Boletim Diário – 26 de julho 2018

MERCADO

Bolsa
Ontem o Ibovespa fechou em alta de 1,34% aos 80.218 pontos acumulando valorização de 10,25% em julho. O volume somou R$ 9,2 bilhões. Em alta desde o início do dia o mercado refletiu a ausência de risco tanto no cenário externo quanto interno. Os papéis do setor financeiro subiram após o bom resultado do Santander. Hoje, o leilão da Cepisa (distribuidora da Eletrobras no Piauí) e a formalização de apoio do centrão a Geraldo Alckmin estão na pauta do dia. Nos EUA destaque para os indicadores de Seguro-desemprego – 21/julho e os Pedidos de bens duráveis na prévia de junho. Bolsas na Europa operam em alta e futuros americanos em baixa. O dólar se aprecia ante demais moedas. Por aqui a safra de resultados corporativos continua e referencia o comportamento do mercado.

Câmbio
O dólar teve mais um dia de queda e já acumula perda de 4,4% no mês. Ontem a moeda recuou 1,05% no mercado à vista, encerrando o dia a R$ 3,7045. Como “pano de fundo” o encontro do presidente Donald Trump com o chefe da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, em conversa sobre tarifas, e a disposição dos investidores em relação aos ativos de maior risco.

Juros
Alinhado com o movimento do câmbio, os juros futuros encerraram a sessão regular ontem em queda ao longo de todos os vencimentos, com destaque de baixa nos vencimentos de curto e médio prazo. A taxa do DI para janeiro de 2019 fechou a 6,625%, de 6,693% anteontem no ajuste. O DI para janeiro de 2021 fechou a 8,94%, de 9,05% no ajuste do dia anterior. O DI para janeiro de 2023 caiu de 10,33% para 10,24%.



ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

VALE (VALE5)
Resultados do 2T18, proventos e recompra
O resultado da Vale no 2T18 comparado ao trimestre anterior foi fraco, mostrando queda de margens em função dos aumentos de custos e redução nos preços da maioria dos produtos.  No entanto, em relação ao 2T17, os números deste trimestre em termos operacionais foram positivos, com aumento de vendas e preços, que levaram a ganhos de margem.  O lucro do 2T18 foi muito impactado pelo forte aumento dos custos financeiros, derivado da expressiva desvalorização do real (16,0%) no trimestre.

  • O lucro líquido da Vale no 2T18 foi de US$ 76 milhões, valor 375,0% maior que 2T17, mas 95,2% inferior ao trimestre anterior;
  • A Vale anunciou a concessão de proventos no valor de US$ 2.054 milhões (Valor bruto R$ 7,7 bilhões – R$ 1,480361544 por ação) a serem pagos no dia 20 setembro, com base nas posições acionárias de 2/agosto.
  • A empresa informou que vai promover um programa de recompra de ações nos próximos doze meses, totalizando US$ 1 bilhão.;

AMBEV (ABEV3)
Resultados do 2T18
O resultado da Ambev no 2T18, comparado ao mesmo trimestre do ano passado, mostrou aumentos de vendas e preços, que permitiram ganhos de margem e nos resultados.

  • O lucro líquido ajustado da Ambev no 2T18 foi de R$ 2,4 bilhões (R$ 0,15 por ação), 14,1% maior que no 2T17, mas 6,7% inferior ao resultado do trimestre anterior;
  • O volume total vendido no 2T18 subiu 2,5%, em função do bom desempenho em todas as operações, com exceção do Canadá;
  • A Ambev está confiante que pode obter crescimento de rentabilidade neste ano no Brasil.

BRADESCO (BBDC4)
Bom 2T18 em linha com nossas estimativas

O Bradesco registrou um lucro líquido recorrente de R$ 5,2 bilhões no 2T18, com crescimento de 9,7% em relação ao 2T17 (R$ 4,7 bilhões) e em linha com o resultado recorrente do trimestre anterior (R$ 5,1 bilhões). No semestre o lucro cresceu 10% para R$ 10,3 bilhões. Seguimos com preço justo de R$ 45,00/ação e com recomendação de COMPRA para suas ações.

  • O Retorno sobre o patrimônio líquido médio recorrente (ROAE) subiu de 18,1% no 2T17 para 18,4% neste 2T18, com queda de 0,2 p.p em relação aos 18,6% do 1T18.
  • Um bom resultado trimestral, em linha com nossas estimativas, com destaque para a queda da PDD “expandida”, forte incremento do resultado de Seguros/Previdência/Capitalização e evolução comportada das Despesas Administrativas/Pessoal.
  • A carteira de crédito expandida cresceu 6% no trimestre e 4,5% em 12 meses, e segue adequadamente provisionada. A inadimplência caiu de 4,4% no trimestre anterior para 3,9% neste 2T18.
  • O guidance para este ano foi revisto em duas linhas: o crescimento dos Prêmios de Seguros para baixo, e as Despesas de PDD também – o que é positivo.

EDP ENERGIAS DO BRASIL (ENBR3)
Bom lucro líquido no 2T18 acima do esperado
A EDP registrou um lucro líquido de R$ 227,7 milhões no 2T18, com crescimento de 60% em relação ao lucro do 2T17, principalmente em função do aumento da margem e da melhora do resultado financeiro. O lucro líquido ajustado cresceu 26% para R$ 159,8 milhões. No acumulado do semestre o lucro somou R$ 441,8 milhões (+60%) sendo R$ 367,0 milhões em base ajustada (+42%).

  • Ao preço de R$ 14,40/ação as ENBR3 registram alta de 6,7% este ano. O preço justo de R$ 17,00/ação corresponde a um potencial de alta de 18,1%.
  • A Receita Líquida somou R$ 3,3 bilhões no 2T18, um aumento de 26% em relação ao 2T17, em função dos reajustes tarifários nas distribuidoras, do ressarcimento referente a UTE Pecém e do maior volume de energia comercializada.
  • Os Gastos não gerenciáveis cresceram 33% para R$ 2,3 bilhões, explicado pelo aumento dos gastos nas distribuidoras, devido ao custo do despacho termoelétrico, dos contratos de energia no ACL e do aumento nos custos de transporte de energia.
  • O EBITDA cresceu 12% no trimestre pela melhora do resultado operacional da geração térmica e da distribuição.
  • Ao final do trimestre a sua dívida líquida era de R$ 4,4 bilhões equivalente a 1,9x o EBITDA.

ODONTOPREV (ODPV3)
Lucro do 2T18 abaixo do piso das estimativas
A companhia registrou um lucro líquido de R$ 60,3 milhões no 2T18, com crescimento de 16,9% em relação ao 2T17 e 18,0% maior no 6M18 para R$ 142,3 milhões. O lucro do trimestre veio abaixo das estimativas de mercado, que estavam entre R$ 63,0 e R$ 76,0 milhões. Suas ações registram queda de 10,8% este ano para R$ 14,20/ação. O preço justo de R$ 15,60/ação embute um potencial de alta de 9,9%.

  • Este resultado foi construído a partir do crescimento da receita líquida, de 5,9%, e que se mostrou acima do ritmo dos últimos quatro trimestres, de acordo com a companhia.
  • O tíquete médio de R$ 20,35 foi 3,4% superior ao 2T17 (sendo PME de R$ 20,82 e Individuais de R$ 40,85).
  • A sinistralidade no 2T18 estava em 45,5% sendo de 43,7% no 6M18 e 44,7% em 12 meses, a manor desde o 1T10. Nesse contexto a PDD se mostrou limitada a 3,4% no 2T18, e a 3,5% no 6M18.
  • O EBITDA ajustado cresceu 9,7% no trimestre para R$ 94,4 milhões, com expansão de margem para 25,2%, atingindo R$ 200,8 milhões no 6M18 (+13,8%).
  • Ao final do trimestre o caixa líquido da companhia era de R$ 548,7 milhões (dívida zero), com crescimento de 6,6% em 12 meses.

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