Boletim Diário – 31 de Outubro 2018

MERCADO

Bolsa
Após a queda da segunda-feira, ontem a B3 experimentou um rali com valorização expressiva em grande parte dos papéis. No fechamento, o Ibovespa marcou alta de 3,69% aos 86.886 pontos, com giro financeiro de R$ 20,3 bilhões. O mercado refletiu às primeiras manifestações de futuros integrantes do novo governo, principalmente de Paulo Guedes. As bolsas internacionais mostram alta no fechamento da Ásia, sobem na zona do euro e sinalizam alta também para NY. No noticiário internacional, destaque para os resultados corporativos nos EUA, impulsionando os índices do país. Do lado doméstico, a euforia de ontem abre espaço para realização de lucros em papéis que subiram repentinamente. No entanto, seguimos com a visão de que o mercado continuará reagindo ao processo de transição de governo, positiva ou negativamente. Além disso, os resultados do 3T18 têm sido melhores na sua grande maioria, criando expectativa positiva para este 4º trimestre. Hoje a agenda econômica traz a taxa de desemprego na zona do euro estável em 8,1% e a inflação (estimativa – IPC de outubro) acumulada em 2,2% (A/A). No Brasil a taxa Selic a ser anunciada no final do dia deverá ficar estável em 6,50% ao ano.

Câmbio
Com volume elevado de negócios na disputa para o fechamento da Ptax taxa que servirá de referência para os contratos em novembro –  a moeda americana teve ainda a influência das primeiras sinalizações passadas pelo novo governo. O dólar à vista passou boa parte do dia em alta, mas fechou em queda de 0,26%, a R$ 3,6924.

Juros
O mercado de juros futuros também teve uma sessão influenciada pelos primeiros pronunciamentos do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes. No fechamento a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/20 passou 7,293% para 7,19%. A taxa do DI para jan/25, passou de 9,892% para 9,78%.



ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Arezzo (ARZZ3)
Resultado líquido de R$ 100,4 milhões nos 9M18, crescimento de 1,3% sobre os 9M17

  • A empresa registrou pequena evolução no lucro líquido do 3T18 e no acumulado de 9 meses. No 3T18 o resultado foi de R$ 40,2 milhões e no ano somou R$ 100,4 milhões.
  • A posição de caixa líquido reduziu de R$ 125,0 milhões em set/17 para R$ 111,3 milhões no final de set/18, mas a remuneração dos juros reduziu nos últimos trimestres.
  • Os investimentos somaram RR$ 13,7 milhões no 3T18 e R$36,0 milhões em 9 meses,
  • A ação encerrou ontem cotada a R$ 47,00 acumulando queda de 12,1% no ano. Nosso preço justo para a ação é de R$ 49,00. Portanto ainda existe potencial de valorização de 4,2%. Temos recomendação de COMPRA.

Ecorodovias (ECOR3)
Fraco Resultados do 3T18 e dividendos

Os resultados da Ecorodovias no 3T18, comparado ao mesmo período de 2017, foram mais fracos e apresentaram queda no tráfego, estabilidade na receita e diminuição nas margens operacionais, resultando numa queda no lucro líquido.

  • O lucro líquido comparável no 3T18 somou R$ 95 milhões (R$ 0,17 por ação), sendo 19,2% maior que no trimestre anterior, mas 24,1% inferior ao 3T17;
  • No 3T18, comparado ao mesmo trimestre do ano passado, o tráfego total nas sete concessões rodoviárias administradas pela Ecorodovias caiu 2,2%;
  • A Ecorodovias vai pagar dividendos no valor de R$ 0,349311066 por ação em 16 de novembro, com base nas posições acionárias de 6/11 (próxima terça-feira).  Este dividendo permite um retorno de 3,7% para os acionistas, considerando a cotação de ECOR3 no fechamento do pregão de ontem.

Smiles (SMLS3)
Queda de 37,5% no lucro líquido não foi operacional

  • Nos 9 Meses o resultado líquido somou R$ 441,3 milhões, contra R$ 335,1 milhões nos 9M17 (43,6%).
  • O desempenho operacional foi bastante positivo com evolução significativa nas principais linhas.
  • Ontem a ação encerrou cotada a R$ 37,80 acumulando 47,6% de queda no ano e 17,8% no mês de outubro.

Santander Brasil (SANB11)
Lucro do 3T18 em linha com o esperado

O Santander registrou no 3T18 um lucro líquido gerencial de R$ 3,11 bilhões (ROAE de 19,5%), em linha com o esperado, com crescimento de 2,8% ante R$ 3,03 bilhões do 2T18 (ROAE de 19,5%). Com isso, no acumulado do 9M18 o lucro líquido gerencial cresceu 24,9% para R$ 8,99 bilhões, com o ROAE passando de 16,3% no 9M17 para 19,4% nos primeiros nove meses deste ano, desempenho explicado por incremento das receitas através da expansão da base de clientes e maior eficiência operacional.

  • Seguimos com recomendação de compra e preço justo de R$ 43,00/unit.
  • Em base trimestral (3T18 versus 2T18), o resultado gerencial foi impactado positivamente pelo incremento da Margem Financeira, compensado por estabilidade da PDD, queda  das Receitas de Serviços, e evolução das Despesas Gerais acima da inflação.
  • A carteira de crédito ampliada cresceu em ambas as bases de comparação (+3,4% em base trimestral e +13,1% em doze meses) para R$ 380,7 bilhões, sensibilizada (i) pelo efeito da variação cambial; (ii) pela evolução no segmento das Pessoas Físicas e no financiamento ao consumo, compensando o menor crescimento dos empréstimos às Grandes e Pequenas e Médias empresas.
  • O spread de crédito em base trimestral piorou, na margem. O índice de eficiência manteve-se estável e a inadimplência medida pelos atrasos acima de 90 dias, subiu de 2,8% para 2,9%, em função de um caso específico no segmento de grandes empresas.

Cielo (CIEL3)
Lucro ajustado do 3T18 em linha com o trimestre anterior

A Cielo registrou no 3T18 um lucro líquido ajustado de R$ 812,8 milhões, com queda de 20,1% em relação ao 3T17 e baixa de 0,6% ante o trimestre anterior. Este resultado refletiu (i) a queda de volume transacionado (em 12 meses) que resultou num reduzido crescimento de receita líquida; somado a (ii) uma maior evolução dos gastos totais, e (iii) a forte redução do resultado de aquisição de recebíveis.

  • As CIEL3 registram forte queda de 42,6% este ano para uma cotação de R$ 12,63/ação, correspondente a um valor de mercado de R$ 34,3 bilhões. O preço justo de R$ 22,50/ação traz um potencial de alta de 78,1% para suas ações.
  • Vemos 2018 como um ano ainda de ajustes e construção de valor, permeado por um cenário macroeconômico pior que o esperado inicialmente, por aumento de concorrência, mortalidade de clientes, e alteração do modelo de negócios da companhia.
  • Nesse contexto de reduzido crescimento de receita e aumento de gastos totais o EBITDA consolidado somou R$ 1,15 bilhão, com queda de 11,2% na comparação anual e leve crescimento de 0,5% em base trimestral.
  • Os gastos totais da Cielo totalizaram R$ 2,04 bilhões, o que representou 9,3% de aumento em relação ao 3T18 e de 1,6% em relação ao 2T18, notadamente explicado por maior investimento em campanhas de marketing e ações comerciais, além de maiores custos de “fees” de bandeira.uma queda de 2,6% no ano.

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