Comércio Varejista
Índices de confiança e Expectativas trazem segurança ao comércio

Taxa de Desemprego
Cairá, mas produtividade e tecnologia é a questão

Produto Interno Bruto – PIB
É pelo consumo das famílias que se espera um impulso do PIB

– Hiato do Produto, ou de Recursos
Cálculos mais elaborados sugerem hiato negativo maior, o que permite juros reais neutros por mais tempo

Orçamento da União – PPA, LDO e LOA
Será influenciado positivamente pelas novas premissas e estrutura de governo

Arrecadação
Sem expressão do PIB, a melhor em 4 anos

Contas Públicas
Déficit primário pode ser melhor do que se imagina

– Regra de Ouro
Suficiência, embora em estado de alerta

– Setor Público Consolidado – SPC
Superavitário graças a maior volume de transferências para Estados e Municípios

– Balanço de Pagamentos
IDP garante com folga crescimento déficit Transações Correntes e queda saldo Balança Comercial

– Transações Correntes
Déficit em crescimento, dobrando em 2019

– Balança Comercial
Queda expressiva do saldo pode ser compensada pelo PIB Agrícola

– Serviços
Déficit em crescimento, refletindo recuperação da renda e volume na corrente de comércio

– Investimento Direto no País – IDP
Em crescimento, com destaque para investimentos em ações

Dívida Pública
Crescimento bruto amenizado pela baixa inflação e Taxa Selic em mínima histórica

– Dívida Líquida do Setor Público – DLSP
Taxa de juros implícita capta média de diferentes indicadores, inclusive o custo do swap cambial do BC

– Relação financeira Banco Central / Tesouro Nacional
Novas regras para resultado das reservas internacionais e operações com derivativos cambiais

– Necessidade Líquida de Financiamento – NLF
Nada de anormal

– Relação Dívida / PIB – Líquida e Bruta
Apesar da criatividade passada, dívida líquida é a referência

– Relação Dívida Corrente Líquida / Receita Corrente Líquida
Necessidade de formalização de uma relação pelo Congresso Nacional

– Relatório Contábil do Tesouro Nacional – Uma Análise dos Ativos e Passivos da União
Aumento da DCL na comparação com a RCL; uma tendência preocupante

Estados Unidos
PMI aponta aumento das incertezas e consequente recuo das encomendas

Federal Reserve – FED / FOMC
Taxas de juros podem estar apropriadas para a sustentabilidade dos resultados atuais

– Carteira de ativos do FED
Necessidade de ajustes na normalização do Balanço Patrimonial

Zona do Euro
Não bastasse os riscos de protecionismo comercial, Itália, Alemanha e Brexit juntam-se ao contexto

– Alemanha
Preocupação crescente na zona do euro

– França
Eleito com 66% dos votos, rejeição a Macron atinge 75%

– Grécia
Sacrifício da população tem colocado país na rota do crescimento

– Itália
Governo populista quer gastar, mas cede às pressões

Japão
Dois cenários distintos no 3T18 e 2T18

Reino Unido
Com acordo ou sem acordo, Brexit trará grandes perdas

Mercados Emergentes e Economias em Desenvolvimento – EMDE
Apesar das perspectivas de deterioração, grupo ainda terá crescimento expressivo

China
Guerra comercial desacelera economia até o 2º semestre de 2019

Índia
Próxima potência em crescimento até 2030

Rússia
Performance não reflete sanções impostas

Turquia
Forte aumento da taxa de juros ameniza volatilidade econômica

América Latina
Politicamente, um exercício de observação, investimento em alta e atividade em recuperação

– Argentina
Volatilidade vai aumentar, mas mercado já paga reeleição de Maurício Macri

– Chile
Bons fundamentos garantem crescimento maior

– Colômbia
Reforma tributária e investimentos em infraestrutura reforçam crescimento

– México
Incertezas inclusive quanto a manutenção do Investment Grade

– Peru
Acima da média da região, consolidação fiscal continua

Commodities
Baixas gerais pelas projeções do FMI, mas amenas para as agrícolas

Petróleo
Atenção para correção de metas pela OPEP

Agrícolas
Futuro incerto para as cotações, se considerada a guerra comercial EUA / China

– Açucar
Atenção ao mix de produção no Brasil e os reflexos no balanço global

– Algodão
Quebra de oferta e recomposição de estoque chinês mantém boas expectativas

– Café
Fortes pressões nas cotações pelas safras recordes e estoques altos

– Milho
Alerta para safrinha brasileira, face aumento da área plantada americana

– Soja
Guerra comercial e menor safra americana beneficiam Brasil

– Trigo
Atenção para a competitividade da Rússia e fungo no Brasil

Metálicas
Atenção redobrada para o consumo da China, que pode impactar o mundo

– Minério de ferro
Modernização da indústria de aço chinesa deve reduzir preços

– Não ferrosos
Produção deve se ajustar mais rapidamente às mudanças de demanda


DISCLAIMER

Este relatório foi preparado pelo Departamento Econômico da Planner Corretora de Valores por profissional qualificado e está sendo fornecido exclusivamente com o objetivo de informar. As opiniões, estimativas e projeções referem-se à data presente e estão sujeitas às mudanças como resultado de alterações nas condições de mercado, sem aviso prévio. As informações utilizadas neste relatório foram obtidas de fontes públicas, julgadas confiáveis e de boa fé. Contudo, não foram independentemente conferidas e nenhuma garantia, expressa ou implícita, são dadas sobre sua exatidão. O Departamento Econômico da Planner Corretora de Valores não se responsabiliza por quaisquer atos ou decisões tomadas com base neste relatório. Nenhuma parte deste relatório pode ser copiada ou redistribuída sem prévio consentimento do Departamento Econômico da Planner Corretora de Valores.
Economista – Ricardo Tadeu Martins, Corecon-SP 21.394-2, OEB 9.640.
Fontes deste relatório: FIESP, CONAB, Valor Econômico, Valor Data, Estadão, Folha, O Globo, IBGE, FGV, BCB, Pesquisa Focus, Economática, Atique & Mello Advogados, BMA Review, além das citadas no texto.

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