Boletim Diário – 28 de Agosto 2018

MERCADO

Bolsa
O Ibovespa mostrou reação ontem tirando proveito do bom desempenho dos ativos nos mercados internacionais, encerrando o dia com alta de 2,19% aos 77.930 pontos. O giro financeiro foi de R$ 7,4 bilhões, bem abaixo da média que vinha sendo praticada. Apesar desta reação, o cenário em nada se alterou e o que tem garantido este desempenho tem sido principalmente a entrada de capital estrangeiro, favorecido pela alta do dólar. Hoje a agenda econômica não traz nenhum dado relevante, nem do lado doméstico nem do externo. As bolsas internacionais mostram desempenho misto no fechamento da Ásia e da Europa. A expectativa para hoje fica em cima do comportamento das commodities e da avaliação dos principais candidatos, agora com maior exposição na TV, nesta semana. Do lado externo, o acordo comercial fechado entre Estados Unidos e México, deixando o Canadá de fora, deverá gerar mais stress entre os países.

Câmbio
O dólar perdeu força ontem no mercado internacional o que ajudou um pouco do lado doméstico. A moeda americana encerrou ontem com queda de 0,39% cotada a R$ 4,0812 no mercado à vista. Mesmo assim a cotação ainda se sustenta em patamar elevado, sem perspectiva de recuo.

Juros
As taxas de juros futuros tiveram alguma influência do acordo comercial entre os Estados Unidos e o México, uma reação de curto. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/20 fechou em 8,45%, de 8,50% no ajuste de sexta-feira. O do DI para jan/25 recuou de 11,99% para 11,89%.



ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Suzano Papel e Celulose (SUZB3)
Captação de recursos via Nota de Crédito de Exportação e Crédito Produtor Rural 

A ação SUZB3 encerrou ontem cotada a R$ 49,23 acumulando valorização de 164,7% em 2018. O valor de mercado atual da companhia é de R$ 53,8 bilhões e a ação está sendo negociada a 5,03x o valor patrimonial.

A Suzano informou a contratação de captação de recursos junto ao Banco Safra S.A., em duas modalidades: Nota de Crédito de Exportação (NCE) e Crédito Produtor Rural (CPR), os quais seguem as características a seguir:

  • Valor da emissão: R$ 786,0 milhões;
  • Data da emissão: 31 de agosto de 2018;
  • Vencimento: 8 anos da data de emissão;
  • Amortização: no 7º e 8º anos;
  • Remuneração: CDI + 1,03% a.a., pago semestralmente;
  • Destinação dos recursos: serão utilizados para financiar as exportações da companhia no caso da NCE e para financiar as atividades de custeio da companhia no caso da CPR.

Petrobras (PETR4)
Venda de Ativos

Durante o pregão de ontem, a Petrobras informou que foi iniciada a fase vinculante para a venda dos direitos de três ativos de exploração.

  • A continuação do processo de venda dos ativos da Petrobras é sempre uma boa notícia;
  • Em 2018, a Petrobras já recebeu US$ 7 bilhões, referente a parcerias e desinvestimentos, com o total no ano sendo estimado em US$ 15 bilhões;
  • A venda de ativos e a melhora na geração de caixa tem permitido uma redução expressiva da dívida.

Natura (NATU3)
Emissão de R$ 1 bilhão em debêntures simples. 

O conselho de administração da Natura aprovou a realização da nona emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, para distribuição pública com esforços restritos de colocação, no valor total de R$ 1 bilhão.

  • Quantidade de títulos: 100.000 em três séries. A quantidade a ser emitida em cada série será no sistema de vasos comunicantes, de acordo com a demanda, após a conclusão do procedimento de bookbuilding.
  • O valor unitário das debêntures será de R$ 10 mil.
  • Prazos: As debêntures da primeira série terão prazo de 2 anos, as da segunda série, de 3 anos, e as da terceira, 4 anos.
  • Remuneração: Os juros serão definidos no bookbuilding.
  • Destinação dos recursos: Refinanciamento de dívidas da companhia.

Eletrobras (ELET6)
Leilão de distribuidoras será nesta quinta-feira (30/ago) na B3.

O leilão de privatização das distribuidoras da Eletrobras em Rondônia, Roraima e Acre deve ser realizado nesta quinta-feira (30/ago) como previsto. O BNDES recebeu ontem (27/ago) na B3, propostas de 3 (três) empresas interessadas.

  • O mercado cogita que entregaram propostas a Oliveira Energia, Equatorial Energia e Energisa. A Oliveira Energia teria feito proposta pela Boa Vista Energia, de Roraima, e ainda tem interesse na concessão da Amazonas Energia, que deve ser licitada no final de setembro. A Equatorial Energia, que arrematou a Cepisa (concessionária do Piauí) no final de julho, mantém interesse na Eletroacre, e a Energisa teria se habilitado para disputar a Ceron (Rondônia).
  • A Eletrobras receberá R$ 50,0 mil pela venda da integralidade das ações, menos 1 (uma) ação ordinária, de cada empresa distribuidora. Este valor é simbólico, mas embute a assunção de dívidas e o compromisso de fortes investimentos na melhoria do serviço prestado.
  • Este ano tanto ELET3, cotada a R$ 15,61/ação, como ELET6 cotada a R$ 18,21/ação, registram queda de 19,3%.

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