Boletim Diário – 09 de Outubro 2018

MERCADO

Bolsa

Conforme esperado, o resultado das urnas no 1º turno deu força ao mercado de ações. O Ibovespa operou com volume elevado (R$ 28,9 bilhões) e valorização de 4,57% no fechamento, atingindo 86.084 pontos. As ações de empresas estatais foram os destaques do dia, com os investidores enxergando risco minimizado para estas companhias, com a liderança de Jair Bolsonaro na corrida presidencial. Hoje a agenda econômica mostra apenas o IPC-Fipe semanal com alta de 0,43% ficando o destaque para os eventos internacionais, com  participação dos Presidentes do Fed de Dallas, de Chicago e NY e também do Presidente Trump em Iowa, podendo indicar a direção para a economia americana. O FMI reduziu as projeções de crescimento global de 3,9% para 3,7% em 2018 e 2019, a primeira desde jul/16. A justificativa principal foi a guerra comercial entre EUA e China. Para o Brasil, segundo o FMI, a economia deverá crescer 1,4% e 2,4% em 2018 e 2019, respectivamente, impulsionados pela recuperação da demanda doméstica à medida que o hiato do produto se fecha gradualmente. As bolsas internacionais mostram predomínio de queda nesta terça-feira. Nosso mercado ainda deverá refletir o resultado da votação para a presidência de olho nas próximas declarações e propostas dos dois candidatos.

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Câmbio
Na contramão da bolsa e com forte fluxo de entrada de recursos no mercado, o dólar voltou a recuar forte, marcando queda de 2,40%, cotado a R$ 3,7635 no fechamento. Nesta semana já será possível conhecer as primeiras alianças e apoios vindos dos partidos derrotados no 1º turno das eleições, fator de peso para os ativos financeiros.

Juros
Os juros futuros também reagiram ao resultado do primeiro turno das eleições, com a redução do risco para o mercado. A taxa do DI para janeiro de 2020 recuou de 8,246% para 7,85% e na ponta mais longa, a taxa para jan/25 caiu de 11,353% no ajuste anterior para 10,74%.



ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

BRF (BRFS3)
BRF Day 2018

A companhia realizou ontem sua reunião anual “BRF Day 2018”. Dentre os aspectos abordados, destacou sua estratégia de crescimento com foco na excelência operacional, a qual será executada em “ondas”.

  • Pedro Parente, CEO Global da companhia destacou, dentro das suas atribuições, a de preparar o seu sucessor (Lorival Luz – COO Global), mas que vai continuar a ter papel ativo na definição da estratégia e outras questões.
  • Este ano até ontem (8/out) suas ações registram queda de 38,6% para R$ 22,47/ação (valor de mercado de R$ 18,3 bilhões). O preço justo de R$ 30,00/ação traz um potencial de alta de 33,5%.
  • Para 2019 é esperado o desenvolvimento da companhia com vistas a melhora de desempenho com o objetivo de reverter a queda de margem. No ano seguinte (2020) espera consolidar seus fundamentos de atuação, combinando liderança, inovação e solidez financeira, e retornando aos níveis históricos de margem. Para o período compreendido entre 2021 e 2013, destaque para a busca do crescimento inorgânico mantendo execução rigorosa e margem acima do nível histórico.
  • Esse crescimento passa, entre outros aspectos, pela (i) disciplina financeira, (ii) excelência operacional, e o (iii) crescimento com rentabilidade, com vistas formar uma companhia de alto desemprenho.

Sul América S.A. (SULA11)
Compra da Prodent por R$ 145,7 milhões

A SulAmérica através da sua controlada indireta Sul América Odontológico S.A. assinou ontem (8/out) contrato para aquisição de 100% da Prodent Assistência Odontológica Ltda. pelo preço base de R$ 145,7 milhões. A Prodent, a 8ª maior operadora de planos odontológicos do país, registrou em 2017, receita operacional de R$ 100 milhões, margem bruta de 45% e índice de sinistralidade de 30%.

  • Cotadas a R$ 23,89 suas units registram alta de 31,5% este ano, sendo negociadas a um P/L de 11,0x. O preço justo de R$ 27,00/unit corresponde a um potencial de alta de 13,0%.
  • Com essa aquisição, a SulAmérica acrescenta mais de 400 mil beneficiários à sua carteira de planos odontológicos, atingindo cerca de 1,5 milhão de beneficiários, reforçando sua posição e relevância neste segmento que constitui foco estratégico da companhia.

Copel Energia (CPLE6)
Copel emite R$ 1,0 bilhão em debêntures

A Copel Energia concluiu a emissão de R$ 1,0 bilhão em debêntures para 2023. Os papeis pagarão retorno equivalente à variação do CDI mais 2,70% ao ano.

  • Mais uma operação no curso normal dos negócios da companhia e que darão suporte ao plano de investimentos para 2018.
  • Este ano as CPLE6 registram alta de 8,8% para uma cotação de R$ 25,94/ação, correspondente a um valor de mercado de R$ 7,1 bilhões. O preço justo de R$ 32,00/ação traz um potencial de alta de 23,4% para suas ações.

Petrobras (PETR4)
Início da venda de campos terrestres

A Petrobras anunciou ontem o início da primeira etapa (divulgação da oportunidade) para venda de três campos terrestres, que já estão em produção, localizados no Espírito Santo próximos da cidade de Linhares.

  • Sempre consideramos como boa notícia a continuação no processo de venda de ativos da Petrobras;
  • Vale lembrar que este é um dos pilares da reestruturação financeira que está sendo realizada pela empresa;
  • A Petrobras já vendeu ativos no valor de US$ 13,6 bilhões em 2015 e 2016 e tem como meta fazer desinvestimento de US$ 21 bilhões no biênio 2017-2018.  Este objetivo não deve ser atingido.

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